Roberto Carlos mostrou como mantém a majestade no Chevrolet Hall

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O texto a seguir não será imparcial, como reza a escola do jornalismo. Tal licença talvez possa ser justificada pelo assunto em questão: a primeira apresentação do cantor e compositor Roberto Carlos em Pernambuco neste ano. É que assistir a um show do rei é como ver um clipe comemorativo da própria vida ou ouvir a trilha de momentos marcantes como a infância ou o Natal ou aquele amor inesquecível. Está certo que para isso é preciso ter nascido até o início dos anos 1980, como também não restam dúvidas que em alguns camarotes os homens preferiram que o reencontro se desse apenas entre eles e ostentavam uma imunidade regada a whisky. Mas, para 98% dos milhares que foram ao Chevrolet Hall, em Olinda, na noite desta sexta-feira, Roberto Carlos orquestra e coral, espetáculo que será repetido também neste sábado, às 23h, foi uma celebração aos 50 anos de uma carreira superlativa. O filho da saudosa Dona Laura é o único latino-americano a: ter vendido mais de 100 milhões de cópias, mais do que os Beatles e Elvis Presley, e a ter um especial na televisão há 36 anos ininterruptos. Roberto Carlos lançou mais de 57 discos em português, outros 100 álbuns em espanhol, italiano, inglês e francês. Mas, chega de números. Eles não fazem diferença quando Roberto sobe ao palco – seja ele qual for. O que mantém a majestade está na voz aveludada à prova da idade, na afinação infalível e na generosidade – com plateia e músicos – sem tamanho. Roberto é um cavalheiro no palco. Com simpatia transforma o público em coro e também o faz calar, nos momentos de uma interpretação mais livre, improvisada. Foi assim em Detalhes, clássico que o rei cantou acompanhado apenas do próprio violão. Antes, abriu o show com Emoções, seguida por Eu te amo, Além do horizonte, Amor perfeito, Cama e mesa. Em Desabafo, revelou que a musa que inspirou a letra foi razão para bem mais do que apenas uma "mecha de branco no meu cabelo”. Antes de cantar a próxima, Roberto voltou a falar: “fiz esta canção há muito tempo para uma grande amiga e vou cantar sempre, para este amor eterno, minha Lady Laura”. Depois, vieram: Nossa Senhora, Mulher pequena, Proposta, O côncavo e o convexo e Cavalgada. Neste momento, Roberto estende sua generosidade à banda: apresenta cada um dos competentíssimos músicos – com carinho especial sempre ao maesto Eduardo Lages, responsável pela direção musical dos shows e dos discos do rei. Depois do justo reconhecimento, veio um pout pourri mais pesado, totalmente Jovem guarda, com É proibido fumar, Namoradinha de um amigo meu, Quando, E por isso estou aqui e Jovens tardes de domingo. Teve ainda momento de declaração de amor de RC aos fãs em Como é grande o meu amor por você. Não deu outra: as mesas foram esquecidas e o público (em sua maioria feminino) acabou se aglomerando bem junto ao palco. Para acabar, É preciso saber viver e Jesus Cristo – momento escolhido pelo rei para distribuir as 12 dúzias de rosas brancas e vermelhas, além de receber presentes com muita cortesia. Um repertório – que deixa de fora as obras mais experimentais do rei, como Astronauta, por exemplo – escolhido a dedo para promover um passeio tranquilo, impecavelmente profissional, por muitas emoções. Uma dica para quem ainda vai ao Chevrolet Hall assistir a Roberto Carlos orquestra e coral neste sábado: apesar da casa cheia, não houve tumulto nem grandes filas para entrar, mas o show começa pontualmente às 23h. Cuidado para não perder a hora. Pernambuco.com

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3 Comentários

Comentários

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  1. Olá, maninha!

    Tudo muito bem mas eu vou mas é deixar de ler estas notícias que contam como decorreram os shows do NMQT.

    É que faz-me uma inveja do carago de não poder ter estado presente e ainda por cima o gajo nunca mais vem a Portugal.

    Já estou a ficar lixado pra carago com ele!

    :)

    Abraços do maninho

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  2. Olá maninho!

    Tadinho dele! Duvido que aguente ficar sem ler as notícias dos shows do NMQT.

    Sei como se sente, mas quem sabe no próximo ano ele vá em Portugal.
    Tenha fé e não perca a esperança.

    Beijos,
    Carmen Augusta

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  3. Fui no dia 11, mas foi lindo, só não consegui mais uma vez entrar prá abraçá-lo...se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!!!

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