Aplicativo desenvolvido para comunidade autista é tema de documentário

DO TEXTO: Lançado este mês, produção constrói panorama dos obstáculos vividos por pessoas com TEA, além de falar sobre inovação tecnológica e impacto positivo
O aplicativo Rede Azul - que já reúne indicações de locais, serviços e oportunidades amigáveis à comunidade autista em quase todos os estados brasileiros - é o tema do documentário A Rede Azul, que será lançado nesta terça-feira, 19.


Lançado este mês, produção constrói panorama dos obstáculos vividos por pessoas com TEA, além de falar sobre inovação tecnológica e impacto positivo


O aplicativo Rede Azul - que já reúne indicações de locais, serviços e oportunidades amigáveis à comunidade autista em quase todos os estados brasileiros - é o tema do documentário A Rede Azul, que será lançado nesta terça-feira, 19. Produzido pela Acid Filmes, o média-metragem aborda aspectos do cotidiano de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a partir da história do app idealizado por Elaine Marques, mãe de uma garota com TEA, que mora em Indaiatuba (SP), e das percepções de especialistas de diversos segmentos.


Um dos objetivos da produção é conscientizar as pessoas sobre a importância da compreensão das diversas facetas do transtorno. "Muitas vezes nos deparamos com uma falta de entendimento sobre as diversas nuances que envolvem o TEA. Dentro do espectro existem diferentes níveis e, às vezes, devido a uma visão estereotipada do transtorno, muitos acabam perdendo oportunidades para se desenvolver", explica Elaine Marques, CEO do Rede Azul.


Alan Coelho, diretor do documentário e à frente da Acid Filmes, ainda acrescenta: "Além de fornecer informações úteis sobre o TEA e contar a história da família da Elaine, desde as dificuldades enfrentadas com a filha dela até a criação do app, também queremos mostrar como as dores geradas por essas complicações foram transformadas em um impacto positivo".


DESENVOLVIMENTO Um encontro de desejos e motivações marcou o início da produção. De um lado, Elaine Marques já pensava em criar uma websérie. Do outro, Alan Coelho queria utilizar sua experiência no audiovisual para ajudar outras pessoas. "Eu já conhecia a Acid Filmes por outros trabalhos e, quando chamei o Alan para conversar, houve uma sinergia de interesses. Unimos a minha ideia com a vontade dele de fazer o bem. Depois que ele conheceu toda história e eu defini os personagens, decidimos mudar de formato e construir um documentário", conta Elaine.


O ponto de partida do média-metragem é a história de Alícia Nicol Marques Escudero, de 18 anos de idade, que é filha da Elaine e tem Síndrome de Asperger - nível leve do TEA. A partir do diagnóstico de Alícia, que aconteceu apenas aos 12 anos de idade, toda família entrou em uma jornada cheia de obstáculos. A busca por educação, oportunidades e tratamentos que fossem adequados ao caso da Alícia eram tarefas muito complexas. Pensando que outros pais pudessem passar pelas mesmas situações que ela, Elaine começou a buscar soluções que facilitassem essa procura por serviços amigáveis à comunidade autista. Então, surgiu o Rede Azul.


Em meio ao desenrolar da narrativa, profissionais de áreas distintas compartilham seus conhecimentos e visões sobre a situação das pessoas com TEA no Brasil em um debate que acontece logo após a transmissão do documentário. Entre eles estão Damião Silva, psicólogo clínico e escolar e especialista em Transtorno do Espectro Autista, Altas habilidades e Superdotação, Denner Pereira, advogado e servidor público da Procuradoria do Estado do Paraná, e a neuropediatra Deborah Kerches.


Está confirmada ainda a participação da empresária Amanda Ribeiro, que resolveu estudar sobre o tema para ajudar o filho, que fundou a Incluir Treinamentos, que treina e capacita profissionais e empresas para inclusão de autistas. Também participa a fonoaudióloga Nattaly Castro, especialista em Processamento Auditivo Central (PAC) e Homologada no Sistema de Estimulação Neuro Auditiva (SENA).


O debate será mediado pelo consultor independente em temas relacionados à responsabilidade corporativa Antônio Albuquerque. Autor do livro Terceiro Setor – história e gestão de organizações e membro do Programa Leadership for Environment and Development (LEAD International) da Inglaterra e do Global Salzburg Semminar na Áustria.


Como assistir? O documentário Rede Azul será lançado neste dia 19 de janeiro, durante uma live promovida no Google Meet, que pode ser acessada aqui. Depois, a produção ficará disponível no canal do Rede Azul no YouTube.


Rede Azul Lançado em dezembro de 2019, na Google Play Store, o app foi liberado gradualmente, começando por municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), interior de São Paulo. Atualmente, está disponível para todo país e conta com 1,5 mil usuários ativos. Em breve também será lançada a versão para IOS (Iphone).


O foco são as experiências. Os usuários podem deixar suas indicações de locais ou serviços amigáveis para pessoas com TEA - que dentro do app recebem o nome de Pontos Azuis - para que outros possam consultar, vivenciar e avaliar. Com todas essas informações, o aplicativo calcula uma média das notas para cada indicação. Os Pontos Azuis se dividem em 18 categorias, entre elas, escolas, terapias, estética, igreja, esportes, turismo e Famílias do TEA, seção que pretende criar uma rede de apoio entre familiares que, muitas vezes, precisam trabalhar em casa, a fim de cuidar de pessoas com TEA.


Acid Filmes Idealizada por Alan Coelho, profissional com mais de 10 anos de experiência no meio audiovisual no eixo Rio-São Paulo. A produtora atua em vários segmentos e coleciona trabalhos com empresas de renome, como Toyota, Levi’s e Ray Ban.


Teaser - Documentário Rede Azul


INFORMAÇÕES
Documentário A Rede Azul
Lançamento: 19 de janeiro
Horário: 20h30
Onde assistir: Google Meet 

Cronograma
20h30 Início da transmissão
20h36 Abertura oficial
20h40 Transmissão do documentário
21h07 Debate e considerações finais
21h29 Encerramento

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