Um "Homem de Deus"

DO TEXTO:

Um "Homem de Deus" 

Não me considero uma pessoa exagerada nas minhas análises às pessoas conhecidas de ontem e de hoje. Muitas das vezes, em relação a isso, utilizo mais o sentimento com o coração a expressar aquilo que a alma ostenta. É por isso, quiçá, que tenho recebido do Portal Splish Splash (um dos mais cotados da rede do cantor Roberto Carlos e do qual sou um dos redatores permanentes) agradáveis encómios que, por si só, motivam mais persistência para eu atingir o meu grande objetivo que consiste em assinalar, a cada 10 de Março, os meus 60 anos de carreira jornalística. E já cheguei aos 55. 

Durante a minha passagem pela Terceira em 2010, para além de saber, através do João Rocha, apreciado editor de “A União” (infelizmente, aos 104 anos de circulação, fechou as portas por problemas financeiros) que era um dos colunistas mais lidos na internet, foi com grato prazer que, nas muitas cavaqueiras com pessoas amigas e conhecidas (alguns chegaram a ser meus diretores nos dois jornais da ilha), que tomei conhecimento que figuram na lista dos meus leitores. Posso citar, entre outros, os Drs. José Guilherme Reis Leite, Aurélio da Fonseca, Artur Cunha de Oliveira (primeiro diretor que conheci na imprensa regional, em A União, e já falecido,  ao lado do Dr. Artur Goulart, com quem mantenho no facebook, uma relação de amizade), acrescentando ainda um apreciável número de senhoras que nesse sentido a mim se dirigiram. É com estes incentivos que tudo farei para atingir, em 2024, os 60 anos de carreira, se Deus me der vida e saúde. E já que falo de Deus (não sou um assíduo frequentador da igreja, mas acredito que ele existe), quero trazer à estampa a figura de um homem, já falecido, que foi marcante para muitos militares da nossa ilha Terceira, pela sua inteligência, pela sua bondade e, sobretudo, pelo grande respeito que sempre teve por outros seres humanos, nomeadamente os subalternos. Trata-se, nem mais, do Tenente-Coronel Fernando Manuel Garrido Borges, sportinguista assumido. Depois de deixar o comando do Batalhão Independente de Infantaria 17 (na altura ainda não era regimento), Garrido Borges viria a falecer em Beja, vítima de um ataque cardíaco. Creio que passei a imagem fiel deste “Homem de Deus”. E até cogitei, mas isso não foi possível, de registar os depoimentos de outras pessoas dessa época, José Alpoim de Bruges, aspirante em 1964. E temos mais: o faialense Gomes da Silva, o próprio José Martins Galego (também já falecido). E que diriam também outros falecidos, sargentos Júlio Garrão, José Pedro Machado e o Tenente Machado (avô do Luís e Duarte Veríssimo). Penso que as opiniões convergiam para o mesmo lado: um “Homem de Deus” que ficou a perpetuar na nossa memória. 

                              
Nesta Fortaleza na ilha Terceira, passou o "Homem de Deus" na qualidade de Comandante do Batalhão Independente de Infantaria nº. 17, hoje Regimento da ilha Terceira.
                                                                  

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1 Comentários

Comentários

  1. Gostei. Alem do Ten.Cor. Fernando M. Garrido Borges, tambem incluo o Capitao, na altura< Alveno Paula de Carvalho. A estes dois devo a gratidao de ter entrado para o antigo BII 17 em 1962, apenas com o diploma da 4@ classe e ter saida em 1967 com o antigo quinto ano do liceu parte do setimo ano. Sem esquecer o antigo Reitor, Eliseu Pato Francois, que me facultou a autorizacao oara frequentar o antigo liceu, hoje Museu, durante o referido periodo. Um abraco.

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