O fenômeno El Niño, após provocar fortes chuvas no Sul e Sudeste, pode reduzir os índices pluviométricos no Nordeste em 2010.
O alerta vem do outro lado do País. Os recentes temporais em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina indicam que o El Niño continua em meio à primavera. É um sinal de preocupação para o Ceará. De acordo com especialistas, este fenômeno tende a causar diminuição de chuvas no Nordeste, inclusive com a possibilidade de seca. A próxima quadra invernosa do Estado será entre fevereiro e maio de 2010.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) detalha o El Niño. Segundo o meteorologista José Maria Brabo, o fenômeno é consequência do aquecimento anormal das águas no oceano Pacífico. A alteração na temperatura causa mudanças nos ventos e este conjunto faz com que as chuvas diminuam no Nordeste e aumentem no Sudeste e no Sul.
De acordo ainda com Brabo, o atual El Niño começou aproximadamente em junho. O meteorologista explica ainda que o fenômeno tem duração média de 18 meses e, caso o grau de intensidade seja elevado, a região pode até sofrer com seca extrema. Durante sua duração, a chuva no Nordeste tende a se concentrar sobre o oceano Atlântico.
Já no continente as chuvas têm menor intensidade e podem acontecer sem regularidade. Ou seja: o intervalo de uma precipitação para outra é maior, com uma distribuição geográfica ruim entre as regiões do Ceará. Faixas litorâneas e serranas são as áreas com possibilidade de melhor índice pluviométrico, em razão de condições físicas.
Brabo contemporiza o alerta. Ele alega que ainda é cedo para emitir previsões sobre o período chuvoso. Conforme o meteorologista, a Funceme deve elaborar um prognóstico ainda este ano, em dezembro, mas somente no mês seguinte os estudos teriam maior precisão.
O meteorologista Lincoln Alves, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) utiliza a mesma precaução. ``Só consegue se prever, com certa confiança, a partir de dezembro``, reitera.
Lincoln aponta que o atual El Niño é de intensidade ``fraca a moderada`` e, com este grau, seria ``muito pouco provável`` um ano de seca extrema. O fenômeno, ele prevê, deve ter fim no primeiro trimestre de 2010. Segundo ele, os intervalos sem chuva na quadra invernosa podem ser apontados somente com 15 dias de antecedência.
ENTENDA
O EL NIÑO
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical.
Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
O alerta vem do outro lado do País. Os recentes temporais em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina indicam que o El Niño continua em meio à primavera. É um sinal de preocupação para o Ceará. De acordo com especialistas, este fenômeno tende a causar diminuição de chuvas no Nordeste, inclusive com a possibilidade de seca. A próxima quadra invernosa do Estado será entre fevereiro e maio de 2010.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) detalha o El Niño. Segundo o meteorologista José Maria Brabo, o fenômeno é consequência do aquecimento anormal das águas no oceano Pacífico. A alteração na temperatura causa mudanças nos ventos e este conjunto faz com que as chuvas diminuam no Nordeste e aumentem no Sudeste e no Sul.
De acordo ainda com Brabo, o atual El Niño começou aproximadamente em junho. O meteorologista explica ainda que o fenômeno tem duração média de 18 meses e, caso o grau de intensidade seja elevado, a região pode até sofrer com seca extrema. Durante sua duração, a chuva no Nordeste tende a se concentrar sobre o oceano Atlântico.
Já no continente as chuvas têm menor intensidade e podem acontecer sem regularidade. Ou seja: o intervalo de uma precipitação para outra é maior, com uma distribuição geográfica ruim entre as regiões do Ceará. Faixas litorâneas e serranas são as áreas com possibilidade de melhor índice pluviométrico, em razão de condições físicas.
Brabo contemporiza o alerta. Ele alega que ainda é cedo para emitir previsões sobre o período chuvoso. Conforme o meteorologista, a Funceme deve elaborar um prognóstico ainda este ano, em dezembro, mas somente no mês seguinte os estudos teriam maior precisão.
O meteorologista Lincoln Alves, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) utiliza a mesma precaução. ``Só consegue se prever, com certa confiança, a partir de dezembro``, reitera.
Lincoln aponta que o atual El Niño é de intensidade ``fraca a moderada`` e, com este grau, seria ``muito pouco provável`` um ano de seca extrema. O fenômeno, ele prevê, deve ter fim no primeiro trimestre de 2010. Segundo ele, os intervalos sem chuva na quadra invernosa podem ser apontados somente com 15 dias de antecedência.
ENTENDA
O EL NIÑO
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical.
Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
Fonte: Inpe
O Povo Online
29/09/2009
diegolage@opovo.com.br
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