O Baú do Carlos Alves (66)

DO TEXTO:


 


Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com

Publicado no site MAIS DE 50 ANOS em novembro de 2009

Depois de uma noite bem adormecida, acordei quatro da matina com este pensamento: falar de elogio(s). Bem vistas as coisas, é um tema interessante, com os seus pros e os seus contras. Depende da interpretação de cada um.

O elogio, enquanto elemento fundamental do comportamento e do relacionamento humano tende, desde há muito, nas sociedades atuais, a esvair-se de sentido ou entrar em desuso.

Do campo relacional ao campo social, do cultural ao político, os elogios são fragmentados e substituídos, muitas vezes, pela crítica apelidada de destrutiva quando, em grande parte, deveriam ser apreciados e contemplados.

Elogiar é reconhecer dotes quer humanos quer técnicos, das pessoas. De forma condicional e incondicional, fazer um elogio está à margem do socialmente correto. Quem elogia pode inclusive ser visto com maus olhos, e colocado na trajetória da mobilidade descendente das relações interpessoais. Se no campo relacional este tipo de prática é abundante, no campo político a situação é, na verdade, uma odisséia de percalços opinativos.

 Hoje, vale criticar, vale falar mal, vale enredar, vale omitir, vale provocar, vale intimidar, vale revoltar, e até vale invejar. Criticar pelo que se faz ou não se faz, independentemente da forma como se fez ou não se fez, é sempre alvo de uma postura crítica, muitas vezes, se não todas, munida de grandes doses de inveja.


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