O Festival Levada começa em 5 de julho com shows na Tijuca e em Ipanema

DO TEXTO:

Dez artistas de todas as regiões do país vão se apresentar por dez semanas seguidas em shows no Centro da Música Carioca e na Casa de Cultura Laura Alvim
 

 
Alba Bittencourt
Portal Splish Splash

Vêm aí dez semanas com novos nomes da música brasileira. É a sexta edição do Levada, festival que tem como missão difundir a música autoral e independente, fazendo circular o que há de mais novo na cena do país. Além de trazer ao Rio de Janeiro artistas de várias outras regiões, a grande novidade desta edição será que o Levada vai realizar os shows nas zonas Norte e Sul da cidade, ampliando a democratização do acesso ao festival.

Com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura e da Oi – por meio da Lei de Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro - Lei do ISS, o festival começa no dia 5 de julho e vai até o dia 7 de setembro, às quartas e quintas-feiras, sempre às 20h, e ingressos a preços populares: R$ 20 e meia entrada a R$ 10.

Por dez semanas consecutivas, dez artistas se apresentarão duas vezes seguidas no projeto. Os cinco primeiros artistas estão escalados para o Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca, e os outros cinco para a Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Serão, ao todo, vinte noites no Levada 2017.

“Levada é um projeto que há seis anos nos enche de alegria. A parceria com o Oi Futuro nos possibilitou realizar diversos shows e alavancar a carreira de vários músicos independentes, de diversas regiões do Brasil. O bom do projeto é possibilitar a divulgação do trabalho do artista com toda a qualidade técnica e a infraestrutura necessária para a equipe poder viajar e se apresentar no Rio de Janeiro. A vida do artista independente tem muitos riscos, e nós apostamos em trabalhos ainda pouco conhecidos, que provavelmente não teriam condições de arcar com os custos de uma estreia na cidade”, explica Júlio Zucca, produtor e idealizador do projeto.

Para Jorge Lz, curador do Levada, é importante o recorte da exuberante produção brasileira do século 21. “O Levada segue na sua busca de mapear a música brasileira contemporânea, revelando o excelente momento que atravessamos. Para essa sexta edição procuramos destacar alguns artistas independentes que, de alguma forma, já se estabeleceram e conquistaram seu público, como é o caso de Domenico Lancellotti e Curumin, que lançam seus novos trabalhos. Mas não deixamos de lado novos nomes em que apostamos, como Bruna Mendez, de Goiás, e Barro, de Pernambuco. Trouxemos também dois artistas muito conhecidos por seus trabalhos com suas respectivas bandas e que agora lançam seus primeiros trabalhos solo: Felipe S, vocalista da banda Mombojó, e Letícia Novaes, ex-integrante da banda Letuce”, conta Lz.

Programação do Levada 2017

Com apresentações às quartas e quintas-feiras, sempre às 20h, e ingressos a preços populares: R$ 20 e R$ 10.

No Centro da Música Carioca Artur da Távola (rua Conde de Bonfim 824, Tijuca):

Dias 5 e 6 de julho – Domenico Lancellotti – carioca; músico e produtor; filho do músico Ivor Lancellotti; participou do grupo Mulheres Que Dizem Sim; integrante do coletivo +2; lança no Levada seu segundo álbum solo “Serra dos Órgãos”.

Dias 12 e 13 de julho – Curumin – paulistano; músico e produtor; casado com Anelis Assumpção; lança no Levada seu quarto álbum “Boca”.

Dias 19 e 20 de julho – Juliana Sinimbú – paraense; lança no Levada seu segundo disco “Sobre Amor e Outras Viagens”.

Dias 26 e 27 de julho – Letícia Novaes – carioca; poeta; ex-integrante do Letuce; lança no Levada seu 1° disco solo “Letrux”.

Dias 2 e 3 de agosto – Felipe S – pernambucano; integrante da banda Mombojó e da banda Del Rey (pernambucanos que tocam músicas do Roberto e Erasmo Carlos); lança no Levada seu primeiro álbum solo “Cabeça de Felipe”.

Na Casa de Cultura Laura Alvim (av. Vieira Souto 376, Ipanema):

Dias 9 e 10 de agosto –  Luísa Maita – paulistana; teve duas músicas de seu primeiro disco na trilha sonora do filme “Boyhood” (indicado ao Oscar de 2015); lança no Levada seu segundo álbum “Fio da Memória”.

Dias 16 e 17 de agosto – Bruno Morais – paranaense; teve uma música de seu primeiro disco na minissérie “Verdades secretas”; lança no Levada seu segundo álbum, ainda sem nome definido.

Dias 23 e 24 de agosto – Bruna Mendez – goiana; lança no Levada seu primeiro álbum “O mesmo mar que nega a terra cede à sua calma”, com produção de Adriano Cintra (ex-Cansei de Ser Sexy).

Dias 30 e 31 de agosto – Tamy – capixaba, radicada no Uruguai; lança no Levada seu quarto álbum “Parador Neptunia”.

Dias 6 e 7 de setembro – Barro – pernambucano; integrante do grupo Bande Dessinée; lança no Levada seu primeiro álbum, “Miocárdio”.

Um pouco mais sobre o Levada

Nas cinco edições anteriores, 78 artistas se apresentaram para um público de mais de 10 mil pessoas. O Levada já recebeu nomes conhecidos – como Pedro Luís, Siba, Lucas Santanna e Lirinha – e artistas que estavam prestes a despontar, a exemplo de Ellen Oléria, Filipe Catto, Márcia Castro e Boogarins, passando por descobertas como Phill Veras, Aíla, Brunno Monteiro, Jaloo e César Lacerda. O Levada se torna a casa da nova música brasileira, com artistas de todas as regiões do país presentes em todas as edições.

Referência nacional de projeto que abriga a nova cena musical independente brasileira, o Levada continuará promovendo a discussão sobre o mercado da música independente e suas formas de fomento, produção e difusão. Esse debate acontece essencialmente na web, por meio de plataformas de música e das redes sociais, com a troca de ideias entre os artistas e produtores, mediadas pelo Levada, representado pelo curador, Jorge Lz, pelo produtor e músico independente Wagner Vallim e por Julio Zucca, diretor geral do festival.

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