RODRIGO LEÃO – AVE MUNDI

DO TEXTO:
Vou de férias e antes de partir deixo os estimados visitantes do melhor blog do mundo com "Ave Mundi" de Rodrigo Leão, um dos mais notáveis músicos portugueses da actualidade.
“Ave Mundi Luminar” é o primeiro disco a solo de Rodrigo Leão e a sua publicação aconteceu em 1993 sob o nome Rodrigo Leão & Vox Ensemble.
Vox Ensemble, fundado em Viana do Castelo – Portugal, é um grupo coral que tem como lema o seguinte provérbio do pensador Chinês Confúcio:
Se um homem não possui as virtudes próprias da humanidade, o que pode ter ele a ver com a música?

ACERCA DE RODRIGO LEÃO
Rodrigo Leão iniciou a sua carreira, no início da década de 1980, como baixista nesse invulgar grupo chamado Sétima Legião, que poderíamos apelidar de “banda rock com gaita-de-foles”. A sonoridade única dos Sétima Legião valeu à formação, entre outras distinções, ser considerada pelos leitores do então semanário “Blitz” como o “Grupo da Década”.
Três álbuns notáveis depois, o passo seguinte, fruto de ideias completamente novas, foi a gravação de um disco que, partindo da tradição do fado, marcou uma importante viragem na concepção da moderna música portuguesa. “Os Dias da Madredeus” apresentava um conceito realmente original, que lhe valeu um êxito praticamente imediato. Integrado na formação os Madredeus, onde era um dos principais compositores, Rodrigo Leão gravou três álbuns e realizou concertos no Mundo inteiro.
O teste decisivo, a publicação do primeiro disco a solo, “Ave Mundi Luminar”, aconteceu em 1992. Este álbum de estreia abria novos caminhos para a composição de Leão. A sua sonoridade tornou-se mais próxima da música contemporânea e do minimalismo, cruzando vozes com influências clássicas e textos em latim.
Três anos depois, em 1995, é editado “Mysterium”, um EP exclusivo para os mercados português e espanhol, destinado a apoiar a sua primeira digressão por aqueles países, onde três temas inéditos se juntavam a novas misturas para algumas composições de “Ave Mundi Luminar”. Por esta altura, Rodrigo Leão abandona os Madredeus para se dedicar em exclusivo à sua carreira a solo.
Em 1997, o músico lidera um novo projecto. Em parceria com o conhecido editor livreiro Hermínio Monteiro, entretanto falecido, “Os Poetas” publicam o álbum “Entre Nós e as Palavras”, título retirado de um poema do surrealista Mário Cesariny.
“Theatrum”, segundo álbum a solo de Rodrigo Leão, é publicado em 1998. Influenciado pelo seu desejo de criar bandas-sonoras para filmes, o compositor escreveu um libreto para personagens de uma tragicomédia de sonoridade profunda e, por vezes, mesmo industrial. Dois anos passados, o terceiro álbum a solo, “Alma Mater”, é, por assim dizer, uma espécie de contradição do anterior. A selecção cuidada do repertório, aliada à inclusão de alguns dos melhores temas até então escritos por Rodrigo Leão, a par de incursões em formatos musicais mais “ligeiros”, como a bossa nova ou o tango, são o reflexo de uma fase, pessoal e criativa, luminosa e positiva. A dar voz ao “single de trabalho” estava a mais importante cantora/compositora brasileira da actualidade, Adriana Calcanhotto, que abriu novos horizontes para a música de Leão. O álbum chegou a número dois do Top português e, uma vez mais, a digressão estendeu-se por inúmeras datas em Portugal e Espanha, levando à edição, em 2002, de “Pasión”, o primeiro disco ao vivo.
“Cinema” é publicado em Junho de 2004. O quarto álbum, cujas músicas são uma espécie de excertos de bandas-sonoras para diversos filmes, entrou directamente para número um do Top português e é, provavelmente, o disco mais perfeito de Rodrigo Leão. Em “Cinema” o músico surge como um compositor de voz própria, maduro e ecléctico em temas como, por exemplo, “Lonely Carousel”, com Beth Gibbons a assumir um sotaque levemente balcânico, ou a doce melodia que Ryuichi Sakamoto encontrou, em “António”, para embalar as primeiras palavras do filho de Rodrigo Leão.
A digressão de “Cinema”, que esgotou todas as datas em Portugal e em Espanha, continuou ao longo de 2005 em diversas salas europeia, tendo finalizado em Lisboa com um concerto realizado na prestigiada sala da Aula Magna.
Mais de uma década depois da edição de «Ave Mundi Luminar», chegou a altura de Rodrigo Leão lançar um olhar retrospectivo sobre a sua carreira em “Mundo – 1993-2006”, um duplo álbum onde o compositor reflete sobre o seu passado e perspectiva o seu futuro como criador. Seis canções inéditas, as primeiras letras em português, cinco êxitos regravados e temas recolhidos em discos de homenagem, juntam-se, no alinhamento de “Mundo – 1993-2006”, a composições que o tempo manteve imaculadas e profundamente actuais.
Ao todo são 27 exemplares da arte de um compositor e intérprete que, desde que começou a pisar os palcos, há mais de vinte anos, tem sistematicamente perseguido novas maneiras de construir uma canção, permanentemente buscando entre as suas influências musicais e estéticas uma nova sonoridade que expresse o cosmopolitismo da criação moderna contemporânea.
Autor de uma obra única e original, Rodrigo Leão escolheu para “O Mundo – 1993-2006” os temas que o mais tocam, que são, ao mesmo tempo, algumas das canções que fazem já parte da memória colectiva, de um património comum de que Portugal se orgulha e que, em simultâneo, contribui para colocar o país no mapa-mundi musical do século XXI.

DISCOGRAFIA:
Ave Mundi Luminar (1993) - com Vox Ensemble
Mysterium (1995) - idem
Theatrum (1996) - idem
Alma Mater (2000)
Pasión (2000)
Cinema (2004)
O Mundo [1993-2006] (2006)
Portugal, Um Retrato Social (2007) - banda sonora original

SITE OFICIAL:
http://www.rodrigoleao.pt

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11 Comentários

Comentários

  1. Olá Armindo!
    Vais viajar e nos deixa em boa companhia, Rodrigo Leão!
    Uma trajetória e tanto a carreira dele,sempre com sucesso.
    Lindo o vídeo!Que música gostosa!
    Boa viagem (acho que é segunda vez que desejo isso...)descanse, aproveite bem e nos traga bastante novidades.
    Um grande abraço,
    Carmen Augusta

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  2. Olá Armindo!
    Já visitei o site do Rodrigo Leão e adorei! Vídeos lindos!
    Voltarei lá.
    Um beijo,
    Carmen Augusta

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  3. Nobre colega Armindo,

    Aproveite bem a viagem e nos traga grandes novidades.

    É sobre bom conhecermos artistas de qualidade.

    Um grande abraço

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  4. Caro armindo nao tive pachorra para lerpeço desculpa mas deixo-te um pequeno comentário.

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  5. Foi muito bom meu amigo Armindo, você ter criado esse espaço aqui no Blog para divulgar a cultura musicalista portuguesa, que para nós ainda é bastante desconhecida, devido o pouco incentivo entre os governantes para que isso venha a ocorrer.

    Esse post é de grande realce, pois pelo que aqui li, o Rodrigo Leão, tem contribuido muito, para o enrequecimento da música lusitana, com suas excelentes composições, grande músico e intérprete, mostrtando seus estilos modernos e contemporâneos, engrandecendo o seu país com seus acervos.

    Foi bom saber da contibuição da nossa grande compositora e cantora brasileira, Adriana Calcanhoto, que deu a sua contribuição, abrindo mais ainda os caminhos desse grande artista.

    Parabéns Mindo, pela excelente postagem e pelo belíssimo vídeo. Tudo está perfeito e magnífico.

    Desculpa pela minha demora em postar aqui o meu comentário no melhor Blog do Mundo, por motivo de saúde. Espero que compreendas meu patrãozinho!

    Beijos lusófonos da amiga que te admira muito.

    Mazé Silva.

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  6. Xico Man, estava sentindo a sua falta aqui no Blog do nosso amigo Armindo, você e Bernardo Moura são muito bem-vindos.

    Nunca mais dei uma psssadinha pelo blog de vocês, por problemas citados na minha postagem anterior. Breve estarei visitando o cantinho de vocês.

    Gosto do jeitinho lindo e inteligente do Xico Man, lembra-me meu filho Thasso de dez anos. Gosto de você menino! O seu humor já começou bem cedo a alegrar os portugas e alguns brasileiros que lá visitam o seu Blog.

    Um beijo pra você e para o Bernardo Moura.

    Mazé Silva.

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  7. Obrigado Mazé!
    Um beijo para você!

    :))

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  8. Querido amigo,
    ainda bem que amanhã já é outubro!
    Logo estará de volta!
    Estou com saudades, você faz uma falta danada...
    Um beijo,
    Carmen Augusta

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  9. Olá meu amigo querido!
    Que bom que estás de volta!!!!
    Li seu comentário lá no blog do Maestro e muito me alegrei.
    Embora com muita saudade, espero que tenha aproveiatado e descansado bastante.
    Um beijão da amiga,
    Carmen Augusta

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