Roda de Samba “PedeTeresa” Anima o Picadeiro na Praça Onze

DO TEXTO:

A energia das Matrizes do Samba se Junta à Magia do Circo – Música de Raiz e Arte Circense na mesma vibração.

Imagine a alegria de uma roda de samba dentro de um circo de verdade! Sorrisos e energias partilhados sob uma lona. Essa é a ideia do projeto colaborativo “Samba no Picadeiro”, que traz a alegria da música e a magia do circo para a cidade do Rio de Janeiro. A Roda de Samba “PedeTeresa” fecha parceria com Circo Crescer e Viver em uma proposta com samba, atrações circenses, DJ, entre outros. A 1a edição do evento gratuito terá a participação de Marquinhos de Oswaldo Cruz, cantor, compositor e intérprete da Portela, e acontece na sexta (11/05), começando às 18h, na rua Carmo Neto, 143, Cidade Nova (em frente ao Metrô – Estação Praça Onze).

A parceria entre o Circo e a “PedeTeresa” tem o objetivo de valorizar a cultura popular urbana de maior impacto socioeconômico da cidade em um dos espaços mais charmosos do Rio para fazer ecoar as matrizes do samba carioca no território onde ele nasceu. “No Rio, o samba e o circo são dois filhos da mesma placenta. Foi na Praça Onze, no quintal da Tia Ciata, em que nasceu esse ritmo e onde se instalavam os grandes circos na cidade”, diz Vinícius Daumas, diretor artístico do Crescer e Viver. E já que a Roda de Samba tem como cenário uma lona e um picadeiro, nos intervalos, jovens artistas farão performances encenando a milenar arte do circo, ao som da Dj Bieta com muita música negra. Os encontros serão quinzenalmente, no circo, regados a ritmos, gastronomia, artesanatos e arte circense.

As Rodas de Samba desenvolvem o potencial turístico, cultural e econômico no Rio de Janeiro. De acordo com a Rede Carioca de Rodas de Samba (RS), existem, pelo menos, 45 rodas de samba, em diferentes bairros da cidade, possibilitando em torno de 60 eventos por mês, gerando trabalho e renda direta e indiretamente com consumo médio de 1 milhão de reais mensal, movimentando para a economia local mais de 9 milhões por ano. “Os valores agregados de uma Roda de Samba são imensuráveis. O impacto social e toda movimentação financeira, que giram em torno desta cadeia produtiva, retornam diretamente em impostos para a cidade”, afirma Marcelo Santos, coordenador de articulação da RS.

Um dos resultados mais legais do projeto é que toda a verba arrecadada será revertida para as ações sociais do Circo Crescer e Viver e para a manutenção da Roda de Samba PedeTeresa na Praça Tiradentes. O circo existe há 15 anos e desenvolve atividades nos campos da formação, produção, difusão e fruição das artes circenses. A Roda “PedeTeresa” foi formada por um grupo de amigos, há cinco anos, que se reunia no bairro de Fátima aos pés de Santa Teresa para fazer um samba com as matrizes carioca toda semana.

Sobre Marquinhos de Oswaldo Cruz: Cantor, compositor, intérprete, carioca, nascido em Madureira, no subúrbio do Rio de Janeiro, mudou-se para Oswaldo Cruz, onde consolidou o samba em sua raiz. Aos 56 anos, foi um dos criadores das feijoadas da Portela, da versão contemporânea do Trem do Samba e a Feira das Yabás.

A convivência com os mestres Monarco, Jair do Cavaquinho, Casquinha, Tia Docalogo fez Marquinhos se apaixonar cada vez mais por seu ofício de sambista. Pego pela música, ele participava de rodas de partido-alto, enquanto mergulhava em pesquisas sobre os cantores mais velhos. Mas foi só adulto que Marcos Sampaio de Alcântara se transformou em Marquinhos de Oswaldo Cruz. E, no início dos anos 90, passou a liderar movimentos pela valorização do bairro que carrega no nome.

Sua forte ligação com o samba mais tradicional o fez reativar o movimento do Pagode do Trem, comemorado no Dia Nacional do Samba (2 de dezembro). Organizou também movimentos como Acorda Oswaldo Cruz, Quilombos do Samba, Samba de Raiz ou a Semana Paulo da Portela. Teve composições gravadas por Paulinho Mocidade, Grupo Raça, Grupo Pirraça e Beth Carvalho, que registrou "Geografia Popular", parceria com Arlindo Cruz e Edinho. Em 2000 lançou pela Rob Digital seu primeiro disco individual, "Uma Geografia Popular", com sambas de sua autoria e de compositores portelenses como Manacéa, Casquinha e Monarco.

Sobre a DJ Bieta: Brasileira natural de Porto Alegre-RS, sempre foi ligada às artes e manifestações culturais. Começou a carreira como integrante do “ Afrosul - Música e Dança ”, no período de 1987 a 2000. Grupo de maior representatividade da cultura Afro Gaúcha no Rio Grande do Sul.

Em 2001, para ampliar o conhecimento nas artes como música, dança, moda e produção cultural, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde em 2006 especializou em Gestão de Projetos Culturais como Cecy Fontes na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro e Gestão e Logística para grandes Shows e Eventos LC Duarte.

Recentemente em 2017 realizou mais uma conexão cultural entre os estados do Rio de Janeiro e Salvador - BA , com o “ Baile Charme e Dendê ” uma fusão do Baile Charme – RJ com todo Dendê e Asé de Salvador –BA. O Baile foi realizado no Casarão do Lord - Pelourinho. Ainda em Salvador foi DJ oficial do Afoxé Filhas de Gandhy durante os percursos Barra-Ondina e Campo Grande trazendo tecnologia e inovação para o Carnaval de Salvador - Bahia 2107.

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