Luciano Huck um grande amigo de Roberto Carlos

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
Email: jornalistaalves@hotmail.com



Não é fácil ser-se “júri” de si próprio, mas, nesse sentido, achei por bem ser eu, única e exclusivamente, a decidir, pela sua própria essência, qual a matéria classificada pela “mais” de 2009. Por mim, seriam quase todas, mas, depois de ver o programa do Luciano Huck do pretérito dia 26 de Dezembro, não tive o menor vacilo em optar pelo que escrevi sobre o apresentador da televisão GLOBO, relativamente ao seu programa “Caldeirão do Huck” que considerei de paradigmático paralelamente ao que se faz, por exemplo, na televisão portuguesa, opinião corroborada, uma vez mais, no referido programa do dia 26 de Dezembro em que esteve ao lado de uma mãe com 53 filhos adotivos, reformulando-lhe a casa em todos os aspectos e ainda o oferecimento de um ônibus (autocarro) para transporte dos mesmos, para além de outras iniciativas monetárias junto do Banco Itaú. Tudo em benefício da mesma pessoa, a senhora Rosa Teixeira, cuja obra, com esses jovens (de ambos os sexos), é digna dos maiores encómios.

Portanto, e sem me alongar mais, vou publicar, de novo, a matéria que escrevi sobre o Luciano Huck, a escolhida como a “mais” de 2009.

Não sou, nunca fui, homem virado para o chauvinismo, apesar de adorar o meu país. Portugal é, nos tempos hodiernos, um país modernizado. Digamos um país de cara bem lavada em termos de apresentação paisagística. Em toda essa mutação, um país que vem denotando clarividente desenvolvimento no seu quotidiano, ultrapassada que foi a falta de bom-senso, constatada nos primeiros dez anos pós-democracia. Os políticos de todos os quadrantes, não descurando os próprios ideais partidários, é certo, se consciencializaram de que, acima de tudo, está o bem-estar da nação lusa, mal grado as tricas entre os maiores líderes, mormente aqueles que, derrotados no sufrágio eleitoral, vestiam a capa da oposição, aliás, de todo necessária para rebater programas governamentais que, no conceito dessa mesma oposição, não satisfaziam o povo português. Mas sabe-se como funciona a política, ou seja, todos querem chegar ao poleiro. Mas meus amigos, devagar, devagarzinho, porque, felizmente, o estatuto da democracia em questões eleitorais não mudou: é o povo quem mais ordena!

No concernente ao aspecto televisivo, cujo quadro apresenta empresas com larga capacidade de resposta, os programas são discutíveis. E, curiosamente, são as novelas que registram um maior índice de audiência, inclusive as que são emanadas do Brasil, sempre aquilatadas pelo público tele-espectador. Aliás, as novelas brasileiras merecem os maiores encómios. É que, indubitavelmente, o Brasil tem atores de reconhecido gabarito. E até há um que dizem ser meu “sósia”, assunto que trarei aos leitores no próximo Postal do Brasil. E como os atores brasileiros merecem da minha parte, todo o reconhecimento, será mesmo um postal multicolor.

Em função das vezes em que fui convidado para participar em debates e/ou entrevistas, tenho o maior respeito e estima pela Rádio Televisão Portuguesa, mas, virando o reverso da medalha, sou também uma das muitas vozes discordantes relativamente ao seu conteúdo programático, tratando-se de uma emissora estatal que, na verdade, poderia fazer mais e melhor. A RTP nos seus concursos e na programação matinal aproveitou (e bem, sublinhe-se) os atores de teatro João Baião e Fernando Mendes, dois “monstros sagrados” da comédia “ma de in Portugal”. Aqui, tiro o chapéu. Mas isso só não basta. Constituindo um paralelismo com o Brasil, onde me encontro há quatro anos, conforme tenho referido bastas vezes há aqui um paradigmático que serve bem para a meditação televisiva de Portugal, incluindo os privados. Trata-se, nem mais, de Luciano Huck com o seu programa O CALDEIRÃO DO HUCK. Quantas pessoas felizes o Huck já fez no LAR DOCE LAR e na LATA VELHA? Foram muitos os casos, que passaram para o emocional de quem assiste. Eu, pessoalmente, sou um deles. Procuro não perder nenhum programa do Luciano Huck e, como tal, estou completamente à-vontade para asseverar que se trata de um exemplo-modelo que deveria ser seguido em Portugal. A televisão portuguesa está por demais rotinada nos concursos. Há que mudar alguns figurinos, maçudos e sem trazer nada de novo ao telespectador. Quer a RTP, quer a SIC, quer a TVI, têm condições financeiras para movimentar em programas de solidariedade, à semelhança do Luciano Huck na GLOBO. É só abrirem os cordões-à-bolsa. Claro que, nesse sentido, a maior exigência visa a RTP, televisão administrada pelo governo. Da SIC e da TVI, independentes, fica apenas a minha crítica pessoal. Presumo que o Dr. Pinto Balsemão, que já foi primeiro-ministro e que é o maior acionista da SIC (quantos canais tem a SIC? Vários...), ao ler esta “peça”, dirá: “lá vem o gajo do Brasil, meter a foice-em-seara-alheia”. Pois é, mas o “gajo”, jornalista que ainda não perdeu os seus créditos, não deixou de ser o “português das ilhas” que veio para Lisboa de pé descalço e que, felizmente, na profissão passou por uma subida vertiginosa. Posto tudo isto, qualquer dia peço à GLOBO uma gravação do Huck e vou enviar para as televisões portuguesas. É só copiar o modelo. Não custa nada ser humilde, plagiar o que há de bom em outrem. O Luciano, esse, não será dispensado do Brasil. Para o exterior, só puxado pela Angélica. Aí já não digo nada... É visível que a relação entre ambos será duradoira, a não ser que, no espírito de ambos, passe uma hecatombe amorosa.

Pois é, meus amigos das televisões portuguesas façam por ajudar os mais necessitados. Sigam o trilho do Luciano Huck. Será que me vão passar um atestado de (já) “vendido ao Brasil”? Não estou “vendido” a ninguém, o que acontece, porém, é que, nesta minha mudança, não deixei de ser realista. O q.b. para criticar, clara e honestamente, as televisões de Portugal, as televisões do meu país.

NOTA FINAL – Luciano Huck é um dos grandes amigos do nosso king Roberto Carlos. Uma amizade que os liga desde há muito, bem como a esposa Angélica. Nas muitas surpresas que Luciano surpreendeu Angélica no dia do seu aniversário, Roberto Carlos foi um dos presentes. E outra coisa não era de esperar. Há entre os três, um recíproco reconhecimento de talentos. Huck e Angélica estão, por isso, no chamado grupo de distintos que sempre estão ao lado de Roberto Carlos.

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