Porque hoje é Domingo

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br

O exercício de reflexão, quando bem conduzido, parece potenciar as nossas capacidades, tornando-nos mais conscientes e, por isso, mais responsáveis, mais eficazes e, ao mesmo tempo, mais pacientes, mais tolerantes e mais solidários. Mesmo quando profundamente envolvidos nas nossas tarefas


profissionais, com a agenda sobrecarregada, parece apropriado retirarmos alguns momentos para auto-reflexão. Assim podemos, com prazer, descontrair-nos, recuperando energia. Assim podemos relembrar os nossos ideais, procurando a inspiração para nos mantermos no caminho mais apropriado. Assim podemos analisar com alguma frieza o que temos feito, como seria melhor fazer e como o conseguir. Assim podemos alterar o nosso pensamento realizando-nos ao que é superior. A quietude, o silêncio e a solidão desses momentos não significam inação ou inércia. Pelo contrário, o estado de calma, de paz consigo mesmo e com o Universo pode ser profundamente dinâmico e poderoso. Pessoalmente tão mais poderoso quanto for a paz interior, a simplicidade, o desinteresse, o prazer de ser útil, o amor. No mundo agitado em que vivemos, por vezes sentimos necessidade de um certo recolhimento. Não ouvir noticiários, não ler jornais. Desligar um pouco da realidade ambiente e procurarmos relaxadamente encontrar-nos com nós próprios. Na auto-reflexão não faz falta a critica ao próprio, muito menos, ao outro, a análise serena permite-nos a lucidez necessária ao auto-aperfeiçoamento e a convicção de que não nos cabe julgar os outros, antes procurar oferecer-lhes um bom exemplo e o nosso apoio. Não é, ou não deve ser, um caminho de desunião, mas de harmoniosa integração de verdadeira unidade no Todo. Depois pode tornar-se um hábito. Cada um pode escolher uma hora do dia para – durante cinco, dez ou quinze minutos – se recolher numa higienização mental.

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