Artroscopia do joelho: saiba o que é a cirurgia capaz de solucionar uma série de problemas na articulação

Cirurgia consiste na inserção de uma pequena câmera que permite que o médico visualize melhor as estruturas do joelho, assim possibilitando o tratamen
 Criação IA de uma cirurgia ao joelho.

A artroscopia também pode ser utilizada para tratar problemas no ombro, quadril e até mesmo coluna


Cirurgia consiste na inserção de uma pequena câmera que permite que o médico visualize melhor as estruturas do joelho, assim possibilitando o tratamento de problemas como lesões de menisco, cartilagens e ligamentos de maneira minimamente invasiva


São Paulo – fevereiro 2025 - Quando o assunto é cirurgia no joelho, muitas pessoas pensam imediatamente na artroplastia, que consiste na substituição total ou parcial da articulação por uma prótese de joelho. Mas esse não é o único procedimento cirúrgico realizado na região. Outra opção comum, por exemplo, é a artroscopia. “A artroscopia é uma procedimento cirúrgico em que uma pequena câmera, chamada de artroscópio, é inserida na articulação, nesse caso do joelho. Dessa forma e com a ajuda de pinças e cautérios, o cirurgião pode, por exemplo, reparar e regularizar cartilagens, reconstruir ligamentos ou realinhar a patela”, explica o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo*, especialista em joelho e traumatologia esportiva e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Minimamente invasiva, a artroscopia é geralmente realizada através de duas pequenas incisões de, no máximo, meio centrímentro. “Por meio dessas incisões, é inserida uma câmera digital com fibra ótica que permite a visualização de imagens por um monitor de alta definição localizado na sala de cirurgia. Junto, é infundido soro fisiológico no joelho para facilitar a visualização”, explica o Dr. Fernando Jorge*, médico ortopedista, especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP), em Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP). “É por meio dessas incisões também que instrumentos delicados são utilizados para fazer a manipulação das estruturas internas do joelho, permitindo assim o tratamento de problemas como lesões de menisco,  cartilagens, ligamentos cruzados anterior e posterior, e até mesmo a retirada de corpos livres, isto é, fragmentos soltos dentro da articulação”, acrescenta o médico.

Sempre realizada em ambiente hospital, a artroscopia geralmente tem alta no mesmo dia, mas o tempo de recuperação pode variar caso a caso, dependendo da patologia tratada. “Em casos mais simples, o retorno às atividades diárias ocorre em períodos mais curtos, de três a seis semanas. Já em lesões maiores, como rupturas ligamentares devido a práticas esportivas, pode exigir um tempo maior e a recuperação completa, em alguns casos, pode chegar a nove meses”, diz o Dr. Fernando Jorge. E o processo de reabilitação pós operatória é tão importante quanto a cirurgia propriamente dita. “Se realizada de maneira inadequada, a recuperação pode comprometer o sucesso do tratamento. Esse processo envolve, principalmente, sessões de fisioterapia, com foco, inicialmente, na recuperação dos movimentos e, depois, no fortalecimento da articulação”, diz ob Dr. Marcos Cortelazo.

Por fim, o Dr. Fernando Jorge explica que, além do joelho, a artroscopia também pode ser utilizada para tratar problemas no ombro, quadril e até mesmo coluna. “Também pode ser utilizada para fazer diagnósticos em casos em que o exame clínico e as imagens não foram tão corroborativas, ajudando a visualizar inflamação inflamações internas como sinovites ou até mesmo fibroses”, acrescenta o médico. “Mas é importante lembrar que, apesar de minimamente invasiva e relativamente simples, a artroscopia é um  procedimento médico e é importante observar a qualidade e a técnica do profissional que realizará o procedimento”, finaliza.

*DR. FERNANDO JORGE: Médico ortopedista, especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP), em Medicina Regenerativa (Orthoregen-BR/USA), em Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP - Ribeirão Preto). Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionista da Dor (SOBRAMID), da Associação Brasileira de Medicina Regenerativa (ABRM), da Sociedade Americana de Medicina Regenerativa (ASRM) e do Conselho Americano de Medicina Regenerativa. Especialista em Tratamento Médico por Terapia por Ondas de Choque e membro da SMBTOC (Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque).  Além disso, é membro efetivo da SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor) e Mestre em Biomecânica do aparelho locomotor (BIOENGENHARIA) pela Faculdade de Medicina da USP. ⁠Professor, palestrante e mentor nas áreas em que atua. @dr.fernandojorge

*DR. MARCOS CORTELAZO: Ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva. Graduado em medicina e pós-graduado em ortopedia e traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Marcos Cortelazo é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Latino-americana de Artroscopia, Joelho e Esporte (SLARD) e da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Medicina do Esporte (ISAKOS). Sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia, o especialista integra o corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Oswaldo Cruz. CRM 76316 Instagram: @dr.marcos_cortelazo
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