Rock e música caipira: Judas retrata caos contemporâneo em novo álbum “Os Desencantos”

DO TEXTO: Adalberto Rabelo Filho, que é vocalista do grupo, explica que o título provém de um trocadilho. "O nosso disco conta com 10 cantos tristes e desiludidos com o estado atual das coisas e do mundo.

Grupo é liderado por Adalberto Rabelo Filho, compositor de Jards Macalé, Wado, Maria Alcina e Vespas Mandarinas. 

A banda brasiliense Judas divulga o álbum Os Desencantos nesta sexta-feira (10). A obra trata-se de um retrato melancólico da contemporaneidade, mixando referências de rock com nuances da música caipira. O grupo é liderado por Adalberto Rabelo Filho - compositor de nomes como Jards Macalé, Wado, Maria Alcina e Vespas Mandarinas.

O álbum traz a faixa inédita Cisne Negro e compila os EP’s Casa de Tolerância No.1 (2016), Enfermaria Número 6 (2018) e Matadouro Número 5 (2019). São 10 músicas ao todo, sendo todas gravadas no estúdio Sala Fumarte, em Brasília (DF). As sessões ocorreram entre 2016 e 2019. Na produção, a banda contou com suporte de Breno Brites - que também assinou  a mixagem e a masterização do disco.

Adalberto Rabelo Filho, que é vocalista do grupo, explica que o título provém de um trocadilho. "O nosso disco conta com 10 cantos tristes e desiludidos com o estado atual das coisas e do mundo. Daí o trocadilho: os cantos se transformam em desencantos, cujo significado descrito no dicionário é relacionado a uma pessoa que sofreu alguma decepção".

O cantor ainda ressalta que a obra foi inspirada no termo 'spell' -que em inglês pode significar 'encanto' ou 'soletrar'. Para ele, "isso mostra que a magia acontece  à medida em que o homem nomeia as coisas, tirando-as do real e finito e levando-as ao abstrato e eterno. Elas deixam de serem meros objetos para passarem a existência como conceito. Uma palavra passa a ter o poder então de mudar o mundo. E isso é muito representativo para nós"

Além de Adalberto, a banda é formada por Carlos Beleza (guitarra), Hélio Miranda (bateria), Bruno Prieto (baixo) e Pedro Vaz (viola caipira). O grupo existe desde de 2009 e ainda possuí o álbum Nonada (2014) no catálogo. Desta forma, a Judas tem construído sua sonoridade influenciando-se principalmente em artistas como Bob Dylan, Sérgio Sampaio, Childish Gambino e Thundercat. 

SETELIST 
1.Casa de Tolerância nº1 
2.Oroboro 
3.Cada Cidade, Um Porto 
4.Os Novos Malditos 
5.Matadouro nº5 
6.Enfermaria nº6 
7.Rio das Almas 
8.Um Moi de Vento
9.Ambissinistra 
10.Cisne Negro

Participações especiais:  

• Pedro Souto (baixo) e BC Araújo (guitarra) em Casa de Tolerância nº1, Oroboro e Cada Cidade, Um Porto // 
• Maria Sabina, Stievenson Canavarro (Almirante Shiva), Tarso Jones (Joe Silhueta), Gaivota Naves (Joe Silhueta), Litieh, Emília Monteiro, Júlia Carvalho (Talo de Mamona), Thuyan Santiago (Toro), Pedro Lacerda (Galopardo) e Estephanie Cavalcante em coro de Os Novos Malditos
- Maria Sabina e Guilherme Cobelo em backing vocal de Cada Cidade, Um Porto

FICHA TÉCNICA:
Selo: Aardvark
Mixagem e masterização por Breno Brites
Gravado entre 2016 e 2019  na Sala Fumarte, em Brasília (DF)
Judas é: Adalberto Rabelo Filho (voz) Carlos Beleza (guitarra), Hélio Miranda (bateria), Bruno Prieto (baixo) e Pedro Vaz (viola caipira)

COMPOSIÇÕES: Oroboro, Cada Cidade, Os Novos Malditos, Um Porto, Enfermaria Nº6, Rio das Almas e Um Moi de Vento por Adalberto Rabelo Filho; Casa de Tolerância Nº1 por Adalberto Rabelo Filho e Pedro Vaz; Ambissinistra (Uma Canção Para Leonard Cohen) por Adalberto Rabelo Filho, Breno Brites, Carlos Beleza e Guilherme Cobelo); Cisne Negro por Adalberto Rabelo Filho e Fábio Miranda; Matadouro Nº5 por Adalberto Rabelo Filho e Carlos Beleza.

POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários