Marcelo Perdido une passado e futuro em colagem digital para o clipe pós-apocalíptico “Bastante”

DO TEXTO: Clipe “Bastante” do cantor e compositor Marcelo Perdido.
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Faixa é um dos destaques do álbum “Não tô aqui para te influenciar”, recém-lançado pelo selo CENA (Popload) 


Um passado distante e um futuro distópico se unem no clipe “Bastante”, para a faixa de mesmo nome do cantor e compositor Marcelo Perdido. Ao imaginar um mundo pós-apocalíptico de uma perspectiva latino americana, o artista assina uma colagem feita digitalmente que é, ao mesmo tempo, anacrônica e estranhamente familiar. A canção integra o recém-lançado álbum “Não tô aqui pra te influenciar”.

A narrativa da letra reflete sobre chances desperdiçadas de se viver bons momentos ao lado de alguém. Porém, a intenção do vídeo foi fugir da literalidade e explorar uma visão mais ampla desse conceito. Ao invés de focar apenas em duas pessoas, essa interpretação audiovisual fala sobre uma humanidade cercada por drones e em vigilância - um registro constante de um mundo caótico, de ar impuro e mares turbulentos. Tudo isso foi criado pelo próprio Marcelo Perdido digitalmente. 

“Comecei a imaginar um mundo pós-apocalíptico que fosse mais latino e brasileiro, como nós enfrentaríamos as novas dificuldades, na época estava rolando a final do Big Brother e a ideia dos drones como personagens principal me veio forte, o drone é uma câmera que chega longe, poderia aproximar de certa formas as pessoas, mas também vigiar. Essa técnica de colagem digital envolve muita pesquisa e para criar uma atmosfera surreal busquei misturar imagens novas e bem antigas. A única gravação real foi feita em casa num fundo verde, a cena do beijo inspirada no quadro  Os Amantes de René Magritte e as com uma máscara de gás emprestada do meu amigo Gabriel Serapicos”, revela Perdido.

O artista planeja lançar um clipe para cada canção do novo disco - os vídeos de “Santa Clara de Tróia” e da faixa-título, já podem ser assistidos em seu canal. Com uma poética ambientada por guitarras, pianos elétricos, sons de cidade e falas de pessoas, o álbum “Não tô aqui pra te influenciar” reflete lutos e perdas de uma perspectiva ao mesmo tempo pessoal e memorialista, urbana e coletiva. Cada uma das oito faixas é uma pequena crônica nesse trabalho que vai muito além de seus 20 minutos - e os vídeos serão uma expansão dessas ideias.

Marcelo faz de sua música uma apropriação da brasilidade e da MPB como uma ponte entre o pop e o alternativo. Suas canções, como o próprio artista define, “são feitas para aqueles que se sentem perdidos”. Ele tem em sua discografia solo cinco álbuns: “Lenhador” (2013), “Inverno” (2015), “Bicho” (2016) e “Brasa” (2019), além do novo trabalho.

Com produção de Habacuque Lima (Ludov, Pullovers), “Não tô aqui para te influenciar” conta com pianos elétricos de Danilo Andrade (Gilberto Gil, Jorge Ben Jor), bateria por Matheus Souza (Tiê), guitarras de João Erbetta (Los Pirata, Marcelo Jeneci, Clarice Falcão) e oboé do português Silas Ferreira (Pontos Negros, Samuel Úria). 

Lançado pelo novíssimo selo CENA (do Portal POPLOAD), “Não tô aqui para te influenciar” abre uma nova fase na carreira de Perdido, que busca estreitar os laços com o público em 2020. O disco está disponível em todas as plataformas de música digital.

Ouça “Não tô aqui para te influenciar”: https://smarturl.it/NTAPTIMarceloPerdido
Perdido-Crédito: Ana Alexandrino
Ficha técnica
Vídeo por Marcelo Perdido
A música faz parte do disco Não tô aqui para te influenciar (2020), produzido e mixado por Habacuque Lima,  música e letra são de Marcelo Perdido. 
Pianos elétricos de Danilo Andrade (Gilberto Gil/Jorge Ben), bateria por Matheus Souza(Tiê),  e ainda participações especiais de João Erbetta (Los Pirata, Jeneci, Clarice Falcão) e sua guitarra envenenada.

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Marcelo Perdido - Bastante (clipe)

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