Por que devemos falar sobre Câncer de Próstata?

DO TEXTO: A campanha tem como intuito promover e incentivar a participação masculina na realização dos exames preventivos e diagnósticos do câncer de próstata.

Câncer de Próstata - Baixa adesão da campanha de novembro azul e o tabu do exame de toque prejudicam no diagnóstico da doença


Baixa adesão da campanha de novembro azul e o tabu do exame de toque prejudicam no diagnóstico da doença 


O Ministério da Saúde lançou oficialmente a campanha de Novembro Azul 2020 em prol da saúde masculina, na sede do ministério, em Brasília (DF), na última quarta-feira (11).  


A campanha tem como intuito promover e incentivar a participação masculina na realização dos exames preventivos e diagnósticos do câncer de próstata. 

 

No evento de apresentação da campanha, o Governo Federal anunciou o investimento de R$20 milhões no desenvolvimento de ações e promoções para a prevenção e o diagnóstico do câncer de próstata, segundo o secretário da pasta, Raphael Parente.  


O câncer de próstata é o 2º tipo de câncer com maior incidência nos homens, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Segundo dados do INCA, somente em 2020, podem surgir 65 mil novos casos da doença.  


A doença ainda é um assunto que incomoda a população masculina, pois a falta de informação e a ausência do autocuidado por parte dos homens, afetam a busca do conhecimento na prevenção de doenças.   


O autocuidado masculino é assunto preocupante para as autoridades. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 55% dos homens acima dos 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico nesta pandemia do coronavírus.  

  

Dados que preocupam  


Mesmo com a crescente adesão da campanha de novembro azul nos últimos anos, ainda há preceitos em relação à doença.  


Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia comprova o fato: 35% dos homens, entre 50 e 59 anos, nunca fizeram o exame de toque retal. Destes, 26% alegam que o exame não é necessário e não consideram importante. Nos homens acima dos 60 anos, 27% informaram que nunca fizeram o exame.  


Estes dados estão relacionados ao estilo de vida e hábitos adotados pelo público masculino. Além disso, os homens, naturalmente, levam mais tempo para procurar orientação médica em relação às mulheres, o que acaba dificultando a identificação em fases iniciais de doenças.   


Com esta visão errônea da saúde masculina, afeta no diagnóstica da doença. 60% dos diagnósticos de câncer de próstata já estão em estágios avançados, o que diminui a taxa de sobrevida do paciente.  

  

Empresas aderem ao novembro azul  


Desde a primeira ação do Instituto Lado a Lado Pela Vida, em 2014, diversas instituições, ONGs e empresas, vêm aderindo participação na campanha, tendo como objetivo orientar e conscientizar a população masculina sobre o câncer de próstata.  


Apesar da ainda baixa adesão do público masculino, empresas como a Singular Medicamentos vestiram de fato a camisa em prol do movimento azul.  


A campanha “Homem que é Homem é”, aborda temas importantes para quebrar o tabu e mostrar para a população masculina que o preconceito é cancerígeno. “Nós criamos um conceito baseado na masculinidade do homem, onde se autointitula como macho alfa, cabra macho, mas que na verdade, ao se falar de exame de toque, se sentem menosprezado, e até ofendidos”, afirma Thais Miraldo, gerente de marketing na Singular Medicamentos.   


Com um posicionamento forte em suas mídias sociais, a Singular Medicamentos vem se destacando pela participação e engajamento do seu público na orientação sobre o câncer de próstata. “A ideia é mudar o conceito das pessoas em relação às piadinhas que ainda existem sobre o exame de toque. Estamos em um momento de que são levantadas várias bandeiras, e não podemos deixar passar um assunto que ainda é tratado de forma engraçada, mas precisa ser levado à sério”, explica Thais Miraldo.  


Ainda, “vimos que na campanha de outubro rosa, as mulheres são bem mais conscientes e engajadas em relação a sua saúde. O homem precisa ter esta mesma atitude e preocupação consigo mesmo, já que sabemos que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”. 


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