Retrospetiva da obra de Arlindo Fagundes | Biblioteca de Alcântara - José Dias Coelho - 15/5 a 14/6

 

Um olhar abrangente sobre a arte versátil de Arlindo Fagundes, de 15 de maio a 14 de junho

A Biblioteca de Alcântara - José Dias Coelho inaugura no dia 15 de maio a exposição "Até por mim mesmo já me fiz passar - Unidade e diversidade na obra plástica de Arlindo Fagundes". Esta retrospetiva celebra a versatilidade do artista, conhecido pela ilustração, cerâmica, banda desenhada, desenho e pintura. A mostra inclui peças icónicas de cerâmica, pranchas de banda

desenhada, ilustrações da coleção "Uma Aventura" e cartazes históricos. Com curadoria de Maria Augusta Lima Cruz, a exposição estará aberta ao público até 14 de junho de 2025, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e das Bibliotecas de Lisboa.

PROGRAMA COMPLEMENTAR

15 de maio, 18:00h.

Abertura com

Maria Augusta Lima Cruz

Investigadora e professora aposentada da Universidade do Minho, especializada na expansão portuguesa na Ásia e no Norte de África entre os séculos XV e XVII. É autora de várias publicações, nomeadamente a Biografia do rei D. Sebastião e "Entre Marrocos e a Ásia: Caminhos e Descaminhos da Expansão Marítima Portuguesa", publicada em 2024 pela Edições Húmus. Foi casada 56 anos com Arlindo Fagundes e é a curadora desta exposição.

António Durães

Ator e encenador, nasceu na Figueira da Foz em 1961. Com uma carreira diversificada no teatro, cinema e televisão, é também professor de Interpretação e um dos fundadores do Sindicato de Poesia, em Braga.

16 de maio, 11:00h.

Visita guiada com Maria Augusta Lima Cruz

14 de junho, 17:00h.

Encerramento com

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Escritoras conhecidas principalmente pela coleção de livros infantojuvenis "Uma Aventura". Ana Maria Magalhães, nascida em Lisboa a 14 de abril de 1946, e Isabel Alçada, nascida em Lisboa a 29 de maio de 1950, colaboraram durante décadas na criação de histórias que cativaram gerações de jovens leitores. Ambas foram professoras e dedicaram-se à literatura infantojuvenil, com Isabel Alçada tendo, também, desempenhado funções como Ministra da Educação e coordenadora do Plano Nacional de Leitura.

Maria José Pereira

Editora de banda desenhada portuguesa, conhecida pelo seu trabalho na promoção e divulgação de autores e obras de BD em Portugal. Com uma carreira dedicada à edição e curadoria de banda desenhada, Maria José Pereira tem sido uma figura central na cena da BD portuguesa, contribuindo para o crescimento e reconhecimento deste género literário. Editou o último álbum de banda desenhada "O Colega de Sevilha" de Arlindo Fagundes, que faz parte das aventuras de Pitanga, um dos personagens mais carismáticos da BD portuguesa.

MODERAÇÃO POR:

Zeferino Coelho

Editor português, nascido em Paredes em 1945. Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, começou a trabalhar como editor em 1969 na Editorial Inova e, desde 1977, está na Editorial Caminho. Zeferino Coelho é conhecido por editar obras de autores renomados como José Saramago e Mia Couto.

Editou várias obras de Arlindo Fagundes, incluindo álbuns de banda desenhada, a coleção "Uma Aventura" e o "Manual Prático de Introdução à Cerâmica".

SOBRE ARLINDO FAGUNDES

Arlindo Terra Fagundes nasceu a 3 de julho de 1945 em Ovar e faleceu a 9 de janeiro de 2025 em Braga. Formado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, exilou-se em França entre 1967 e 1974, onde estudou cinema no Conservatoire Libre de Cinéma Français.

Após a Revolução de 25 de Abril, regressou a Portugal e iniciou uma carreira como ceramista, criando peças que hoje se encontram em museus nacionais e internacionais.

Fagundes é amplamente reconhecido pelas ilustrações da coleção "Uma Aventura", de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, que marcaram gerações de leitores portugueses.

Na banda desenhada, destacou-se com obras como "La Chavalita" e "O Colega de Sevilha", protagonizadas pelo anti-herói Pitanga.

Além disso, colaborou com diversos jornais e revistas como caricaturista e ilustrador.

A exposição na Biblioteca de Alcântara oferece uma visão abrangente da diversidade e unidade na obra de Arlindo Fagundes, celebrando seu humor, ironia e irreverência que permeiam suas criações.