Lançamento DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS - Lopito Feijó | CCCP Luanda 09/10

DO TEXTO:

Apresentação da obra pelo Escritor e Poeta ANTÓNIO GONÇALVES e pela jovem Escritora CINTIA GONÇALVES

No dia 9 do corrente mês de Outubro, (3ª feira) pelas 18H30, no CAMÕES/CENTRO  CULTURAL PORTUGUÊS (AV. de Portugal nº50), será lançada a obra mais recente de poesia de  J. A S. LOPITO FEIJÓ K. “DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS”

A obra “DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS” insere-se na colecção “TRONCOS DA LITERATURA ANGOLANAS”, que integra obras inéditas de autores consagrados angolanos, que tenham contribuído para modernizar o mosaico literário nacional. A referida colecção resulta de uma parceria entre a Editora Acácias, o Movimento Lev’Arte e o Camões/Centro Cultural  Português e visa favorecer o encontro intelectual entre escritores de diferentes gerações, bem como promover a melhoria do conhecimento da língua, como ferramenta basilar da escrita. 

DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS reúne sessenta texto poéticos, divididos em três capítulos:

Primeiro capítulo: “Do Nosso Mundo & do Mundo Alheio”
“Todos falam, farfalham e falham
Todos clamam, reclamam e inflamam”

Segundo capítulo: “Das Ilusórias Aparências”
“Contemplar nas cobras o brilho do olhar
eliminando com a língua o esparregado das peles
é o sagrado delito dos predestinados sofistas”.

Terceiro capítulo: “Do Amor e do Rancor”
“…amar atrevido é arte superior
desbravando rancorosos caminhos, amar é reinar
em sã consciência a todo o instante.”

Em “DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS”, o Autor aborda  o passado de Angola, aproveitando e recriando a tradição oral, revisitando a  “Sabedoria”  contida nos provérbios.   Este é o  primeiro livro de uma trilogia, a que LOPITO FEIJÓO também chama de “Textos Poépicos, de Poemas Épicos”, relativos a diferentes momentos históricos da realidade social, económica e política de Angola.  O segundo volume da trilogia, denominado “MORTÍFEROS DE DOUTRINÁRIA SAPIÊNCIA”,  terá enfoque no tempo presente e o terceiro,  intitulado “DOUTRINÁRIAS IMAGINAÇÕES DOUTRINÁRIAS”, abordará, de forma premonitória, o que poderá vir a ser a realidade política, económica e social de Angola nos próximos anos.  

Em “DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS” o autor reafirma a sua versatilidade, como criador literário, transpondo códigos e linguagens, através de um processo de desconstrução, construção e reconstrução  significante. LOPITO FEIJÓO é considerado, por alguns, como um herdeiro directo e dilecto, não apenas do  modernismo e tradição vanguardista, mas também do romantismo rebelde, apaixonado e revolucionário. O poeta cultiva o verso livre, afirmando, assim, a sua liberdade enquanto criador.

A obra DOUTRINÁRIAS LÂMINAS DOUTRINÁRIAS foi lançada em  Lisboa, no dia 21 de Setembro último, na Casa de Angola em Lisboa e teve como apresentadores Margarida Gil, Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Rodrigo Vaz, jornalista e crítico de arte.

SOBRE O AUTOR

J.A S. LOPITO FEIJÓ K., de seu nome próprio, João André da Silva Feijó nasceu  em Malange em 1963. Licenciou-se em Direito na Universidade Agostinho Neto. Foi Deputado da Assembleia Nacional. É poeta e crítico literário. Ensinou Literatura angolana. Foi Membro fundador da Brigada Jovem da Literatura de Luanda e do Colectivo de Trabalhos Literários (OHANDANJI). É membro da União dos Escritores Angolanos, onde foi Secretário para as Relações Internacionais. Actualmente, é Presidente  da Sociedade Angolana de Direito de Autor (SADIA) e dirige a Gazeta de Autores, orgão de divulgação da instituição. É um dos Memebros fundadores da Academia Angolana de Letras.

Foi fundador da ALPAS 21 – Academia de Artes, Letras e Ciências do Estado Brasileiro do Rio Grande do Sul, onde ocupa a cadeira número 1 para estrangeiros.

É membro correspondente da Academia Brasileira de Poesia Casa Real de Leoni e membro da International Poetry dos EUA  e da Maison International de la Poesie, sediada em Bruxelas. O seu nome consta da 10ª edição do International Directory of Distinguished Leadership (2004/2005), do American Biographical Institute, bem como no Dicionário de Autores de Literaturas  Africanas de Língua Portuguesa (1997).

Tem obras traduzidas para o francês, inglês e italiano e colaboração em publicações em Angola, Portugal, Espanha, Brasil, EUA, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Nigéria e Itália, entre outros países.

Obras publicadas

Poesia
1987: “Doutrina”
1987: “Me Ditando”
1987: “Rosa Cor-de-Rosa”
1990: “Cartas de Amor” (3ª ed. em, 2013)
1997: “Na Idade de Cristo”
2005: “O Brilho do Bronze”
2011: “Marcas da Guerra”
2012 “Lex &  Cal Doutrina”
2013: “Andarilho e Doutrinário”
2013: “Auto Grafia”
2014: “Desejos de Aminata”
2015: “Coração Telúrico”
2016: “ReuniVersos Doutrinários”
2017: “A Imprescindível Doutrina Contra”

Ensaio: crítica literária
1992: Meditando – textos sobre Literatura
1993: Geração da Revolução (c/ Luís Kandjimbo)

Organização e divulgação
1988: “No Caminho doloroso das Coisas”
1995: “África das Palavras” – antologia de Poesia de Amor dos anos 80.

O que alguns críticos, estudiosos e ensaístas, dos mais diversos países têm  dito de  LOPITO FEIJÓO.

- “Há que reconhecer em Lopito Feijó virtudes presentes: Imaginação e Estilo próprios. Com a primeira, ele consegue a harmonia. Com a segunda, obtém o tratamento especial de linguagem”- Luís Romano (escritor/romancista).

- “Não será descabido considerar Lopito Feijó como a mais irreverente voz da nova geração poética angolana (...). a elaboração mental (semântica e imaginética) parece comandar  o ritmo e a disposição gráfica: a sintaxe atropela a gramática e a forma não corresponde à leitura de hábitos melódicos. Assim se surpreende o leitor, apanhado na sua rotina (...). perseverando contra a cadeia da língua, contra a corrente impositiva de uma estética. E assim fez, talvez contribuindo para mudar, desde já, o rumo à história da poesia angolana”- Pires Larangeira (Ensaísta e Professor da Universidade de Coimbra).

- “Lopito Feijó cumpre as aspirações dos novíssimos, de encontrar a memória colectiva no poema que se acrescenta em cada dia”. (...) é para juntar as pontas da desarmonia do mundo que Lopito Feijó escreve estes poemas para que os angolanos não esqueçam e o mundo inteiro com eles”-  Ana Paula Tavares (Historiadora, Escritora e Poeta).

- “Nome importante  da geração 80, a chamada “geração das incertezas” assume a ruptura com os cânones semânticos e estéticos tradicionais, propondo uma estética assente numa linguagem dissonantemente  metafórica e no experimentalismo visual. Com um estilo, simultaneamente satírico e irreverente”- David Capelenguela (Escritor e Poeta).

- “Deslumbrante, incrível. Lopito é ele mesmo um poeta de cabeça aos pés. Há muitos anos que mantém uma coerência nos limites  da sua personalidade artística e se apresenta tal como é: fala como poeta, veste-se como poeta, deambula e é excêntrico como o foram Pessoa, Cummings, Neruda ou Vinícius de Morais”- João Tala (Médico e Poeta).

- “Lopito Feijó não é um poeta morno. Crepita e perturba com os seus signos. Mesmo os mais disfarçados, são uma autêntica tentação”- Teixeira de Sousa (Escritor).

- “Os poemas de Lopito Feijó dão-me uma ideia de pujança da nova literatura angolana. Fiquei impressionado com a originalidade linguística e com a coesão e densidade temática. Lêem-se como se ouve uma pequena sinfonia”- David Brookshaw (Professor na Universidade de Bristol).

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