Vou a caminho de nove anos de permanência no Brasil e, em termos de violência, fazendo um paralelismo desde 20 de agosto de 2004 até ao presente momento, as coisas nesse sentido pioraram muito. E de que maneira! Não há que esconder o sol com a peneira, pelo menos para os que aqui estão e que, diariamente, acompanham os noticiários das várias televisões. Sabemos que muita coisa não passa para o exterior.
Hoje, é assustador o panorama de violência no Brasil, nomeadamente em São Paulo (quarta cidade mundial em termos de população), o mesmo não se dizendo do Rio de Janeiro que muito melhorou com a implantação das policias pacificadoras nas favelas. Isto não quer dizer, de forma alguma, que a violência deixou de existir entre os cariocas. Nada disso. O índice é que baixou consideravelmente. Há dias, quando regressava a casa de táxi após ter acompanhado (jornalisticamente falando) o show do maestro Eduardo Lages (34 anos ao lado do Rei Roberto Carlos) no Teatro Municipal de Niterói, o taxista confirmou-me o mesmo. É que, muitas das vezes, os taxistas são os alvos preferidos dos ladrões. E quantos já foram barbaramente assassinados? Curiosamente, o dito taxista, quando lhe informei a minha naturalidade, falou-me de um meu conterrâneo que também tinha um táxi no Rio de Janeiro. Depois de mencionar o nome, fartei-me de rir perante a surpresa de quem me conduzia a casa. Claro que, de imediato, lhe expliquei que conhecia muito bem o João Manuel. Agora. para aqueles que me seguem através dos meus artigos publicados neste matutino, esclareço que o João Manuel trabalhou muito tempo numa das lojas da família Gouveia (ele e o irmão que mora na Silveira) e que, também, foi futebolista, tendo representado o Lusitânia e o Angrense, se a memória não me atraiçoa. Como sempre digo, mesmo através de uma conversa de ocasião, o mundo é pequeno.
Mas Brasil é Brasil. Lindas paisagens, cidades cosmopolitas, praias de sonho, zonas de clima tropical que proporcionam um lazer saudável, enfim, o lado mais atraente deste país. Já me esquecia dos muitos ladrões que existem no governo, nomeadamente no Senado em Brasília. Até dizem, por ironia (será mesmo?), que o “baixinho” Romário (e quem não se lembra dele) é das poucas exceções à regra.
Há terceirenses que adoram o Brasil e que aqui se deslocam com muita regularidade, atraídos pelo clima, pelas paisagens, enfim, por outras coisas mais de sabor especial (dá para entender). Sobre um deles, já escrevi um artigo neste jornal e que se relacionou com a vigésima visita. Trata-se do José António Pacheco, um dos proprietários do Café Aliança e que, pelo que tomei conhecimento, já prepara para breve a vigésima-primeira viagem.
Por outro lado, e assentando arraiais em Bahia (Ilhéus ou Porto Seguro?), temos o Dr. António Resendes (por sinal, também um dos clientes permanentes do Aliança) que, pelo que se sabe, já deve ter ultrapassado a casa das 30 deslocações. É um constante vaivém para um dos estados mais bonitos do Brasil. As praias, as baianas e por aí fora.
Posto este quadro dos dois terceirenses que se deslocam ao Brasil com muita regularidade, é caso para se perguntar: quem vai levar a “taça”, Resendes ou Pacheco? A disputa continua renhida, apesar de uma ligeira vantagem do Resendes.
PS – Façam o favor de, futuramente, me informarem das suas vindas para eu registar no meu bloco-nota. Quero ser eu a entregar a “taça” ao vencedor. Até pode ser uma “taça” com uma figura de uma baiana ou de uma carioca. Quem sabe se vou optar por atribuir duas “taças”, a menor para aquele que ficar em segundo lugar. E se ficar empatado? Aqui vou ter que recorrer a um júri para resolver o problema. Já pensei no João Rocha, mas com ele é muito ligado aos Pachecos do Aliança, podem considerá-lo suspeito. Também pensei no João Câmara, mas como ele é muito amigo do António Resendes, idem, idem. Vamos amadurecer a ideia, mesmo que tenha que me inclinar para o voto de alguns amigos radicados nos Estados Unidos.
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