DO TEXTO:
No geral, o Cumplicidades 2025 convida os participantes a explorar expressões criativas únicas e experiências comunitárias, enriquecendo sua compreens
Entre a dança e o discurso, um festival que liga passado, presente e presença
Curadoria de Sofia Dias e Vítor Roriz
CCB . 16 a 18 e 23 a 25 maio . vários espaços
A edição de 2025 do Festival Cumplicidades conta com a curadoria da dupla de coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz para a programação de artistas residentes em Portugal, a par de espetáculos vindos de fora, propostos pela Eira. Trazendo para o Festival o carácter tentacular da sua pesquisa artística, Sofia e Vítor compõem um programa que ocupam CCB com espetáculos, aulas abertas, conversas e performances em espaços não convencionais. Um programa que oferece diferentes possibilidades de encontro entre público e artistas, feito de propostas que testam diferentes contextos e formatos de apresentação e se destacam tanto pelo risco como pelo modo íntimo e sensível com que nos interpelam.
Cat-Gut Jim (estreia)
Connor Scott
16 e 17 de maio . sexta às 20h00 e sábado às 19h00 . Black Box
Ficha artística
Coreografia e interpretação Connor Scott
Desenho de luz e espaço Santiago Tricot
Direção musical e assistência Mayah Kadish
Som Mayah Kadish & Cormac Begley
Masterização de som: Tiago Cerqueira
Figurinos Lambdog
Acompanhamento artístico Inês Zinho Pinheiro
Produção António Ferro, Rob Hopper
Cat-Gut Jim é uma performance do coreógrafo britânico radicado em Lisboa, Connor Scott, na qual danças populares, canções e gestos de figuras ancestrais são desenterrados e utilizados para invocar os corpos que herdamos e habitamos. Connor recorre ao seu próprio arquivo ancestral, mais concretamente ao seu tetravô Edward Corvan (1827–1865), inspirando-se no legado deste. Como compositor, comediante e artista de rua de Tyneside, Corvan cantava sobre comunidades operárias no dialeto local de Tyneside, conhecido como Geordie, frequentemente impregnando as suas letras de sátira política. Partindo de ideias de ancestral drag e práticas de butoh como formas de invocação, Connor propõe um dueto metafísico entre o eu do passado e o do presente, considerando a coreografia como uma série de ecos e defendendo o misterioso arquivo vivo dos corpos.
Fazer ideia(estreia)
Inês Campos
17 e 18 de maio . sábado e domingo . 16h45 . Receção CCB (Módulo I)
Fazer ideia decorre de um convite à artista transdisciplinar Inês Campos para a conceção de uma performance em relação com uma obra de Fernanda Fragateiro patente no CCB. Com um percurso artístico que engloba a coreografia, a música, o cinema e as artes visuais, Inês surpreende-nos pelo hibridismo das suas performances onde apela a um «imaginário de poesia pragmática ou realismo mágico».
Mapa impermanente (estreia)
Lucas Damiani
17 e 24 de maio . sábados . 17h30 . Corredor lateral do Pequeno Auditório
Os curadores do Festival Cumplicidades desafiaram Lucas Damiani, performer com um percurso consolidado em fotografia, a criar um mapa visual que revela afinidades formais e conceptuais entre as diferentes propostas artísticas desta edição do Cumplicidades. Em cada apresentação, Damiani ativa esse mapa com o público, desvelando novos sentidos, num exercício de dramaturgia coletiva sobre o Festival.
Sessões abertas de Movimento
17, 18, 24 e 25 de maio . sábados e domingos . 11h00 . Jardim das Oliveiras
Para as manhãs de sábado e domingo, convidamos diferentes artistas profissionais a partilharem as suas práticas de movimento com um público alargado. Qualquer pessoa, com ou sem experiência em dança contemporânea, é convidada a participar nestas sessões de movimento ao ar livre e experimentar outros modos de sentir e pensar o seu próprio corpo.
Com Pedro Ramos (dia 17), Carla Ribeiro (dias 18 e 24) e Lewis Seivwright (dia 25).
As sessões de 18 e 24 são dedicadas às crianças.
Agulha
Pedro Nuñez
18 e 25 de maio . domingos . 15h00 . Praça CCB
Muitos dos cartazes de eventos culturais que vemos afixados na cidade de Lisboa foram provavelmente colocados por Pedro Nuñez. Colador de cartazes há mais de 20 anos, Nuñez dá a ver, em Agulha, a performatividade do gesto de colar cartazes à medida que partilha fragmentos da sua história da dança.
Conversas de Domingo à tarde
18 e 25 de maio . domingos . 17h30 . Jardim das Oliveiras
Porque ver nem sempre é suficiente, nas tardes de domingo, os curadores conversam com artistas, convidados e público sobre e a partir das performances apresentadas no Festival Cumplicidades. Conversas com eventuais desvios performativos onde se testam outros formatos para a troca de ideias e reflexão coletiva.
Fuck me blind
Matteo Sedda
23 e 24 de maio . sexta às 20h00 e sábado às 19h00 . Black Box
Inspirado em Blue, filme autobiográfico de Derek Jarman, o coreógrafo Italiano Matteo Sedda apresenta um dueto onde os corpos reclamam a mesma força de afirmação e existência. Numa ambiência hipnótica, os bailarinos envolvem-se e plasmam-se pela força centrífuga, num equilíbrio fatal e irredutível.
Mandíbula (estreia nacional)
Josefa Pereira
24 e 25 de maio . sábado e domingo . 16h45 . Grande Hall do MAC/CCB
Mandíbula é um dueto da coreógrafa Josefa Pereira que explora a boca enquanto dispositivo mecânico e sensível, desviando, multiplicando e amplificando a sua produção de líquidos e de encaixe mandibular como recurso visual e corporal.
Entre a dança e o discurso, um festival que liga passado, presente e presença
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