Almir Chiaratti transforma sua música em poesia em primeiro livro

DO TEXTO: “Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos” faz uma ponte entre a poesia visual concretista com o próprio concreto craquelado nas ruas de um Bras
Almir Chiaratti e capa “Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos”

“Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos” traz um olhar lírico para um país desencantado

Cantor, compositor, cineasta, roteirista, editor, engenheiro de som e agora autor publicado. Seja qual for a forma de arte que Almir Chiaratti faz, ele busca poesia. Versos que cruzam fronteiras, que desafiam os limites - como a quebra do último átomo em busca de sua forma mais pura. “Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos” faz uma ponte entre a poesia visual concretista com o próprio concreto craquelado nas ruas de um Brasil distópico. 

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“‘Fissão’ surgiu na pandemia. Após fazer um curso, selecionei tudo que já tinha escrito nestes anos e me debrucei sobre isso. A ideia de poema bélico num momento em que vivemos uma guerra na Ucrânia e em diversos locais do planeta me pareceu uma provocação interessante o suficiente. Poesia pra mim é a capacidade de transver o mundo. Olhar para como a realidade pode ser e transformá-la é um dos caminhos que a poesia abre pra mim. Daí surgiram o título e o subtítulo do livro. ‘Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos’. Essa é a proposta: gerar uma energia gigantesca a partir da fusão de fonemas, sílabas e sentimentos”, conta o artista.

Essa busca sempre esteve no trabalho de Almir Chiaratti, desde a adolescência quando descobriu a poesia a partir da música, até em seus múltiplos trabalhos audiovisuais; nos dois álbuns de estúdio, “Bastidores do Sorriso” (2015) e “Frágil” (2021); em seu EP de spoken word “*”(2021); variados singles e agora nesta estreia literária. Chiaratti une o orgânico e o inorgânico, o visual e o auditivo, o hermético e a explosão. Seus poemas trazem música, suas músicas trazem cinema, seu cinema traz palavras e seu livro é uma bandeira fincada de um artista inquieto que caminha na direção das artes visuais e ousadias estéticas. "Fissão" tem uma parte gráfica ousada pensada junto de Daniel Minchoni, editor do selo doburro, que lança o livro.

Assista a “Frágil Ao Vivo do Quarto”


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“Eu fiz uma pesquisa de imagens de arquivo nesse caminho bélico, e encontrei filmagens de explosões nucleares, aviões e glitches de filme analógico digitalizados. Separei essas imagens e o Daniel veio com essa ótima ideia de fazer uma espécie de rolo de filme desconstruído pelas páginas. Contrapor uma explosão nuclear com um poema de amor é o que mais me agrada nesse flerte entre as linguagens da literatura, do cinema e artes visuais, por exemplo”, conta Almir.

Atualmente ele busca unir todas as facetas da sua arte em uma só, em um trabalho multilinguagem que será lançado durante a programação paralela da FLIP 2022, na Casa da Leitura e do Conhecimento, na Biblioteca Municipal de Paraty no dia 25/11 (sexta-feira), a partir das 19h30.

“Eu abri esse caminho na literatura porque quero ir fundo na escrita e na performance da poesia falada. Meu plano é cruzar música instrumental com poesia falada e fazer uma circulação com inúmeras participações de poetas e músicos amigos”, ele conta.

“Fissão: Juntar Sílabas Como Quem Separa Átomos” é uma oportunidade de descobrir um artista com tanto material maduro e consolidado para se debruçar e experimentar mais, enquanto ele mesmo se descobre a cada dia como um novo Almir Chiaratti. 


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