O Baú do Carlos Alves (27)

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br

Apesar dos brasileiros adorarem música e serem por natureza divertidos, não é na maioria dos bares que se tem música ao vivo. Contudo, aos finais de semana sempre aparecem grupos para divertir a malta que não dispensa uma fresquinha da ordem. Com a música, sobretudo se for samba, bebe-se muita cerveja. É um vê se te avias...

Não sou apenas eu que tenho sósia (o ator da Globo, Mauro Mendonça), outros surgem sem darmos por conta das suas existências. Aconteceu há pouco tempo, num conhecido bar do Rio de Janeiro, um episódio bastante interessante, não só em relação aos sósias, mas, também, pela música que um deles cantava. Ora, ainda hoje muita gente se lembra do nosso querido amigo Henrique “Turlu”, emigrado para os Estados Unidos (Lowell) da América e com quem tive o prazer de conviver durante a minha primeira deslocação aos States (ano de 1977), acompanhando o Sport Club Angrense. Como se sabe, Henrique “Turlu” gostava muito de cantar músicas brasileiras daquele tempo, algumas delas ainda hoje se ouvem por aí nesses bares e botecos que dispõem de máquinas de discos que foram transformados em CD´S. É só colocar uma moedinha e escolher a música que se quer ouvir. Digamos um que quer ouvir pago. Mas, voltando à vaca fria, no bar a que me referi estava cantando um sujeito magrinho, de bigode, cabelo liso, tal e qual a figura do Henrique “Turlu”. Um autêntico sósia sem pôr-nem-tirar. E o mais interessante de tudo isto, é que aquele homenzinho cantava uma das músicas muito conhecidas e que o Henrique fazia sempre questão de incluí-la no seu repertório. E muitas vezes, quando atuava na Esplanada do Marítimo (também era ele um dos “habitués” nas noites dos sábados), o Henrique “Turlu”, inclusive a pedido dos presentes, cantava a dita música, que reza assim: “eu estava na peneira, eu estava peneirando, eu estava no namoro, eu estava namorando”. E por coincidência (que raio de coincidência), o dito cujo, sósia do Henrique, cantava a mesma coisa.

Só faltou eu dizer para as pessoas que estavam comigo: olha o nosso Henrique “Turlu” aqui no Brasil recordando os seus belos tempos. Mas era o sósia que lá estava, peneirando uma canção dos anos 50 (por aí) e que ainda hoje se escuta em muitos dos chamados” bares dos pobres”. É isso aí... “eu estava na peneira, eu estava peneirando, eu estava no namoro, eu estava namorando”. Na verdade, eu naquela noite estava a caminho do namoro. E esta, heim!!

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