Publicado no jornal A União em 7 de
novembro de 2010
Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com
Twitter - jornalistaAlves
Li, recentemente, que mais de
400 pessoas, de ambos os sexos, colaboram gratuitamente nos jornais
da região, número esse que, em relação a anos anteriores, por
exemplo, os dois últimos lustros, aumentou substancialmente, o que
acaba por ser importante. Primeiro, porque os jornais vão mantendo
estas importantes colaborações; segundo, porque é uma forma das
pessoas se manterem ligadas ao fenómeno jornalístico, quer
informativo quer formativo. Uns polticamente falando, outros no
desporto, enfim, várias temáticas que são apresentadas de acordo
com a raiz do pensamento de cada um. Fala-se, do lado de fora da
barreira (ou seja, o leitor), que há quem se aproveite da situação
para propagandear a sua própria política, isto tendo em linha de
conta que nos nossos jornais passam políticos de vários quadrantes.
Eu pessoalmente não vejo essa questão apenas por interesse próprio.
Considero, dentro da minha óptica, que também os jornais são
beneficiados com o espaço que a eles concedem. Por conseguinte,
ambos os lados são favorecidos, sabendo-se que estes e outros
colaboradores não são pagos pelos trabalhos apresentados.
Estive ligado a dois projectos
desportivos, um em São Miguel e outro na Terceira, e sei muito bem
que, sem um reforço de publicidade e/ou apoio do governo, não é
fácil manter um considerável número de colaboradores nas diversas
áreas, daí o reconhecer-se quão é importante aqueles que escrevem
pelo gosto de o fazer. Mais: creio que, inclusive, sem eles os
jornais continuariam na sua caminhada, talvez com um pouco menos de
qualidade, mas isso também é subjectivo. E estou falando
completamente à-vontade porque estou incluído nesse naipe de
colaboradores, ou seja, faço por gostar, por amor a um jornalismo
que me abriu outras portas em anos mais recuados e, sobretudo, por
amor à minha terra, à minha região. E nem estou nada preocupado
que esta minha persistência (já são 46 anos de actividade, quase
47) passe ao lado dos governantes açorianos.
Fui correspondente de “A Bola” nos
Açores 20 anos e 8 no Record na qualidade de correspondente do grupo
central. Sempre recebi uma avença pelos trabalhos apresentados, mas
aqui há que convir que são dois jornais nacionais com elevadas
tiragens e publicidade muito bem paga. Lembro-me que, em A Bola, até
se metiam “cunhas” para entrada de publicidade. Um exemplo
sintomático. Sei que, actualmente, as coisas não são assim tão
lineares em consequência da crise que se atravessa.
Vítor Santos, insigne chefe de
redacção de A Bola, jornalista que sempre revelou grande capacidade
(já falecido), um dia escreveu no jornal que, indiscutivelmente, A
Bola também vivia muito a expensas dos seus correspondentes, sempre
presentes quando eram solicitados e muitos enviando colaboração por
iniciativa própria, como foi o meu caso, por exemplo. Daí que os
correspondentes de A Bola receberam o honroso “soubriquet” de
“gente indispensável” e cujo trabalho sempre foi reconhecido
pela direcção e corpo redactorial do jornal. Este paralelismo, só
para complementar que os nossos jornais também devem, com todo o
respeito, estar gratos a estas quatro centenas de colaboradores que
não recebem avença pelos trabalhos publicados. Da parte que me
toca, já recebi esse testemunho dos jornais para os quais hoje
colaboro, inclusive o splish splash, portal clube do rei Roberto
Carlos, sites do king.
A todos estes colaboradores de jornais,
que o fazem pelo gosto de escrever, o meu grande abraço de amizade e
do reconhecimento da sua importância no grupo dos colunistas, não
esquecendo os outros que, com uma pequena notícia, também são
valiosos.
Li, recentemente, que mais de 400 pessoas, de ambos os sexos, colaboram gratuitamente nos jornais da região, número esse que, em relação a anos anteriores, por exemplo, os dois últimos lustros, aumentou substancialmente, o que acaba por ser importante. Primeiro, porque os jornais vão mantendo estas importantes colaborações; segundo, porque é uma forma das pessoas se manterem ligadas ao fenómeno jornalístico, quer informativo quer formativo. Uns polticamente falando, outros no desporto, enfim, várias temáticas que são apresentadas de acordo com a raiz do pensamento de cada um. Fala-se, do lado de fora da barreira (ou seja, o leitor), que há quem se aproveite da situação para propagandear a sua própria política, isto tendo em linha de conta que nos nossos jornais passam políticos de vários quadrantes. Eu pessoalmente não vejo essa questão apenas por interesse próprio. Considero, dentro da minha óptica, que também os jornais são beneficiados com o espaço que a eles concedem. Por conseguinte, ambos os lados são favorecidos, sabendo-se que estes e outros colaboradores não são pagos pelos trabalhos apresentados.
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