São muitas as obsessões de Woody Allen: cinema, amor, casamento, traição, adultério, velhice, Ingmar Bergman, Dostoiévski, Marx (Groucho, não Karl), Deus, religião, morte, sexo, sexo e mais sexo. Nenhum cineasta, nos últimos 45 anos, tratou de neuroses, inseguranças e fobias com tanta graça quanto esse hipocondríaco judeu nova-iorquino.
Quem curte as obsessões de Allen terá um prato cheio a partir de quarta-feira, quando começa a retrospectiva A Elegância de Woody Allen no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de São Paulo, com mais de 40 filmes. Para melhorar, todos serão exibidos em película, o que vai permitir apreciar melhor o trabalho de grandes fotógrafos com quem Allen trabalhou, como Gordon Willis (Coppola), Sven Nykvist (Bergman), Zhao Fei (Zhang Yimou) e Carlo Di Palma (Antonioni).
Assistir aos filmes em ordem cronológica dá uma ideia da trajetória e evolução de Woody Allen como cineasta. O auge se deu a partir da metade dos anos 70, quando dirigiu grandes filmes, como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (77), "Manhattan" (79) e "Hannah e Suas Irmãs" (86).
A retrospectiva é uma boa chance também de lembrar as influências cinematográficas de Woody Allen. Da mesma forma que Quentin Tarantino, seus filmes são colchas de retalhos de outros cineastas. "Os Trapaceiros" (2000) é uma versão da clássica comédia italiana "Os Eternos Desconhecidos" (58), de Mario Monicelli; "A Rosa Púrpura do Cairo" é inspirado em "Sherlock Jr." (24), de Buster Keaton.
Mas as duas maiores influências de Allen são mesmo Ingmar Bergman e Federico Fellini. Do sueco, Allen tomou emprestado "Sorrisos de uma Noite de Amor" (no seu "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão", 82), "Morangos Silvestres" ("Desconstruindo Harry", 97), "Gritos e Sussurros" ("Interiores", 78) e "O Sétimo Selo" ("A Última Noite de Boris Grushenko", 75). De Fellini, "La Strada" ("Poucas e Boas", 99), "Oito e Meio" ("Memórias", 78) e "La Dolce Vita" ("Celebridades", 98).
Nos últimos anos, Allen aproveitou seu prestígio na Europa, onde produziu quatro filmes: "Match Point", "Scoop" e "O Sonho de Cassandra", na Inglaterra, e "Vicky Cristina Barcelona", na Espanha. Há informações de um longa a ser rodado no Rio de Janeiro, em 2011. Enquanto isso não se confirma, Allen voltou a Londres para seu mais recente filme, ainda sem título, estrelado por Anthony Hopkins e Josh Brolin (de "Onde os Fracos Não Têm Vez").
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Woody Allen anuncia título de seu novo filme
da Efe, em Barcelona
"You'll Meet a Tall Dark Stranger" será o título do novo filme do cineasta americano Woody Allen, rodado durante sete semanas em Londres, informou hoje a produtora espanhola Mediapro, que filmou o longa em parceria com a Antena 3 Films.
Os protagonistas do filme, que deve estrear no segundo semestre do ano que vem, são os britânicos Anthony Hopkins e Naomi Watts, o espanhol Antonio Banderas, o americano Josh Brolin e a indiana Freida Pinto.
O longa gira em torno dos membros de uma família, de suas vidas amorosas e das tentativas deles para solucionar seus complicados romances, segundo o comunicado divulgado pela Mediapro.
A previsão é que, depois de "You'll Will Meet a Tall Dark Stranger", a Mediapro produza outros dois filmes dirigidos por Allen.
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Jornal inglês ironiza possível filme de Woody Allen no Rio
da Folha Online
O jornal inglês "The Guardian" ironizou, em seu blog sobre cinema, a oferta de R$ 3 milhões da Prefeitura do Rio para o diretor Woody Allen realizar um de seus filmes na cidade.
O jornal afirma que "o Brasil pode ter conquistado as Olimpíadas de 2016 e uma reputação crescente como potencial superpotência econômica, mas sabe que não pode ser visto como uma nação realmente desenvolvida até que consiga mais uma coisa: um filme neurótico e pouco visto, feito por um senhor de idade com uma fixação pouco saudável na Scarlett Johansson".
Entretanto, acrescenta o "Guardian", se o Brasil for esperto, não oferecerá dinheiro antes de estipular algumas coisas. "Afinal, uma nação extrovertida como o Brasil é realmente o lugar certo para Woody Allen e sua crescente neurose?".
Segundo o periódico, a fórmula só deu certo para captar a essência de uma cidade, no caso Barcelona no filme "Vicky Cristina Barcelona", utilizando-se o recurso da visão do estrangeiro (no filme a atriz Rebecca Hall) sobre as particularidades do país.
"Esta tática pode funcionar também no Brasil, mas será que realmente precisamos tão cedo de outro filme de Woody Allen sobre um americano ansioso observando outra cultura?", indaga o jornal.
A publicação ainda sugere que o Brasil estipule que o próprio Allen atue no filme, "preferencialmente como um dançarino de Carnaval".
Além da Prefeitura do Rio, o estúdio Conspiração Filmes também ofereceu R$ 15 milhões ao diretor norte-americano, para filmagens na cidade.
----------------------------- Carmen Augusta Colaboradora do Splish Splash
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São muitas as obsessões de Woody Allen: cinema, amor, casamento, traição, adultério, velhice, Ingmar Bergman, Dostoiévski, Marx (Groucho, não Karl), Deus, religião, morte, sexo, sexo e mais sexo. Nenhum cineasta, nos últimos 45 anos, tratou de neuroses, inseguranças e fobias com tanta graça quanto esse hipocondríaco judeu nova-iorquino.
Quem curte as obsessões de Allen terá um prato cheio a partir de quarta-feira, quando começa a retrospectiva A Elegância de Woody Allen no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de São Paulo, com mais de 40 filmes. Para melhorar, todos serão exibidos em película, o que vai permitir apreciar melhor o trabalho de grandes fotógrafos com quem Allen trabalhou, como Gordon Willis (Coppola), Sven Nykvist (Bergman), Zhao Fei (Zhang Yimou) e Carlo Di Palma (Antonioni).
Assistir aos filmes em ordem cronológica dá uma ideia da trajetória e evolução de Woody Allen como cineasta. O auge se deu a partir da metade dos anos 70, quando dirigiu grandes filmes, como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (77), "Manhattan" (79) e "Hannah e Suas Irmãs" (86).
A retrospectiva é uma boa chance também de lembrar as influências cinematográficas de Woody Allen. Da mesma forma que Quentin Tarantino, seus filmes são colchas de retalhos de outros cineastas. "Os Trapaceiros" (2000) é uma versão da clássica comédia italiana "Os Eternos Desconhecidos" (58), de Mario Monicelli; "A Rosa Púrpura do Cairo" é inspirado em "Sherlock Jr." (24), de Buster Keaton.
Mas as duas maiores influências de Allen são mesmo Ingmar Bergman e Federico Fellini. Do sueco, Allen tomou emprestado "Sorrisos de uma Noite de Amor" (no seu "Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão", 82), "Morangos Silvestres" ("Desconstruindo Harry", 97), "Gritos e Sussurros" ("Interiores", 78) e "O Sétimo Selo" ("A Última Noite de Boris Grushenko", 75). De Fellini, "La Strada" ("Poucas e Boas", 99), "Oito e Meio" ("Memórias", 78) e "La Dolce Vita" ("Celebridades", 98).
Nos últimos anos, Allen aproveitou seu prestígio na Europa, onde produziu quatro filmes: "Match Point", "Scoop" e "O Sonho de Cassandra", na Inglaterra, e "Vicky Cristina Barcelona", na Espanha. Há informações de um longa a ser rodado no Rio de Janeiro, em 2011. Enquanto isso não se confirma, Allen voltou a Londres para seu mais recente filme, ainda sem título, estrelado por Anthony Hopkins e Josh Brolin (de "Onde os Fracos Não Têm Vez").
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Woody Allen anuncia título de seu novo filme
da Efe, em Barcelona
"You'll Meet a Tall Dark Stranger" será o título do novo filme do cineasta americano Woody Allen, rodado durante sete semanas em Londres, informou hoje a produtora espanhola Mediapro, que filmou o longa em parceria com a Antena 3 Films.
Os protagonistas do filme, que deve estrear no segundo semestre do ano que vem, são os britânicos Anthony Hopkins e Naomi Watts, o espanhol Antonio Banderas, o americano Josh Brolin e a indiana Freida Pinto.
O longa gira em torno dos membros de uma família, de suas vidas amorosas e das tentativas deles para solucionar seus complicados romances, segundo o comunicado divulgado pela Mediapro.
A previsão é que, depois de "You'll Will Meet a Tall Dark Stranger", a Mediapro produza outros dois filmes dirigidos por Allen.
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Jornal inglês ironiza possível filme de Woody Allen no Rio
da Folha Online
O jornal inglês "The Guardian" ironizou, em seu blog sobre cinema, a oferta de R$ 3 milhões da Prefeitura do Rio para o diretor Woody Allen realizar um de seus filmes na cidade.
O jornal afirma que "o Brasil pode ter conquistado as Olimpíadas de 2016 e uma reputação crescente como potencial superpotência econômica, mas sabe que não pode ser visto como uma nação realmente desenvolvida até que consiga mais uma coisa: um filme neurótico e pouco visto, feito por um senhor de idade com uma fixação pouco saudável na Scarlett Johansson".
Entretanto, acrescenta o "Guardian", se o Brasil for esperto, não oferecerá dinheiro antes de estipular algumas coisas. "Afinal, uma nação extrovertida como o Brasil é realmente o lugar certo para Woody Allen e sua crescente neurose?".
Segundo o periódico, a fórmula só deu certo para captar a essência de uma cidade, no caso Barcelona no filme "Vicky Cristina Barcelona", utilizando-se o recurso da visão do estrangeiro (no filme a atriz Rebecca Hall) sobre as particularidades do país.
"Esta tática pode funcionar também no Brasil, mas será que realmente precisamos tão cedo de outro filme de Woody Allen sobre um americano ansioso observando outra cultura?", indaga o jornal.
A publicação ainda sugere que o Brasil estipule que o próprio Allen atue no filme, "preferencialmente como um dançarino de Carnaval".
Além da Prefeitura do Rio, o estúdio Conspiração Filmes também ofereceu R$ 15 milhões ao diretor norte-americano, para filmagens na cidade.
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Carmen Augusta
Colaboradora do Splish Splash
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