Sobre a presença do maestro Eduardo Lages na direção musical do América Bar, já anteriormente alinhavei um escrito relacionado com o mesmo assunto. Porém, retiro, para já, e na sequência do que pretendo trazer à estampa sobre o referido espaço, este depoimento:
“A ideia do espaço surgiu de uma observação mais atenta sobre à Barra da Tijuca e sua carência de um espaço que fidelizasse o público que aprecia a boa música e também as pessoas na faixa etária a partir dos 40 anos, que geralmente tem um perfil exigente e mais refinado, conta o empresário paulista Antônio Furlan, proprietário do local, que também escolheu para a direção musical da casa, o renomado maestro, Eduardo Lages, cuja parceria ele já comemora. “Tudo é uma questão de se estar no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas e o Eduardo Lages foi fruto desta feliz sequencia de coincidências”, explica Furlan. “Fui apresentado ao Lages por um amigo que tínhamos em comum, para quem eu contei sobre os meus planos. Esse amigo, por sua vez, promoveu o encontro. Mostrei ao Lages os meus objetivos com relação ao espaço, ele me trouxe um outro olhar e outras tantas possibilidades. Não vejo um profissional melhor do que ele para dirigir artisticamente a casa”, conclui o empresário”.
Ora, não me considero, de forma alguma, um “expert” de outra galáxia. Certo. Reconheço. Contudo, e passando a imodéstia, também não sou desprovido de capacidades e de uma clara visão das coisas com que deparo por onde passo. E passar em tempos recuados, foi mesmo na Barra da Tijuca quando, durante alguns meses, morei na Rua Aroásis, ali bem pertinho da antiga pista de corridas de automóveis e que foi aproveitada para espaço da Olimpíada 2016. Sinceramente, e eu me confesso, não sei o que ali foi construído. A que conclusão quero chegar? Nessa altura, comentava com pessoas amigas que por ali faltava um espaço musical para convívio. Volvidos, quatro anos, esse espaço surge para gáudio dos que ali residem e de todos aqueles que optam por uma cavaqueira de amigos ao som de uma boa música e, também, desfrutando de um espaço condizente com as próprias necessidades em termos de decoração e consequente higiene. E para completar tudo isto, o empresário António Furlan escolheu a pessoa certa para o lugar certo, concretamente o maestro Eduardo Lages, um dos maiores músicos deste país e que, inegavelmente, pode ombrear com os melhores do mundo. Não é exagero da nossa parte. É a pura realidade dos factos, servindo de paradigma os muitos anos em que Lages está ao lado do rei Roberto Carlos. Uma parceria de enorme equilíbrio. E cremos que isso também acontecerá entre Eduardo Lages e António Furlan, cuja visão, em duplicado (construção do espaço e a escolha de Eduardo Lages para diretor musical), merece os maiores encómios. E o América Bar veio para ficar. E a estreia com Lages e Alcione fala por si. Êxito absoluto. E muitos outros virão na sequência da própria programação.
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