Morreu a Chita um ícone do cinema












Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br

Há sempre um acontecimento que, muito justificadamente, pode alterar o envio de alguns dos artigos que estão prontinhos para, em poucos segundos (entre dois e três), seguirem o seu rumo. Qualquer dia essa viagem será feita através de tinta verde, constatando-se que o Sporting ainda está em quatro frentes para discutir os respectivos títulos. Quanto a essa concretização, haja Paciência para esperar, sabendo-se que o Domingos, nesse sentido, está bastante otimista.

Deixando o verde, o Domingos Paciência e a paciência dos sportinguistas (número em que também estou incluído, e porque não...), achei por bem recordar aqui a Chita que morreu com 80 anos de idade. Creio que não estou longe da verdade se disser que muito boa gente já não se lembrava desse macaco (era macho com nome de fêmea) que nos deliciou com muitas peripécias de “partir a moca a rir”, obviamente nos filmes do Tarzan. Lembro-me que a malta do meu tempo – e não só –, quando a Chita entrava em cena, batia com os pés no sobrado (maior incidência para quem estava na geral) e também não faltavam os aplausos com as mãos, enfim, ela (ele) era uma figura muito “sui géneris”, sobretudo quando se direcionava para as suas contínuas e apetecidas traquinices. Muitos foram os filmes do Tarzan que presenciamos e a Chita sempre protagonizando cenas hilariantes. Atrevo-me a dizer que um filme do Tarzan sem Chita não teria graça alguma. Ficaríamos apenas com os gritos do Tarzan chamando os elefantes para a liça, não esquecendo uma ou outra cena amorosa com a Jane.

Morreu a Chita. Morreu o macaco que foi o mais próximo companheiro do Tarzan nos filmes da selva. E como comi muitas sanduiches de feijão no Restaurante Gaspar, nos intervalos dos filmes do Tarzan-mais-macaquinha, exibidos no Teatro Angrense (do empresário Marcelo Pamplona), em memória da Chita e consequentemente em sua homenagem, vou comer uma feijoada “à-brasileira”. Se me der um desarranjo intestinal, não há problema, faz parte do ritual, isto porque, num dos filmes do Tarzan, vi a Chita fazer o mesmo em cima dos inimigos do Rei da Selva. Não farei em cima dos inimigos (será que os tenho?), mas espero chegar a tempo e horas ao lugar certo.
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