Gente do Fado condecorada pela República Portuguesa

DO TEXTO:


Numa cerimónia, que terá lugar, hoje. 27 de Janeiro, no Museu do Fado em Lisboa, Ana Moura, Carminho, Katia Guerreiro, Ricardo Ribeiro e o guitarrista Mário Pacheco serão condecorados, pelo Presidente da República, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Ana Moura, de 35 anos, natural de Santarém, foi descoberta pela fadista Maria da Fé, numa noite de fados. O CD de "Desfado", gravado ao vivo no Festival "Aqui mora o fado", de 2013, valeu-lhe um Prémio Amália. De salientar que Ana Moura já gravou com Prince e cantou com a banda britanica The Rollings Stones. Carminho, de 30 anos, começou por cantar na Taverna do Embuçado uma casa de fados gerida pela mãe, a fadista Teresa Siqueira. Em 2005 ganhou o Prémio Amália Revelação e, em 2012, recebeu o Prémio Amália de Melhor Intérprete. O primeiro álbum, "Fado", foi editado em 2009, com produção do músico Diogo Clemente, que tinha já produzido álbuns de Raquel Tavares e Mariza. Katia Guerreiro nasceu há 38 anos em Vanderbijlpark, na República Sul-Africana, viveu a infância nos Açores e licenciou-se em Medicina em Lisboa, onde fez parte da Tuna Médica e do grupo de teatro Miguel Torga. Katia Guerreiro foi descoberta para o fado pelos músicos Paulo Parreira e José Mário Veiga. Ricardo Ribeiro, de 33 anos, começou a cantar ainda jovem nas colectividades de recreio lisboetas e tem como maior referência o fadista Fernando Maurício. O seu primeiro álbum de estúdio data de 2000, "No reino do fado", tendo editado outros três, o mais recente intitulado "Largo da Memória". Mário Pacheco, de 60 anos, é filho do guitarrista Mário Pacheco e dirige o Clube de Fado, em Alfama, e já acompanhou Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Camané, Hermínia Silva, Max, Tristão da Silva, Mísia, entre outros. Como compositor, é autor de "Cavaleiro monge",. uma criação de Mariza. A Ordem do Infante, criada em 1960, distingue personalidades que tenham prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores. Foram já muitos os fadistas que receberam esta distinção, nomeadamente Amália Rodrigues, Mariza e Mísia. Em 2013, Cavaco Silva condecorou, com a mesma comenda, os fadistas Argentina Santos e Vicente da Câmara e o guitarrista e compositor de fado Carlos Gonçalves.


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