Esse cara (ainda) é Roberto Carlos

DO TEXTO:
Roberto Carlos: um ídolo de interpretação econômica que 
sabe provocar reações empolgadas da plateia
Foto Divulgação


Em apresentação no Castelão no último sábado, Roberto Carlos provou que, após cinco décadas de carreira - e mesmo quando o som não ajuda -, ainda é o "Rei" da música brasileira

Marcos Sampaio
marcossampaio@opovo.com.br

Mais uma vez, a Arena Castelão abriu suas portas para um astro da música. E, agora, pela primeira vez, para um nome nacional. Na noite do último sábado, foi Roberto Carlos quem estacionou seu calhambeque em Fortaleza para apresentar o show em que comemora seus mais de 50 anos de carreira junto com os 73 anos de vida, que ele completa no próximo dia 19.

Poucos depois de21h30min, Tom Cavalcante subiu ao palco para dar boa noite ao público e encomendar um coro de “Parabéns pra você”. Em seguida, a banda fazer um pot-pourri de sucessos e, em seguida, Roberto chegou todo de branco e foi recebido com muitas palmas.

Logo no inicio, a qualidade do som mostrou que não estava num bom dia. Microfonias e volume baixo geraram reclamações da plateia. As pessoas sentadas nas arquibancadas superiores até organizaram um pedido para melhorar a qualidade, mas não foram atendidos. Principalmente nos momentos em que Roberto Carlos conversava, pouco era entendido. “Fiquei surpresa com a pouca qualidade do som. A plateia ficou parada por que não conseguia ouvir”, criticou a professora Helena Souza, que estava na plateia superior lateral.

Do palco, o Rei não fez menção às reivindicações e seguiu seu protocolo. Num repertório sem surpresas, ele deu ao público exatamente o que se espera de um show seu. Da abertura como “Emoções” ao encerramento com “Jesus Cristo” e a tradicional distribuição de flores brancas e vermelhas (que ele faz de conta que beija), Roberto intercalou canções com longos diálogos falando sobre seu cachorro Axaxá e bastante sobre o amor. “São duas coisas que podem andar separadas (o amor e o sexo), mas, quando estão juntas, é bem melhor”, comentou. Também aproveitou para elogiar a Arena Castelão. “Que maravilha ficou essa obra. E em tempo”, arrematou o astro, que também fez vários elogios à banda.

Voz firme

Em cerca de duas horas de apresentação, Roberto Carlos percorreu sua história, desde a jovem guarda até o recente estouro de “Esse cara sou eu”. Um destaque fica para o arranjo vigoroso de “O calhambeque”, orquestrado pelo maestro Eduardo Lages. Banhado por uma iluminação belíssima, Roberto rege a multidão como poucos. Mesmo que pareça frio e econômico nas interpretações (apesar da voz firme e muito bem colocada), a plateia responde empolgada a todos os seus gestos. O que mostra que, com mais de cinco décadas de música, o Rei ainda causa muitas emoções.

Saiba mais

Antes do show, a trilha sonora ficou por conta de clássicos de Ray Charles. Coincidência ou não, quando a banda executou a introdução de “O calhambeque”, fez uma citação de “Hit the road Jack”, um dos sucessos do ídolo americano.

Para entrar na Arena Castelão, o público tinha que entrar numa fila enorme. Enquanto uns furavam a fila, outros cediam seus lugares para os idosos que se aproximavam.

Pivô de uma polêmica recente entre Roberto Carlos e seus fãs vegetarianos, a marca Friboi fez uma ação durante o show com direito a belas garotas, adesivos e propaganda nos telões.

Na saída do show, muitos carros particulares e táxis formaram filas duplas para esperar seus passageiros, o que formou uma longa fila.

Um dia depois de anunciar que ficaria no Governo do Estado, Cid Gomes foi à Arena Castelão conferir o show de Roberto Carlos. Com um copo de cerveja na mão, atendeu a todos que pediram para tirar uma foto com ele.


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