Meus encontros com Roberto Carlos

DO TEXTO: O tempo passou e com ele fui montando meu acervo com coisas relacionadas a Roberto Carlos. Esses encontros se deram através dos discos (vinil, fitas, CDs e DVDs), livros, revistas, souvenir, etc. Dentre os objetos mais valiosos do meu acervo estão dois discos autografados: O LP de 1977, que minha esposa conseguiu quando ela trabalhava em um hotel que Roberto se hospedou e o CD Pra Sempre que ganhei em uma promoção do site oficial do RC.
Meu primeiro contato com Roberto Carlos foi através das ondas do radio. Ele chegou contando uma história, onde com sua lambreta pintada com uma cor extravagante e vestindo um pulôver berrante tentava conquistar uma garota que morava pertinho de onde ele morava.



Meu primeiro contato com Roberto Carlos foi através das ondas do radio. Ele chegou contando uma história, onde com sua lambreta pintada com uma cor extravagante e vestindo um pulôver berrante tentava conquistar uma garota que morava pertinho de onde ele morava. Com as suas artimanhas não só conseguiu conquistar a garota chamada Susie, como a mim também. Daí em diante ele passou a ter trânsito livre para continuar surfando nas ondas do meu radio.

Passaram-se alguns anos e as novas visitas domiciliares se materializou através dos discos de vinil. Agora tinha em minhas mãos o objeto de desejo de todo fã a época. Além de um belo encarte com fotos poderia guardá-lo e desfrutá-lo a hora que bem desejasse. O instrumento essencial para que os pensamentos e os sentimentos fossem verbalizados era o aparelho toca-discos. Esse aparelho foi o responsável para que os nossos encontros se tornasse cada vez mais forte e me libertasse da dependência do radio.

O contato visual antes presente somente através das revistas, encartes, capas de discos, etc., abriu um novo meio de comunicação, que se serve da televisão para difusão de atividades e programas artísticos.  Foi a televisão através do programa Jovem Guarda que me proporcionou esse novo encontro com Roberto Carlos nas belas tardes de domingo. 

O tempo passou e com ele fui montando meu acervo com coisas relacionadas a Roberto Carlos. Esses encontros se deram através dos discos (vinil, fitas, CDs e DVDs), livros, revistas, souvenir, etc. Dentre os objetos mais valiosos do meu acervo estão dois discos autografados: O LP de 1977, que minha esposa conseguiu quando ela trabalhava em um hotel que Roberto se hospedou e o CD Pra Sempre que ganhei em uma promoção do site oficial do RC.

Diante de tantos encontros faltava aquele que me levaria a tê-lo pessoalmente no mesmo ambiente. Isso foi possível através de suas apresentações nas mais diversas casas de espetáculos e outros locais adaptados para apresentação dos seus shows em Fortaleza.  Foi em um desses shows que tive a satisfação de pegar uma das flores lançadas por RC ao público. Esses encontros se repetiram por muitas outras vezes.

Todo fã tem interesse de conhecer a vida do seu ídolo, tanto a vida artística como a pessoal.  Muitas dessas informações eu encontrei através de pesquisas realizadas em revistas, livros e outros meios de comunicação. O encontro com as lembranças remotas da infância do rei foi efetuado em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, durante as comemorações da I Semana do Rei realizada entre os dias 17 e 23 de abril de 2005, semana do aniversário do RC. Essa comemoração faz parte do calendário de eventos da cidade. Durante uma semana percorri todos os locais que marcaram a passagem do RC pela cidade na sua infância, além de outros pontos que considero importantes para a história do rei. Os pontos visitados foram estes: A casa onde nasceu e que foi transformada em Casa de Cultura Roberto Carlos, a estação ferroviária, hoje Museu Ferroviário Domingos Lage, o rio Itapemirim, todos imortalizados em suas canções. Também fazem parte dessa história o Conservatório de Música, os colégios onde estudou e as ladeiras onde brincava. Uma dessas ladeiras ao lado da sua casa bem na parte baixa no início da rua tem uma bica, onde RC muitas vezes saciava a sua sede. Também fui até o que restou do prédio da Radio Cachoeiro, onde RC se apresentava. Passei pelo local do seu grave acidente, cujos trilhos agora estão encobertos pelo asfalto. Fui até a Santa Casa de Misericórdia, hospital para onde foi levado após o acidente. Outro ponto visitado foi o cartório onde foi registrado, além dos monumentos em sua homenagem etc. Nesse tour tive a satisfação de conhecer as suas primeiras professoras de piano, Maria Helena Gonçalves Mignone e Elaine Manhães, que não estão mais entre nós. No encontro com a professora Elaine ela apresentou um documento que considero uma relíquia, o boletim de notas do RC.  Encontrei outras pessoas que também marcaram a vida do RC, como José Nogueira com quem aprimorou os seus conhecimentos de violão. A Marly Barreto que se apresentava com RC nos programas da Radio Cachoeiro. Conheci também as irmãs Volpato, Gercy e Maria Eleonor, consideradas as primeiras fãs do RC. O passado esteve presente e serão lembrados no futuro. 

Posteriormente, um novo encontro foi realizado. Desta vez no tempo presente. O cenário foi o bairro da Urca, no Rio de Janeiro. Neste bairro bucólico iniciei a visita pelo Edifício Golden Bay, morada atual do RC. Andei mais um pouco e cheguei à igreja Nossa Senhora do Brasil, local que frequenta para fazer as suas orações. Retornando pela mesma avenida segui rumo a Avenida São Sebastião, lá fica o Estúdio Amigo, onde são feitas algumas gravações. Esses locais lembram o Roberto atual, mas que já têm muitas histórias. Algumas delas estão registradas em suas canções. No tour lembrei algumas delas.

Outro encontro de grande emoção foi no carnaval de 2011, na passarela da Marquês de Sapucaí, no Rio de janeiro. Neste ano RC foi o grande homenageado da Escola de Samba Beija-Flor com o enredo “A Simplicidade de um Rei”, fazendo a escola sagrar-se campeã do carnaval carioca. Durante os desfiles choveu bastante, mas no desfile da Beija- Flor já com a luz do sol o tempo estava firme. Antes do desfile a escola distribuiu bandeirinhas e rosas por toda arquibancada. Os fogos estouram na concentração anunciando o início do desfile. Foi de arrepiar. Nas arquibancadas um mar de bandeirinhas e rosas foi agitado. O coração acelera e aumenta a intensidade das batidas com acordes do samba enredo. Daí pra frente foi só emoção diante dos meus olhos. A vida do RC desfilava na passarela e eu ficava embevecido com tudo que era apresentado. Foi pouco mais de uma hora de puro êxtase.  Eis que chega o último carro trazendo RC. O público cantava o samba e arremessa as rosas recebidas em direção a RC, que retribuía acenando e mandando beijos. Desta vez ele não cantou mais encantou o público.

Por fim o nosso grande encontro que aconteceu de forma não tradicional, como normalmente acontece aos finais dos shows. Esse sonho tornou-se realidade no final de uma manhã no estacionamento do subsolo do Hotel Marina Park, em Fortaleza. Após uma longa espera eu, Fabiano Cavalcante e Auri, descemos para o estacionamento no subsolo, conforme combinado. O rei se prepara para ir embora. O carro com o ar condicionado ligado o aguardava na porta do elevador. A nossa expectativa aumentava cada vez que a porta do elevador se abria. A primeira a descer foi a Carminha, que foi direto para o carro. Logo depois desce RC. Foi um misto de alegria e medo, pois não tínhamos a certeza absoluta se seríamos recebidos. Ficamos no aguardo e o rei se aproximou de maneira cordial e foi muito solícito. Recebeu uma caravela de presente do Auri, mas como era grande e muito frágil preferiu não levar. Houve alguns imprevistos na hora das fotos uma vez que a luminosidade no local não era boa, assim como a máquina fotográfica. Fiquei apreensivo na minha vez da foto. Na primeira foto o flash não funcionou, mas RC foi paciente e aguardou mais um pouco, mesmo sabendo que já estava passando do tempo acertado. Até que gostei desse imprevisto, pois o RC se manteve na mesma pose com a mão no meu ombro. A emoção foi tão grande que não lembro nem se falei alguma coisa. Terminada a sessão de fotos, agradecemos e ele saiu. O ambiente ficou vazio, mas os nossos corações estavam cheios de alegria. 

Outros encontros aconteceram, mas vou me resumir a esses que considero os mais relevantes.

Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.

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3 Comentários

Comentários

  1. Que relato emocionante...fã é isso. Não perder a esperança de que um dia, esse encontro acontecerá. Ter todo esse acervo e mais ainda, as memórias sobre tantos fatos históricos que se fazem presentes; e procurar em cada pontinho, algo relacionado ao amado artista. Parabéns!!! Emocionante!!!

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    1. Nobre colega Rosemeire,

      Agradeço as suas palavras.

      um forte abraço

      C. Marley

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  2. Esperamos mais relatos amigo C. Marley. Showwwwwwwwwww!!!

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