Caspa na sobrancelha também existe e pode causar descamação, coceira e irritação na área

DO TEXTO:


Alteração comum no couro cabeludo também pode afetar as sobrancelhas. Saiba como tratar e se proteger do problema.

São Paulo – 03/06/2019 - A caspa é o nome que vulgarmente descrevemos as escamas brancas prateadas ou amareladas que normalmente estão presentes no quadro clínico da dermatite seborreica, com períodos de exacerbação e surgimento de coceira, ardência, desconforto e vermelhidão presentes no couro cabeludo – e não só nele. 

Sim, a caspa pode acometer outras regiões do corpo, como as sobrancelhas. E por que isso acontece? “Mesmo que a fisiopatogenia da doença ainda não seja 100% esclarecida, sabemos que a caspa é resultado de alguns fatores principais, como uma predisposição genética à caspa, a presença do fungo Malassezia globose na pele, e o comprometimento das glândulas seborreicas, que produzem óleo por vários gatilhos como stress, falta de sono, fadiga crônica, ingesta de alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, medicamentos, na doença do Parkinson e outras doenças neurológicas, e alguns medicamentos”, afirma  a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Durante as estações mais frias do ano (outono e inverno), com a queda da temperatura, deixando os dias mais frios e secos, os banhos se tornam mais longos e quentes e isso também acaba irritando a região da testa, que pode sofrer com uso de cosméticos inadequados, como um sabonete facial mais abrasivo e alguns produtos secativos. “Nesses casos em que a pele fica ressecado, ocorre a produção rebote de óleo ou sebo na tentativa de proteger a região que recebeu este tipo de agressão”, afirma a médica.

 Para tratar as sobrancelhas com caspa, o dermatologista deve ser consultado. “O paciente deve limpar suavemente a região com shampoo anticaspa (que traz ativos para tratar a alteração por completo) ou um creme antifúngico em caso de descamação mais severa”, afirma. O médico também pode prescrever tônicos com Defenscalp, que preserva a microbiota da pele e do couro cabeludo, podem ser indicados. 

“Outra indicação atual e que ajuda muito na terapêutica via oral é o uso de probióticos principalmente o Lactobacillus Paracasei com a Biotina e a Piridoxina em associação na melhora imunológica no controle da microbiota para evitar a proliferação fúngica quase sempre presente na dermatite seborreica crônica”, diz a médica.

Para os que sofrem com o problema, alguns hábitos também devem ser evitados: manter os dedos longe de suas sobrancelhas com caspa; evitar substâncias que possam causar mais irritação, como ácidos e secativos como peróxido de benzoíla e outros medicamentos para acne; controlar o estresse; e, claro, diminuir a temperatura do banho. Em todo caso, visite sempre um dermatologista em qualquer alteração na pele ou cabelo.

Fonte: DRA. CLAUDIA MARÇAL - É médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). É speaker Internacional da Lumenis, maior fabricante de equipamentos médicos a laser do mundo; e palestrante da Dermatologic Aesthetic Surgery International League (DASIL). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas - SP.

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