O Baú do Carlos Alves (1)

DO TEXTO:





Por: Carlos Alberto Alves



Estou a ver, desde já, a reação do Armindo Guimarães: “lá vem o gajo do carago com mais um dos seus genéricos”. Na verdade, sempre fui assim quando estava no ativo, nomeadamente nas fases em que passei por editor e, inclusive, chefe de redação de um bi-semanário. Podem considerar “doença” ou outra coisa qualquer, mas não me vejo a ficar parado e, sobretudo, não inovar onde estou inserido, neste caso no Splish Splash.


Recorrendo à minha memória, que ainda continua muito fresquinha, e apesar de estar quase a atingir os 68 anos de idade (69 já não será novidade para mim, quando lá chegar), passarei, um tanto sucintamente, alguns casos que me lembre relacionados com algo que esteja ligado à música, por exemplo.

Hoje, neste primeiro Baú, vou recordar uma história que tem ligação com o Roberto Carlos (outras, por certo, surgirão com o decorrer do tempo). Normalmente, comprava os meus LP’S no Pinóquio (hoje funciona como lanchonete), livraria-discoteca no centro da cidade de Angra do Heroísmo. Sempre que por lá passava (umas três-quatro vezes por dia), perguntava ao empregado, de nome Francisco (nado e criado no bairro onde eu também nasci), se haviam novidades do Roberto Carlos ou do Erasmo. Mas, na altura, queria um LP onde constasse o Calhambeque, daí que, a dado momento, comecei a perguntar ao Chico: já veio o Calhambeque? De tanto perguntar pela vinda do LP com o Calhambeque, um dia, um amigo meu por sacanagem, deixou, num envelope, uma miniatura de um Calhambeque, com este dizer: “tanto que falas no Calhambeque do RC toma lá este”. Só que, no dia seguinte, para gáudio da minha pessoa, chegou o almejado LP com o Calhambeque. Ao deixar a livraria-discoteca, disse ao empregado do Pinóquio: quando aparecer esse tal meu amigo, diz-lhe que está convidado para ir a minha casa ouvir o Calhambeque.

Roberto Carlos - O Calhambeque (Rádiotelevisão Portuguesa - 1966)





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2 Comentários

Comentários

  1. O Carlos Alves, disse:
    (...) Estou a ver, desde já, a reação do Armindo Guimarães: “lá vem o gajo do carago com mais um dos seus genéricos”.

    E eu digo:
    O Carlos Alves parece que é bruxo, carago!!!
    :)

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  2. Olá Carlos Alberto!

    Muito bom esse seu Baú nº1. Gostei da persistência pelo Calhambeque!

    No aguardo do nº2...

    Abraços,
    Carmen Augusta

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