Cirurgia do menisco: quando ela é realmente indicada

Saiba quando a cirurgia do menisco é realmente indicada e por que preservar essa estrutura é vital para a saúde e o funcionamento do joelho.

Cartaz informativo sobre cirurgia do menisco e cuidados com lesões no joelho



Lesões no menisco do joelho são comuns, mas a cirurgia nem sempre é a primeira opção


A preservação do menisco é essencial para a longevidade do joelho


São Paulo – novembro 2025 - Localizado entre o fêmur e a tíbia, o menisco é uma estrutura em forma de “C” que atua como amortecedor e estabilizador do joelho. Apesar de pequeno, ele tem grande importância na absorção de impacto e na preservação da cartilagem. “Não à toa, as lesões nessa região são uma das causas mais comuns de dor no joelho e também um dos motivos mais frequentes para cirurgias ortopédicas”, explica o Dr. Fernando Jorge*, ortopedista especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP).

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a cirurgia do menisco é indicada principalmente quando a lesão é grave ou instável, provocando sintomas como dor intensa, inchaço e bloqueio articular. “Isso pode acontecer em rupturas extensas, como o chamado ‘bucket handle’, em que parte do menisco se desloca e impede o movimento. No caso de lesões agudas em atletas por exemplo, a cirurgia é indicada especialmente se o objetivo é retorno rápido ao esporte ou à função física. Também é comum que a intervenção seja necessária quando o tratamento conservador, que inclui fisioterapia, fortalecimento muscular e controle de inflamação, não é suficiente para devolver a função do joelho”, comenta o médico.

As causas de problemas no menisco variam conforme a faixa etária. “Em jovens e atletas, o problema costuma ser traumático, resultado de movimentos bruscos de torção ou impacto, especialmente em esportes como futebol, basquete e vôlei. Já em pessoas acima dos 40 anos, as lesões tendem a ser degenerativas, fruto do desgaste natural e de microtraumas repetitivos. Em ambos os casos, a recomendação atual é preservar o máximo possível do tecido meniscal, já que a retirada total aumenta o risco de artrose precoce”, comenta. “O menisco tem papel fundamental na longevidade do joelho. Sempre que possível, optamos pelo reparo e não pela remoção, pois a ausência dele compromete a absorção de impacto e acelera o desgaste da articulação”, explica o ortopedista.

Embora seja um procedimento seguro e bastante realizado, a cirurgia não é indicada para todos os casos. “Em lesões menores, especialmente degenerativas, a fisioterapia e a adaptação das atividades podem ser suficientes para o controle da dor e a retomada da mobilidade”, diz o médico. Quando há uma associação com outras lesões, como ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), a reconstrução ligamentar e o reparo do menisco muitas vezes são feitos juntos. O mais importante é consultar um ortopedista”, finaliza o Dr. Fernando Jorge.

*DR. FERNANDO JORGE: Médico ortopedista, especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP), em Medicina Regenerativa (Orthoregen-BR/USA), em Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP - Ribeirão Preto). Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionista da Dor (SOBRAMID), da Associação Brasileira de Medicina Regenerativa (ABRM), da Sociedade Americana de Medicina Regenerativa (ASRM) e do Conselho Americano de Medicina Regenerativa. Especialista em Tratamento Médico por Terapia por Ondas de Choque e membro da SMBTOC (Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque).  Além disso, é membro efetivo da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor) e Mestre em Biomecânica do aparelho locomotor (BIOENGENHARIA) pela Faculdade de Medicina da USP. ⁠Professor, palestrante e mentor nas áreas em que atua. @dr.fernandojorge
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