Antes de ser Rei, Roberto Carlos levou uma 'sapatada' em Vitória
Publicada por
Carmen Augusta
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Foto: Leonardo Soares
Chico Lessa no quintal de casa, em Vitória. Depois do episódio do sapato, o músico esperou 40 anos até fazer a canção sobre o Rei
Leonardo Soares - Gazeta online
1964, domingueira do clube Álvares Cabral, Centro de Vitória. O público lotava o apertado salão para apresentações de nomes promissores da música local, quando o grande mestre Maurício de Oliveira vira-se para a plateia e diz: "Agora vai se apresentar um cantor que está iniciando a carreira agora. Ele é do Espírito Santo e merece os nossos aplausos". Subia ao palco o futuro Rei da música popular brasileira.
Quase 40 anos depois, um assunto que era apenas revelado em conversa de amigos vira música. O músico Chico Lessa compõe a música "Ciúmes do Rei", que conta uma grande brincadeira que envolveu Roberto Carlos no dia da apresentação de 64.
"Foi super legal. Todos passamos a conhecer Roberto Carlos naquela época. Ele tinha acabado de gravar Calhambeque. Lá pelas tantas, um amigo nosso pegou um sapato de uma amiga e jogou em cima do roberto como se fosse uma fã, gritando: 'ai Roberto'. E se escondeu", conta.
Ainda em início de carreira, mas já aprendendo a lidar com as reações do público durante a apresentação do show, Roberto Carlos não percebeu que o sapato era apenas uma brincadeira entre amigos. Mas levou na esportiva, acreditando que acabava de ser galanteado.
"O Roberto brincou, pegou o sapato, colocou no braço da guitarra, perguntando quem era a Cinderela. E continuou tocando", revela, em tom de brincadeira.
Depois do episódio, a vida de Roberto Carlos mudou totalmente. E a de Chico Lessa também. Nesses 40 anos, os dois seguiram na música. E a homenagem ao episódio do sapato feminino veio há dez anos, quando Chico se uniu a Jorge Tarzan, também músico, e fez a música Ciúmes do Rei. Com a mente de bom artista, Chico criou uma situação diferente para contar a história da domingueira do Álvares.
"Eu conto essa história, mas criei um personagem como se fosse um ciumento. Ele achou que a 'mina ' dele havia dado mole para o Rei, que nem era Rei na época", brinca.
O possível autor da sapatada em Roberto Carlos é o dentista Fausto Tancredi. Amigo de Chico Lessa desde a época, Tancredi brinca e desvia o assunto. Segundo ele, não há lembranças sobre ter jogado o sapato no palco.
"Eu não me lembro desse detalhe. Não lembro porque na época a gente bebia demais". Logo depois, Tancredi não descarta o episódio. "Pode até ter sido. O que eu me lembro é que Roberto Carlos tocou o resto da noite com um sapato de mulher preso em uma guitarra. E uma amiga que estava ao meu lado estava com um sapato só. Me lembro disso aí".
Culpado ou não na situação que rendeu boas gargalhadas, Fausto Tancredi espera que realmente seja inocente e que a mente sem lembrança seja a confirmação de que não foi ele quem jogou o calçado feminino no Rei. vendo
"Isso é um crime que não se prescreve. Jogar um sapato no Rei traz a condenação eterna. Eu ia morrer de vergonha. Jogar um sapato bem no Rei. Apesar de eu não gostar muito das músicas por não fazer o meu gênero. Mas rei é rei", finaliza.
1964, domingueira do clube Álvares Cabral, Centro de Vitória. O público lotava o apertado salão para apresentações de nomes promissores da música local, quando o grande mestre Maurício de Oliveira vira-se para a plateia e diz: "Agora vai se apresentar um cantor que está iniciando a carreira agora. Ele é do Espírito Santo e merece os nossos aplausos". Subia ao palco o futuro Rei da música popular brasileira.
Quase 40 anos depois, um assunto que era apenas revelado em conversa de amigos vira música. O músico Chico Lessa compõe a música "Ciúmes do Rei", que conta uma grande brincadeira que envolveu Roberto Carlos no dia da apresentação de 64.
"Foi super legal. Todos passamos a conhecer Roberto Carlos naquela época. Ele tinha acabado de gravar Calhambeque. Lá pelas tantas, um amigo nosso pegou um sapato de uma amiga e jogou em cima do roberto como se fosse uma fã, gritando: 'ai Roberto'. E se escondeu", conta.
Ainda em início de carreira, mas já aprendendo a lidar com as reações do público durante a apresentação do show, Roberto Carlos não percebeu que o sapato era apenas uma brincadeira entre amigos. Mas levou na esportiva, acreditando que acabava de ser galanteado.
"O Roberto brincou, pegou o sapato, colocou no braço da guitarra, perguntando quem era a Cinderela. E continuou tocando", revela, em tom de brincadeira.
Depois do episódio, a vida de Roberto Carlos mudou totalmente. E a de Chico Lessa também. Nesses 40 anos, os dois seguiram na música. E a homenagem ao episódio do sapato feminino veio há dez anos, quando Chico se uniu a Jorge Tarzan, também músico, e fez a música Ciúmes do Rei. Com a mente de bom artista, Chico criou uma situação diferente para contar a história da domingueira do Álvares.
"Eu conto essa história, mas criei um personagem como se fosse um ciumento. Ele achou que a 'mina ' dele havia dado mole para o Rei, que nem era Rei na época", brinca.
O possível autor da sapatada em Roberto Carlos é o dentista Fausto Tancredi. Amigo de Chico Lessa desde a época, Tancredi brinca e desvia o assunto. Segundo ele, não há lembranças sobre ter jogado o sapato no palco.
"Eu não me lembro desse detalhe. Não lembro porque na época a gente bebia demais". Logo depois, Tancredi não descarta o episódio. "Pode até ter sido. O que eu me lembro é que Roberto Carlos tocou o resto da noite com um sapato de mulher preso em uma guitarra. E uma amiga que estava ao meu lado estava com um sapato só. Me lembro disso aí".
Culpado ou não na situação que rendeu boas gargalhadas, Fausto Tancredi espera que realmente seja inocente e que a mente sem lembrança seja a confirmação de que não foi ele quem jogou o calçado feminino no Rei. vendo
"Isso é um crime que não se prescreve. Jogar um sapato no Rei traz a condenação eterna. Eu ia morrer de vergonha. Jogar um sapato bem no Rei. Apesar de eu não gostar muito das músicas por não fazer o meu gênero. Mas rei é rei", finaliza.
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