O
palco para o show de Roberto Carlos já desponta na Arena Gustavo Brigatti
O
próximo final de semana será de emoção e expectativa na Arena do Grêmio, mas não
por causa do futebol. No sábado, o cantor Roberto Carlos levará cerca de 45 mil
pessoas à nova casa tricolor – o primeiro teste do local como espaço para
grandes eventos musicais.
Às
vésperas do show do Rei, o Segundo Caderno conversou com produtores musicais e
profissionais do ramo de entretenimento para avaliar o potencial da Arena como
palco para sediar espetáculos que dispensam bola e uniforme, mas arrastam
multidões tão apaixonadas quanto torcedores.
Inaugurado
em 8 de dezembro do ano passado, o estádio foi anunciado como a primeira arena
multiuso da América Latina. Diferentemente do Olímpico e do Beira-Rio, que
precisavam ser adaptados para shows de música de grande porte, a Arena já tem,
em sua concepção, condições de receber tanto eventos esportivos quanto
culturais.
–
Um dos diferenciais da Arena, por exemplo, é o acesso do artista aos bastidores.
No lado norte do estádio, onde os palcos são montados, há duas coxias que
permitem ao artista e a sua produção acessarem palco, camarins, estacionamento e
elevadores de maneira direta e isolada do público – explica Eduardo Pinto,
presidente da empresa gestora da Arena, salientando que a acústica e a
visibilidade também foram levadas em consideração no projeto da casa.
Encravada
na zona norte de Porto Alegre, a Arena tem capacidade para cerca de 60 mil
pessoas nas arquibancadas. Mesmo que um terço desse potencial acabe subtraído
com a construção de um palco de nível internacional, como o de Paul McCartney, a
perda acaba compensada com o gramado, que pode abrigar até 15 mil espectadores –
proporcionando um evento que reúna mais de 50 mil espectadores. A Arena
credencia-se, portanto, para receber mega-atrações, como as que aportaram na
Capital em 2012: Madonna reuniu 45 mil pessoas no Olímpico, em dezembro, e Roger
Waters apresentou-se para 50 mil pessoas no Beira-Rio, em março.
–
Sem dúvida, é um espaço bem-vindo e uma alternativa interessante para shows de
grande porte, mas não podemos nos esquecer que o futebol ali vem em primeiro
lugar. Então, teremos que lidar com essa questão do calendário esportivo se
quisermos utilizá-la – aponta Carlos Konrath, da Opus Promoções.
Gustavo Brigatti
http://zerohora.clicrbs.com.br
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