Às Quintas-Feiras (5)

DO TEXTO:





Por Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br

Hoje vamos nos debruçar sobre a temática-futebol que, na verdade, tem muito que se lhe diga. E aqui no Portal, incluindo o Rei Roberto Carlos, há muito boa gente, começando por mim, evidentemente, que adora o ainda desporto-rei. A nossa Carmen Augusta, por exemplo, quando o Santos ganha uma competição vem logo a terreiro com comentários alusivos aos cometimentos dos santistas. E já que falo do Santos, escrevo esta matéria quatro horas antes do esgrimir com o Velez e, óbvio, porque se trata de um time brasileiro, torcer por uma vitória qualificativa do Santos Futebol Clube. O Santos que foi de Pelé (ainda o é para o jogador) e agora de Neymar, figura de proa de uma constelação de “estrelas brasileiras”.
Futebol, futebol, futebol. Lembro-me que, no início da minha carreira (remonta a 1964), escrevi um artigo encimado FUTEBOL PAIXÃO DO SÉCULO XX. E hoje escreveria o mesmo relativamente ao SÉCULO XXI? Creio que não. Afloraram muitas outras paixões que retiraram público dos campos de futebol.

Depois, com tantas polémicas e corrupção à mistura, o futebol de hoje deixou de ter tanta credibilidade. Esta uma realidade muito comezinha de se atentar. Contudo, congratulo-me pelo belíssimo espetáculo a que assisti na noite da passada quarta-feira, dia 23 de maio corrente, no confronto em que opôs o Corinthians ao Vasco da Gama. Incerteza do resultado até ao derradeiro minuto. Uma entrega total, em suma, um “jogaço” de futebol, quiçá o melhor que presenciei desde que cheguei há oito anos ao Brasil.
Em jogo de caráter decisivo, há sempre, nas vésperas, torcedores que procuram desestabilizar as hostes contrárias, sobretudo durante a noite perto do hotel onde está alojada a comitiva do adversário. Ora, isso aconteceu na noite de terça para quarta-feira, com os vascaínos a serem molestados com foguetes e outras coisas parecidas. Já aconteceu, inclusive, em Campeonato da Europa. Não é novidade para ninguém. Mas o que mais me irritou no meio de tudo isto, foi o teor da nota de redação do jornal Lance, que reza assim: “Um dos torcedores detidos pela polícia, pela manifestação em frente ao Hotel do Vasco, era estagiário da área técnica do LANCE! Embora o fato tenha ocorrido fora do horário de trabalho dele, a empresa considerou a atitude incompatível com seus princípios e seus valores. Sendo assim, o contrato de estágio foi encerrado, tão logo a notícia chegou ao conhecimento da direção”.

Ora, perante este quadro, só temos mesmo que felicitar a direção do LANCE, jornal que faz parte do meu dia-a-dia. Até serve de exemplo para outras empresas, uma delas televisiva, onde alguns dos seus jornalistas denotam um triste e exagerado clubismo - E curiosamente a maioria afeta ao Corintianhs. E não vou Bandeirar mais... Dá para entender?

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