Diretora aponta medidas para a inclusão de crianças autistas na escola

DO TEXTO:

Ponto Omega apoia a inclusão das crianças com quadros de autismo


                                                                                                                      
Alda Jesus
Portal Splish Splash


Diretora esclarece quais as principais medidas para que crianças autistas (ou com dificuldades no desenvolvimento) possam ser incluídas no espaço escolar.


O dia 2 de abril, data Mundial de Conscientização do Autismo propõe ações com o propósito de diminuir o preconceito e a intolerância de crianças que apresentem quadros de autismo ampliando a inclusão e a aceitação dessas crianças nos grupos sociais.


É possível identificar que crianças que apresentem o que atualmente se denomina “espectro do autismo” excluem ativamente as pessoas do seu círculo de satisfação mesmo àquelas que são as responsáveis pelos seus cuidados.


Além disso, apresentam dificuldade na aquisição da linguagem e na produção simbólica como brincar de faz de conta e participar de hábitos da cultura. No lugar dessas produções aparecem comportamentos estereotipados que dão lugar a uma autoestimulação sensorial.
É um quadro complexo que deve contar com uma intervenção conjunta dado que, frequentemente, o autismo aparece associado a outras manifestações não podendo, portanto, ser reduzido apenas a uma única área do conhecimento.


Pensando nisso, a Escola Ponto Omega, nos Jardins, em São Paulo, defende a ideia de que crianças que apresentem dificuldades no desenvolvimento devam compartilhar e estar juntas de outras crianças, nos mais variados ambientes, inclusive no escolar, para que possam compartilhar, com o outro, dentre outras coisas, da satisfação lúdica que o brincar possibilita.
Por esta razão, aponta quais medidas procura tomar para ser uma escola onde qualquer criança se sinta aceita e verdadeiramente parte do grupo social e cultural no qual está inserida.


“A escola é essencial neste processo de inclusão. Ao procurar uma escola para sua criança os pais não devem se preocupar se a instituição tem recursos de ponta ou se os professores são especializados. Os pais precisam se preocupar com a qualidade do acolhimento que a criança e sua família terão. Deverão buscar escolas que tenham professores extremamente amorosos e interessados na criança, nas suas aquisições e nas suas competências, porque, não pode haver êxito em uma ação inclusiva sem a presença de um bom professor”, afirma a psicóloga Maria Guimarães Drummond Gruppi, diretora do Berçário e Escola Ponto Omega.


Para a profissional, o diagnóstico precoce é fundamental porque permite que crianças com menor idade tenham acesso ao tratamento, num tempo em que é caracterizado pela extrema plasticidade neuronal, e, portanto, mais permeável à intervenção. O diagnóstico precoce não deve servir para estigmatizar a criança, e sim, para ajudar professores e coleguinhas a compreendê-la. Além disso, a escola precisa ter flexibilidade para que se façam as alterações que forem necessárias em seu espaço físico e, os professores, devem estar preparados para manter uma interlocução constante com os profissionais do atendimento especializado, que já atuem junto à criança ou com aqueles que venham a atuar.


“Em um ambiente que possibilite e facilite a troca todos nós nos incluímos, um no universo do outro, e, cada um de nós, estará construindo novas relações, novos conceitos e novos vínculos”, finaliza Maria.

 Sobre o Ponto Omega


Instalado há mais de três décadas em uma espaçosa casa no bairro dos Jardins, em São Paulo, o Ponto Omega – Centro de Cuidados Infantis Bilíngue – é considerado referência em berçário e educação infantil. A escola, que atende crianças de três meses a seis anos, conta com uma equipe de profissionais altamente capacitados e a assessoria de especialistas em áreas como fisioterapia, infectologia e nutrição. Tudo funciona sob a coordenação e o olhar atento de Maria Guimarães Drummond Gruppi. Formada em pedagogia e em psicologia pela PUC de São Paulo, Maria é especialista em primeira infância. Com pós-graduação em Clínica Interdisciplinar com Bebês, tem diversos cursos na área, como o Brincar na Constituição do Sujeito, e a Intervenção Precoce, ambos pelo Instituto SEDES Sapientiae.

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