Uma mudança de paradigma sobre liberdade

DO TEXTO:

Edipro edita famoso discurso em defesa das liberdades individuais pronunciado por Benjamin Constant em 1819

Um manifesto em defesa das liberdades individuais. Este é o conteúdo da obra A liberdade dos antigos comparada à dos modernos, famoso discurso pronunciado pelo escritor e político francês Benjamin Constant, no Ateneu Real de Paris, em 1819, e editado no Brasil pela Editora Edipro.

O ensaio, escrito por um dos escritores mais influentes no fim do século 18 e início do 19, compara o modelo de liberdade dos povos antigos – como egípcios e gregos – ao modelo das sociedades europeias modernas. O autor reconhece a necessidade de se defender o livre-arbítrio sem perder de vista a autonomia política e busca um modelo prático que possa ser aplicado em sociedades de enormes proporções.

“Para Constant, os indivíduos modernos valorizam antes a liberdade privada do que a liberdade pública. A modernidade teria tornado os homens mais interessados nos prazeres da vida econômica do que no gosto da participação na vida pública”, analisa o professor de teoria política da Universidade de São Paulo (USP), Christian Jecov Schallenmüller, que assina o prefácio da obra.

No discurso, Constant define a liberdade dos antigos como uma soberania social plena, com participação direta do indivíduo nas decisões políticas, mas sem levar em conta seus direitos individuais. Já a liberdade moderna é apresentada como a extrema valorização dos direitos individuais, ainda que implique na perda da soberania política plena, uma vez que o indivíduo abre mão desta ao eleger um representante de seus interesses.

A obra é tida como essencial para todos que desejam compreender os direitos da participação política, como estudantes, teóricos e demais interessados no tema. “Foi certamente um dos maiores responsáveis pela consolidação dessa corrente, ainda que o nome ‘liberalismo’, usado para agregar aquilo que já vinha se constituindo como uma corrente política”, endossa Schallenmüller.

Ficha técnica: Editora: Edipro | Assunto: Filosofia/História/Política | ISBN: 978-85-521-0078-2 | Edição: 1ª edição, 2019 | Tradução: Leandro Cardoso Marques da Silva | Páginas: 80 | Preço: R$ 37,00

Sinopse: Obra que celebrizou Henri-Benjamin Constant de Rebecque, A liberdade dos antigos comparada à dos modernos contrapõe os paradigmas de liberdade individual, principalmente, da Roma Antiga e da Inglaterra do século XIX. Constant busca um modelo prático de liberdade que possa ser aplicado a sociedades comerciais de enormes proporções. Escrito em 1819, este discurso de Constant coloca a liberdade dos antigos como uma soberania social plena, com participação direta do indivíduo nas decisões políticas, mas sem levar em conta seus direitos individuais. Já a liberdade moderna é colocada como a extrema valorização dos direitos individuais, ainda que implique na perda da soberania política plena, uma vez que o indivíduo abre mão desta ao eleger um representante de seus interesses. Obra essencial para a compreensão dos direitos de participação política, A liberdade dos antigos comparada à dos modernos é um clássico do direito e da filosofia para estudantes, teóricos e todos aqueles interessados no tema.

Sobre o autor: Henri-Benjamin Constant de Rebecque (1767-1830) pensador, escritor e político francês de origem suíça, Benjamin Constant foi um intelectual de destaque na segunda metade da Revolução Francesa, líder da oposição conservadora-liberal. Teorizou um modelo de Monarquia Constitucional que influenciou o desenvolvimento do governo parlamentarista francês e de outras nações, incluindo o Brasil – em que o Imperador assumia o Poder Moderador, mas não o Executivo. Como pensador, tinha especial preocupação com o desenvolvimento moral individual, tendo sido influenciado fortemente por filósofos como Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant.

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