Pesquisa busca dados sobre impacto da Covid nos enfermeiros

DO TEXTO: Avaliar o impacto psicológico, traçar medidas de enfrentamento e de fortalecimento dos profissionais de enfermagem diante dos impactos causados pela pandemia da Covid-19 são objetivos de pesquisa científica iniciada nesta semana pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP).
Com os resultados da pesquisa, universidade e Coren-SP irão traçar medidas de enfrentamento e, principalmente, de fortalecimento da categoria

Levantamento científico inédito é feito no estado de São Paulo que abriga mais de 25% da categoria no Brasil


Avaliar o impacto psicológico, traçar medidas de enfrentamento e de fortalecimento dos profissionais de enfermagem diante dos impactos causados pela pandemia da Covid-19 são objetivos de pesquisa científica iniciada nesta semana pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP). O estudo é realizado em São Paulo, o estado que concentra o maior número da categoria no Brasil: mais de 583 mil, o que representa 25,1%. A média de idade aproxima de 41 anos, sendo 86,41% do sexo feminino e 13,59% masculino.

No momento de início do levantamento de dados, São Paulo estava com quase 230 mil infectados pelo coronavírus e mais de 13 mil mortes, ocupando o topo de casos em relação ao território nacional formado por 26 estados e no distrito federal, que juntos estavam com 1,1 milhão de casos e 52,7 mil mortes. Em números percentuais, o território paulista, que concentra 21,8% da população brasileira com mais de 45 milhões de habitantes, tinha 24,6% dos infectados e 22,8% de mortes.

As estatísticas dos governos federal e estadual são reveladoras do impacto devastador da pandemia contra a qual os profissionais de saúde atuam salvando vidas e a enfermagem – enfermeiros, técnicos, atendentes, obstetrizes e auxiliares – está na linha de frente do atendimento. São eles os primeiros a terem contato com os pacientes com sintomas e são decisivos para as medidas de contenção e prevenção à saúde da população. São os que permanecem 24 horas ao lado do paciente, conforme pontua a autora da iniciativa da pesquisa, Mariana Carolina Vastag Ribeiro de Oliveira.

Professora universitária do curso de Enfermagem da Unoeste, a mestre Mariana  aponta ainda outro dado relevante: os profissionais de enfermagem representam o maior número de profissionais da área de saúde. Nesta situação atípica da pandemia existem dúvidas, aumento do estresse e sentimentos que, embora esperados, em excesso ampliam a vulnerabilização. Então, a pesquisa na linha da saúde mental quer saber do próprio profissional como está sendo tudo isso para ele.

Com os resultados, a universidade e o Coren-SP irão traçar medidas de enfrentamento e, principalmente, de fortalecimento da categoria. O levantamento, sustentando em metodologia científica, ocorre com aplicação de entrevista estruturada para a coleta de dados sociodemográficos e ocupacionais mediante escala de saúde mental para identificar o impacto psicológico e as relações de vulnerabilidade quanto a ansiedade e esgotamento profissional frente à pandemia do novo coronoravírus, causador da Covid-19.

O projeto de pesquisa está cadastrado na Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI) da Unoeste, submetida ao Comitê de Ética junto à universidade em Presidente Prudente (SP) e à Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Conep), órgão vinculado ao Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde. A produção científica está associada a projeto de extensão da Liga Multiprofissional em Psiquiatria e Saúde Mental. O questionário está disponibilizado no site do Coren-SP.

Conforme Mariana, que assina a pesquisa juntamente com Eduarda Ribeiro dos Santos e Érica Chagas Araújo, respectivamente secretária e conselheira do Coren-SP, o questionário poderá ser respondido até 31 de julho, mas o apelo é para que os profissionais de enfermagem respondam o quanto antes possível. O tempo médio de preenchimento é de 5 a 8 minutos.  Serão divulgados resultados parciais e o final, após o trabalho estatístico, está previsto para setembro.

Considerando as especificidades regionais, os dados serão tratados por regiões. Além de sua sede e unidades na capital, o Coren-SP possui subseções espalhadas pelo interior paulista e no litoral, em Arabatuba, Botucatu, Campinas, Guarulhos, Marília, Itapetininga, Osasco, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, São José do Rio Preto e São José dos Campos; e Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem (Nape) em Mogi das Cruzes, Sorocaba, Barretos e Registro.

Serviço – Acesso para preenchimento do questionário no site do Coren-SP.

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