Já uma vez escrevi sobre a dupla (marido e mulher) que
apresentava o Jornal Nacional, como eles se completavam com um impressionante à
vontade e, também, a indispensável presença física e de indumentária. São
predicados que o tele-espectador, nomeadamente o mais atento, não dispensa. De
fato, tenho que confessar que sempre fui, em termos de Jornal Nacional, um fã
de William Bonner e de Fátima Bernardes.
Antes de entrar no remate desta matéria, coloco de novo o
que escrevi em 27 de Outubro de 2009:
Sou adepto fervoroso de uma boa televisão. Por isso mesmo,
nada tenho a ver com a guerra “despoletada” entre as redes Globo e Record. Não
sou também fã do bispo Edir Macedo. Pra lá, pra lá, pra lá. Sou fã, isso sim,
dos grandes profissionais da Comunicação Social, entre os quais o casal William
Bonner e Fátima Bernardes, distintos apresentadores do Jornal Nacional da
Globo.
E foi dessa admiração que tenho pelo William que, no passado
sábado, no GNT, assisti, com toda a atenção, a uma entrevista que o William
concedeu à Marília Gabriela. Assuntos de interesse quer pessoais quer
profissionalmente falando. Nesse sentido, a experiência do William falou bem
alto, para mais se tratando de um profissional de reconhecida cátedra e que, da
minha parte, merece os maiores encómios. Reforço ainda que este casal se
completa muito bem. Diria mesmo que, de segunda a sexta-feira, trazem sempre a
lição bem estudada. Existe, entre ambos, um visível equilíbrio na apresentação
do Jornal Nacional.
Na referida entrevista, William Bonner tocou numa tecla
muito importante e que tem a ver com os jornalistas saídos da Faculdade. De
fato, muitos desses jornalistas chegam às redações – dos jornais, das
televisões, das rádios – arvorados em sabichões, desprezando muitas das vezes
os conselhos daqueles que, na profissão, já levam uma grande tarimba. No tempo
em que fui editor, conheci em Portugal muitos casos destes. Aliás, é um mal
generalizado, sobretudo em países como Portugal e Brasil – para apenas focar
estes dois.
William Bonner, a dada altura, afirmou que (sic) “gostaria
de ter ao seu dispor jornalistas saídos da Faculdade com mais sentido de
profissionalismo”. É verdade. Eu pessoalmente subscrevo. E digo mais: a estes
jovens falta-lhes um pouco mais de humildade no que concerne, sobretudo, à
forma de abordar as temáticas, ou seja, se revelarem mais harmonizados, mas
isso vai aflorando com os anos de profissão, com a paixão que a ela se dedica.
Mas antes, para lá se chegar, é imprescindível que não se descure as “ajudas”
dos mais antigos. Quantas vezes eu, no meu caso pessoal, recorri às
experiências do Vítor Santos e do Alfredo Farinha, apenas para falar destes
dois “monstros sagrados”, já falecidos, mas que são sempre lembrados por todos
aqueles que com eles conviveram na redação do jornal “A Bola”. Tenho 45 anos de
profissão e se ainda tivesse essa necessidade, hoje voltaria a fazer o mesmo
junto daqueles que sempre rotulei de meus GRANDES MESTRES.
Para finalizar, felicito William Bonner pela sua grande
visão sobre esta questão relacionada com os jovens jornalistas saídos da
Faculdade, a quem falta na maioria dos casos, muito mais profissionalismo. Mas,
volto à carga, se forem humildes, atingirão esse patamar com relativa
facilidade. A base, essa, já trazem da Faculdade. É inegável. Mas isso,
repetimos, não é tudo. Não lhes basta chamarem de doutores. Em tudo, há
doutores e doutores. Dá para perceber?
Ora, quando foi anunciada a saída de Fátima Bernardes do
Jornal Nacional, senti um enorme pesar, não obstante compreender e
simultaneamente deduzir que pela frente iria surgir algo bastante inovador em
termos televisivos, não só pela capacidade infraestrutural da GLOBO, mas,
sobretudo, pela capacidade jornalística que Fátima Bernardes sempre tem
revelado ao longo da sua carreira. E foi isso mesmo que aconteceu com o
surgimento do programa ENCONTRO, de alta qualidade e que, no meu entender, veio
preencher uma lacuna da GLOBO no espaço matinal. Daí que passei, como é
legítimo compreender em função do que atrás escrevi, a ser um regular
tele-espectador. Mantenho, pois, diariamente o meu ENCONTRO com Fátima
Bernardes sentado no sofá.
No dia em que escrevo mais esta matéria (artigo para os
portugueses), Fátima Bernardes proporcionou-me momentos de enorme alegria e
satisfação ao ser recordada a JOVEM GUARDA onde, entre outros, se revelou o Rei
Roberto Carlos. O Rei lá não esteve, mas algumas das suas canções passaram em
desfile.
Também já escrevi para Portugal e no Portal Splish Splash
sobre outras figuras ligadas à Rede Globo, tais como Luciano Huck e Tony Ramos,
por exemplo. Relativamente ao conteúdo da matéria relacionada com Luciano Huck,
afirmei categoricamente e sem receio que me rotulassem de “vendido ao Brasil”,
que o seu programa servia de exemplo para as televisões do meu Portugalzinho.
Hoje, e nesse sentido, volto à carga, asseverando o mesmo, isto é, o programa
ENCONTRO de Fátima Bernardes é mais uma inovação que não me importaria nada que
fosse plagiada pela mídia audiovisual de Portugal.
Parabéns, Fátima Bernardes, parabéns Rede Globo. O ENCONTRO
já está no patamar superior das grandes audiências. A qualidade e o carisma da
apresentadora falam por si.
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