O Baú do Carlos Alves (28)

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.b

Em Fall River, Estados Unidos, numa bela noite deu-me o desejo de passar por um cabaré, isto após, na companhia do Nelson Paiva, ter comido uma deliciosa pizza. Lá fomos a um cabaré que o Nelson conhecia. Tocou na campainha e veio a patroa (que mulher espampanante) abrir a porta. De imediato, falou com o Nelson, dizendo que a minha presença a preocupava porque, na pasta que eu levava, estava escrito, com letras gordas, PRESS. O medo que eles têm da imprensa. O Nelson, no seu estilo bem peculiar, respondeu-lhe no problem. E assim foi. Mas antes, a patroa informou o Nelson que as bebidas seriam por conta da casa. Não abusámos, naturalmente. Assistimos a um “show” de strep tease. Quando terminou, veio uma tipa, que tinha lido o PRESS na minha pasta, pretendendo que eu colocasse os seus seios no meu jornal. Levantou a camisa e a montra era, de facto, linda. Tive um impulso de passar a mão, mas ela não deixou, fazendo-me sinal para a porta traseira. Lá estava um matelão de um negro (que armário) com os olhos postos em mim. Bebi o scotch muito rapidinho e pernas para que te foste. Nem me despedi da patroa. O Nelson só ria. E eu dizendo: aquele negão não me deixou acariciar aqueles lindos seios. No outro dia, contámos o episódio aos restantes colegas que, entusiasmados, foram, à noite, ao dito cabaré. Tiveram o maior dos azares porque a mulher dos seios grandes, nesse dia, meteu folga. Assim, e bem vistas as coisas, fui eu que tive o privilégio de ver aquele grande altar. Eu e o Nelson Paiva, pois, pois... Aquele “armário negro” é que me estragou o resto da noite. Talvez tivesse as suas fundadas razões...

POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários