Publicado no jornal A União em 25 de
julho de 2010
Coisas e loisas
Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br
Muito se tem badalado
sobre aquele bendito polvo que acertava nos desfechos de alguns jogos
disputados na recente Copa do Mundo disputada na África do Sul.
Polvo pra lá, polvo pra cá, e vamos continuar a ouvir e a ler
previsões com o nome de Paul, o polvo que continua de boca em boca.
E de polvo aconteceu que, num destes dias, fui a um restaurante comer
parte de um desses moluscos e perguntei ao “garçom” se aquele,
mesmo depois de frito, temperado com alho,acertava no meu
estado “estomacal”? Na verdade, esse polvo (sei lá, apanhado nas
águas do Guanabara?) mexeu bem com o meu estômago e, sobretudo, com
os meus intestinos. Também me lembrei de um colega que, nos Jogos do
Atlântico, disputados nas Canárias (Las Palmas, 1992), ficou
conhecido por “El Polvo” pelo facto de, à noite, quando ia às
discotecas, andar sempre “agarrado” aos peitos das meninas. E
dizia-se que o rapaz (o então apelidado de “El Povo”) era míope.
Às vezes o que parece não é...
2 – Há dias deparei no facebook
uma mensagem de Ricardo Madruga da Costa. Pela minha mente, passou
logo aquela sua estória ocorrida na ilha da Madeira, numa das
edições dos Jogos Juvenis Insulares. Numa bela noite, bem de
madrugada, quando subia para os seus aposentos, descuidou-se e ficou
com o braço preso no elevador. Foi necessário chamar os bombeiros
(cinco horas da matina) para, com um machado bem afiado, partirem a
porta e, posteriormente, conseguirem, com muito jeito, tirar o
Madruga da Costa daquele sofrimento. Restou para o Norberto Barcelos
que também estava no elevador. No dia seguinte, o então árbitro de
basquetebol, apareceu com o pulso engessado. Cuidado, pois, com as
distracções nos elevadores.
3 – A estória dos Coelhos. Era
eu coordenador desportivo deste jornal quando, numa segunda-feira, de
forma surpreendente, apareceu-me o João Coelho com duas entrevistas
que tinha feito nos balneários aos dois treinadores, salvo erro num
jogo Lusitânia-Angrense. Fiquei sem jeito (como dizem os
brasileiros), visto que o JC não era meu colaborador e, como tal,
nada nesse sentido lhe tinha solicitado. E que fazer? Deitei fogo à
peça para que ninguém fosse alvo de críticas, concretamente o JC
e, sobretudo, o jornal. Mas acabou mesmo por ser uma revelação,
atendendo a que, posteriormente, depois desta confusão toda, entrou
para colaborador o irmão Francisco Coelho, hoje excelentíssimo
Presidente da Assembleia Legislativa Regional. E ainda hoje me chama
de “chefe”, mas eu, óbvio, tenho que lhe responder com esta
frase: meu “Supremo Chefe”, pelo facto de continuar a ser
açoriano e estar sempre, através dos jornais on-line, ligado
à nossa região.
Mas, de Francisco Coelho, o
jornalista, direi que foi um valor que despontou. Mesmo estudando em
Lisboa, Francisco Coelho foi útil na medida em que cobria os jogos
do Lusitânia e do Praiense. Uma colaboração que foi uma mais-valia
para a nossa página desportiva.
Agora sou eu a falar de igual modo:
então, meu “Supremo Chefe”, como vão as coisas na Assembleia
Legislativa Regional? No Plenário, há sempre assuntos quentes.
Inquestionável. Fora dele, creio, as mesmas fofocas do costume.
Boas férias, meu “Supremo
Chefe”!
4 – Desde que voltei a este agora
matutino (como sou madrugador, gostei mesmo desta mudança operada),
tenho recebido vários emails de amigos e, também, muitas mensagens
no facebook, inclusive de pessoas radicadas nos Estados Unidos e
Canadá. E mais: já criei o hábito em alguns brasileiros (eles e
elas) para lerem A União on-line. Para eles é fácil, bastando
acessar o site do jornal.
Recebi agora um extenso email de um
grande amigo, João Jorge Lima, meu ex-jogador no Lusitânia, leitor,
e que também foi deputado regional. Não fugi à tentação de
publicar alguns trechos.
JJL - Dessa rápida passagem pelo
futebol lusitanista, guardo excelentes recordações, mas muito em
particular, a amizade veiculada até aos dias de hoje.
JJL - Antes disso, estou a ver-te
chegar "do Ultramar", cheio dos habituais "tiques",
mas que "revolucionaram" o modo de como
associar o árbitro ao espectáculo do futebol. Quem sabe se
ainda poderemos desenvolver este tema, e seus mais directos reflexos
colaterais, na vertente desportiva, mas também politico-sociais?
Como consequência
"indirecta" do sismo de Janeiro de 1980, optei, sem grande
reflexão, por emigrar para o Canadá. De uma experiência
projectada talvez para alguns anos, acabou por se
transformar em quase 15. É neste entretanto, que nos primórdios
anos de 80, te reencontro em Toronto. Funcionário ao tempo da
"Calypso Travel" do nosso comum amigo Rui Amaral, do qual
fui colega, mais tarde, da empresa Lawson Tours. O episódio que já
li e reli, por me dizer algo de emocional, da tua ida ao
Consulado Americano para prolongares o "Visto" de reentrada
nos Estados Unidos, em que o Rui Amaral teve esse papel de um "senhor
profissional", recordo que ao chegar à Agência para iniciar o
meu dia de trabalho, apareceste pouco depois acompanhado pelo Rui e,
ao me veres, ficamos de facto surpreendidos. Nessa altura,
trabalhava também na Agência o nosso amigo José Adelino Sousa,
infelizmente já falecido, ao qual replicaste por não te ter
dito, que eu estava lá com eles. Enfim, "PEQUENAS GRANDES
PASSAGENS" só compreendidas por quem sabe interpretar o que é
a Diáspora. Repito que se calhar estou a dar o mote para uma grande
caminhada, aproveitando estas “auto-estradas informáticas".
JJL -Tenho seguido, com muito
entusiasmo, os teus escritos. Não só os mais recentes na "A
União", como por outras paragens. Desculpa, mas sei que já
devia ter tomado esta atitude e não ficar só por saber de ti por
troca de conversas com outras tantas pessoas interessantes, como,
recentemente, com o meu muito querido amigo Dr. Carlos Enes.
JJL -Terminarei por agora, mas
quero dar-te a noticia de que a Tina, viúva do nosso muito amigo
Carlos António, está cá a cumprir uma promessa feita em vida pelo
Carlos, de juntar num almoço todos os amigos de futebol e não só.
É isso que acontecerá neste domingo próximo, na Casa do Povo de
São Bartolomeu.
Como não quero dizer tudo de uma
só vez, aqui fica a surpresa deste meu email, e recebe um grande
abraço do João Jorge Lima”.
NOTA FINAL - Relativamente ao
almoço (função) que fala o JJL, ele teve lugar neste domingo, dia
25. E aqui, para terminar, fica também a saudade do nosso Carlos
António da Saúde Rosa, que foi dedicado funcionário da União
Gráfica. Das vezes que fui ao Canadá, ela e a Tina sempre estiveram
presentes.
ADENDA EM 28 DE MAIO DE 2012 - Para o
próximo “Europeu”, que terá o seu início em princípios de
junho, já não vamos ter polvo para vaticinar. Assim sendo, deixo a
sugestão para que se recorra ao muitos dos “gênios da bola” que
por aí andam, inclusive no facebook.
Muito se tem badalado sobre aquele bendito polvo que acertava nos desfechos de alguns jogos disputados na recente Copa do Mundo disputada na África do Sul. Polvo pra lá, polvo pra cá, e vamos continuar a ouvir e a ler previsões com o nome de Paul, o polvo que continua de boca em boca. E de polvo aconteceu que, num destes dias, fui a um restaurante comer parte de um desses moluscos e perguntei ao “garçom” se aquele, mesmo depois de frito, temperado com alho,acertava no meu estado “estomacal”? Na verdade, esse polvo (sei lá, apanhado nas águas do Guanabara?) mexeu bem com o meu estômago e, sobretudo, com os meus intestinos. Também me lembrei de um colega que, nos Jogos do Atlântico, disputados nas Canárias (Las Palmas, 1992), ficou conhecido por “El Polvo” pelo facto de, à noite, quando ia às discotecas, andar sempre “agarrado” aos peitos das meninas. E dizia-se que o rapaz (o então apelidado de “El Povo”) era míope. Às vezes o que parece não é...
2 – Há dias deparei no facebook uma mensagem de Ricardo Madruga da Costa. Pela minha mente, passou logo aquela sua estória ocorrida na ilha da Madeira, numa das edições dos Jogos Juvenis Insulares. Numa bela noite, bem de madrugada, quando subia para os seus aposentos, descuidou-se e ficou com o braço preso no elevador. Foi necessário chamar os bombeiros (cinco horas da matina) para, com um machado bem afiado, partirem a porta e, posteriormente, conseguirem, com muito jeito, tirar o Madruga da Costa daquele sofrimento. Restou para o Norberto Barcelos que também estava no elevador. No dia seguinte, o então árbitro de basquetebol, apareceu com o pulso engessado. Cuidado, pois, com as distracções nos elevadores.
3 – A estória dos Coelhos. Era eu coordenador desportivo deste jornal quando, numa segunda-feira, de forma surpreendente, apareceu-me o João Coelho com duas entrevistas que tinha feito nos balneários aos dois treinadores, salvo erro num jogo Lusitânia-Angrense. Fiquei sem jeito (como dizem os brasileiros), visto que o JC não era meu colaborador e, como tal, nada nesse sentido lhe tinha solicitado. E que fazer? Deitei fogo à peça para que ninguém fosse alvo de críticas, concretamente o JC e, sobretudo, o jornal. Mas acabou mesmo por ser uma revelação, atendendo a que, posteriormente, depois desta confusão toda, entrou para colaborador o irmão Francisco Coelho, hoje excelentíssimo Presidente da Assembleia Legislativa Regional. E ainda hoje me chama de “chefe”, mas eu, óbvio, tenho que lhe responder com esta frase: meu “Supremo Chefe”, pelo facto de continuar a ser açoriano e estar sempre, através dos jornais on-line, ligado à nossa região.
Mas, de Francisco Coelho, o jornalista, direi que foi um valor que despontou. Mesmo estudando em Lisboa, Francisco Coelho foi útil na medida em que cobria os jogos do Lusitânia e do Praiense. Uma colaboração que foi uma mais-valia para a nossa página desportiva.
Agora sou eu a falar de igual modo: então, meu “Supremo Chefe”, como vão as coisas na Assembleia Legislativa Regional? No Plenário, há sempre assuntos quentes. Inquestionável. Fora dele, creio, as mesmas fofocas do costume.
Boas férias, meu “Supremo Chefe”!
4 – Desde que voltei a este agora matutino (como sou madrugador, gostei mesmo desta mudança operada), tenho recebido vários emails de amigos e, também, muitas mensagens no facebook, inclusive de pessoas radicadas nos Estados Unidos e Canadá. E mais: já criei o hábito em alguns brasileiros (eles e elas) para lerem A União on-line. Para eles é fácil, bastando acessar o site do jornal.
Recebi agora um extenso email de um grande amigo, João Jorge Lima, meu ex-jogador no Lusitânia, leitor, e que também foi deputado regional. Não fugi à tentação de publicar alguns trechos.
JJL - Dessa rápida passagem pelo futebol lusitanista, guardo excelentes recordações, mas muito em particular, a amizade veiculada até aos dias de hoje.
JJL - Antes disso, estou a ver-te chegar "do Ultramar", cheio dos habituais "tiques", mas que "revolucionaram" o modo de como associar o árbitro ao espectáculo do futebol. Quem sabe se ainda poderemos desenvolver este tema, e seus mais directos reflexos colaterais, na vertente desportiva, mas também politico-sociais?
Como consequência "indirecta" do sismo de Janeiro de 1980, optei, sem grande reflexão, por emigrar para o Canadá. De uma experiência projectada talvez para alguns anos, acabou por se transformar em quase 15. É neste entretanto, que nos primórdios anos de 80, te reencontro em Toronto. Funcionário ao tempo da "Calypso Travel" do nosso comum amigo Rui Amaral, do qual fui colega, mais tarde, da empresa Lawson Tours. O episódio que já li e reli, por me dizer algo de emocional, da tua ida ao Consulado Americano para prolongares o "Visto" de reentrada nos Estados Unidos, em que o Rui Amaral teve esse papel de um "senhor profissional", recordo que ao chegar à Agência para iniciar o meu dia de trabalho, apareceste pouco depois acompanhado pelo Rui e, ao me veres, ficamos de facto surpreendidos. Nessa altura, trabalhava também na Agência o nosso amigo José Adelino Sousa, infelizmente já falecido, ao qual replicaste por não te ter dito, que eu estava lá com eles. Enfim, "PEQUENAS GRANDES PASSAGENS" só compreendidas por quem sabe interpretar o que é a Diáspora. Repito que se calhar estou a dar o mote para uma grande caminhada, aproveitando estas “auto-estradas informáticas".
JJL -Tenho seguido, com muito entusiasmo, os teus escritos. Não só os mais recentes na "A União", como por outras paragens. Desculpa, mas sei que já devia ter tomado esta atitude e não ficar só por saber de ti por troca de conversas com outras tantas pessoas interessantes, como, recentemente, com o meu muito querido amigo Dr. Carlos Enes.
JJL -Terminarei por agora, mas quero dar-te a noticia de que a Tina, viúva do nosso muito amigo Carlos António, está cá a cumprir uma promessa feita em vida pelo Carlos, de juntar num almoço todos os amigos de futebol e não só. É isso que acontecerá neste domingo próximo, na Casa do Povo de São Bartolomeu.
Como não quero dizer tudo de uma só vez, aqui fica a surpresa deste meu email, e recebe um grande abraço do João Jorge Lima”.
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