DO TEXTO:
Comer da Maçã é a fusão artística de dois cantores de perfis distintos, mas que se encontram nas reflexões sobre o fazer musical, a cultura, política,
Uma organicidade artesanal, aconchegante e bastante focada nos detalhes
Totalmente acústico e repleto de mineiridade, novo trabalho conta com instrumentistas do renomado grupo UAKTI
“Cantar sobre o desejo de entender o amor e o que nos resta alcançar”. Os primeiros versos do EP Comer da Maçã introduzem bem o novo lançamento de Nath Rodrigues e LuizGa, que chega no dia 27 de março às 21h nas plataformas digitais. Composto por 3 faixas, o trabalho colaborativo mergulha no tema do amor a partir de novas perspectivas, abordando novos olhares e comportamentos como alternativa aos moldes pré-definidos. Tudo isso revestido de muita mineiridade.
Comer da Maçã é a fusão artística de dois cantores de perfis distintos, mas que se encontram nas reflexões sobre o fazer musical, a cultura, política, o amor, os relacionamentos e modos de estar no mundo. O resultado é uma narrativa sobre um assunto que, de longe, pode parecer esgotado, mas que aqui adquire uma nova roupagem, se esquivando de clichês e dogmas limitantes. É o que LuizGa destaca. “O grande tema que atravessa o EP é a cartografia do amor, as formas de amar, a descoberta e a investigação desses modelos não normativos das relações. Isso tem a ver com a nossa própria pesquisa na vida e nossa curiosidade de descobrir e inventar novas formas de nos relacionarmos uns com os outros, através de perspectivas menos colonizadas”, aponta o cantor e compositor.
Para embalar essa narrativa, Comer da Maçã aposta em uma musicalidade fortemente mineira. Totalmente acústico, o EP traz uma organicidade artesanal, aconchegante e bastante focada nos detalhes, aspectos que se conectam com um fazer artístico embebido da mineiridade. Nath Rodrigues reflete: “O EP surgiu principalmente do desejo de desenhar mais profundamente uma cartografia musical desse modo mineiro de estar no mundo que tanto nos move a seguir, desbravar e construir de forma artesanal nossos passos como artistas”, comenta a cantora e multi-instrumentista.
O EP conta com a participação de nomes de peso da música instrumental mineira, como Paulo Santos e Josefina Cerqueira, integrantes do grupo UAKTI. Instrumentos como a marimba de vidro, o bandolim, o violino e o caxixi se mesclam à coletânea de confluências de Nath Rodrigues e LuizGa, em uma miscelânea musical que flerta com o onírico. Esse aspecto também é reforçado pela identidade visual do álbum, desenvolvida por Efe Godoy, artista visual míope e transvestigênere que pesquisa hibridismo em suas variadas linguagens.
Comer da Maçã é um pequeno compilado das heranças epistemológicas, narrativas e estéticas de dois artistas militantes da cultura popular, conforme conclui Nath Rodrigues. “Acho politicamente importante, para a trajetória da música brasileira ‒ não essa do topo dos streamings, mas a que fazemos artesanalmente, que é a matéria-prima do nosso ofício ‒, que artistas façam trabalhos diversos juntos, compartilhando sua visão de mundo, seus anseios, sonhos, críticas e toda essa possibilidade super enriquecedora de trocas que são capazes de revolucionar e inspirar épocas”, salienta.
Sobre Nath Rodrigues
Nath Rodrigues é uma multi-instrumentista, cantora e compositora mineira. Com uma sonoridade brasileira-jazzy-pop, a artista oferece ao ouvinte uma imersão poética na canção brasileira contemporânea, passeando por diversas referências culturais. Ganhadora do prêmio Flávio Henrique, do BDMG Jovem Instrumentista, do Festival da Canção Todos os Sons e do Festival da Canção da Aliança Francesa, tem participação em trabalhos de músicos renomados no cenário musical brasileiro, como Luedji Luna, Chico César, Maurício Tizumba e Sérgio Pererê.
LUIZGA é Luiz Gabriel Lopes, um cantor, compositor e produtor musical brasileiro com raízes espalhadas por muitos territórios. Criado no interior de Minas Gerais, cresceu ouvindo as músicas criadas por sua família, que ainda são sua maior fonte de inspiração. Sua música, herdeira das mais ricas linhagens da MPB, também mistura influências do pop, folk e world music. Desde 2010, tem percorrido o mundo com seu violão nas costas, se apresentando por todo o Brasil e também em países da América Latina, Europa, Estados Unidos e Ásia.
Uma organicidade artesanal, aconchegante e bastante focada nos detalhes
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