Se escrevesse tudo o que vi e ouvi nas viagens que fiz aos Canadá (5) e Estados Unidos (8), por certo que tínhamos conteúdo para um bom livro, sobretudo em relação às que acompanhei o Angrense, Lusitânia e, também (somente ao Canadá), os veteranos dos verdes de Angra. Já relatei alguns fatos em artigos anteriores, mas, com o decorrer do tempo, outros vão surgindo na mente, exigindo, para o efeito, uma consentânea concentração mental, dado que, conforme já referi, não existem dados escritos. Tudo de memória.
Ora, na minha viagem de batismo ao Canadá e Estados Unidos (que remonta a 1977), digressionaram, no mesmo período, o Angrense e o Lusitânia, que realizaram um jogo em Hamilton e cujo desfecho foi uma igualdade a duas bolas. Um jogo que não teve cenas do “far west”, mas que, entretanto, foi salpicado por algumas picardias, ao cabo naturais de um “derby” angrense, mesmo disputado fora de portas e para emigrante ver.
Fora do campo isso sim aconteceram episódios interessantes, desde os convívios em casas particulares aos bailes promovidos pelos clubes que o Angrense defrontou. E falo do Angrense porque, nessa viagem, acompanhei a comitiva encarnada como prémio pelo trabalho desenvolvido no jornal “O Angrense”, uma edição especial de 20 páginas toda feita por mim, à exceção do editorial que foi (e muito bem) da responsabilidade do diretor de então.
Num dos bailes nos Estados Unidos (Fall River, Lowell ou New Bedford?), apareceu por lá uma “caçadeira” que gostava de ser pegada e consequentemente disparar o que tinha dentro da cartucheira. Essa “caçadeira” acabaria mesmo por ser assediada pelos mais afoitos. Sei que alguns experimentaram a “caçadeira”. Não sei quantos. Contudo, ainda hoje, ao alinhavar este escrito, pensei: afinal, quantos usaram a “caçadeira”? Uma cambada de malandros que não deram descanso à “caçadeira”. Mas creio que ela gostou da rapaziada, todos certinhos nos disparos.
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