Para os que ainda não sabem o 10 de Junho é o Dia de Camões e das Comunidades, dia esse muito celebrado, por exemplo, na Diáspora. Dia em que o governo português condecora celebridades que se evidenciaram ao longo dos tempos. Na minha segunda viagem em reportagem aos Estados Unidos (das oito que lá efetuei), fui um dos convidados pela Comissão das Comunidades, do governo de então, ou seja, dez anos depois após a implantação em Portugal da democracia, o que equivale a dizer que, nesse histórico 25 de Abril de 1974, acabou a ditadura salazarista. Ufa, ufa, ufa!
Como sou uma pessoa reconhecida e equilibrada jornalisticamente falando (as farpas que às vezes coloco fazem parte da profissão, ou, melhor dizendo, de quem, em tempos idos, foi epitetado de “jornalista sem medo”. Fiquei grato a quem me batizou como tal), passei o 9 de junho em Toronto e, óbvio, o dia 10 nos Estados Unidos. Foi, ao cabo, o dividir o mal pelas aldeias. Mal? Que nada (uma brasileirada minha), foi muito bom. Considerar Toronto e Boston “duas aldeias” seria uma tremenda ofensa, quem sabe “lesa países” (os dois respectivos).
Hoje, porém, e volvidos alguns anos, cada vez mais me capacito que essa coisa de condecorações tem muito que se lhe diga. E vou mais longe ao afirmar que, nos últimos quatros lustros, foram poucos os que mereceram essa distinção. É assim que o sistema funciona: se beijas a cor da bandeira política que está no governo tens chances de ser reconhecido. Pois é... o sistema. E a moda do sistema pegou.
Como sou uma pessoa reconhecida e equilibrada jornalisticamente falando (as farpas que às vezes coloco fazem parte da profissão, ou, melhor dizendo, de quem, em tempos idos, foi epitetado de “jornalista sem medo”. Fiquei grato a quem me batizou como tal), passei o 9 de junho em Toronto e, óbvio, o dia 10 nos Estados Unidos. Foi, ao cabo, o dividir o mal pelas aldeias. Mal? Que nada (uma brasileirada minha), foi muito bom. Considerar Toronto e Boston “duas aldeias” seria uma tremenda ofensa, quem sabe “lesa países” (os dois respectivos).
Hoje, porém, e volvidos alguns anos, cada vez mais me capacito que essa coisa de condecorações tem muito que se lhe diga. E vou mais longe ao afirmar que, nos últimos quatros lustros, foram poucos os que mereceram essa distinção. É assim que o sistema funciona: se beijas a cor da bandeira política que está no governo tens chances de ser reconhecido. Pois é... o sistema. E a moda do sistema pegou.
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