O teatro regressa ao CCB com VIAGEM DE INVERNO

DO TEXTO: Três atrizes caminham debaixo de uma terrível tempestade...
Viagem de Inverno - Teatro no CCB Lisboa

Viagem de Inverno

Texto de Elfriede Jelinek
Encenação de Nuno Carinhas
Intérpretes Ana Cris, Flávia Gusmão e Teresa Gafeira
Companhia de Teatro de Almada

CCB ▪ 11 a 14 julho ▪ Pequeno Auditório
11 Julho às 21:00 | 12 julho às 16:00 | 13 e 14 julho às  21:00*
*Sessões reservadas aos portadores da assinatura do Festival de Almada

«Três atrizes caminham debaixo de uma terrível tempestade. Três atrizes são várias vozes
de Elfriede Jelinek (mas ela tem muitas mais, pois os escritores são coros). As atrizes são essas vozes dentro da cabeça a pensar, absortas e ao mesmo tempo impetuosas, ali a mostrar-nos, no fundo é isso, do que é feita a nossa existência.»
(Sarah Adamopoulos, in n.º 71 da coleção Textos d'Almada,
publicado por ocasião da estreia do espetáculo, em janeiro de 2020.)

Quando, em 2004, a Academia Sueca entregou à escritora austríaca Elfriede Jelinek o Prémio Nobel da Literatura, fê-lo distinguindo o fluxo poderoso e a musicalidade da sua escrita, feita de vozes conflituantes entre si. A autora ganhou especial visibilidade através do filme de Michael Haneke A Pianista, com Isabelle Huppert no papel principal, baseado no seu romance autobiográfico homónimo sobre a relação doentia entre uma mãe e uma filha.

O título desta peça evoca a obra-prima do romantismo alemão Winterreise, os lieder compostos por Franz Schubert que acompanham Jelinek desde a infância, quando aprendeu a tocá-los ao piano. Nesta sua viagem, o inverno é uma metáfora dos infernos contemporâneos, que a autora percorre como o viajante de Schubert debaixo da tempestade. Viagem interior, revisita a sua própria biografia, caminhando dentro de si mesma (dentro do seu próprio isolamento e da estranheza que lhe provoca a nossa época) enquanto se sucedem desoladoras paisagens humanas que todos reconhecemos.

O encenador, cenógrafo e figurinista Nuno Carinhas dirigiu o Teatro Nacional São João entre 2009 e 2018. Antigo aluno de Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, as suas criações teatrais são marcadas por uma relação plástica com o texto. 

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