DO TEXTO:
Entrevista com a Fundadora e Curadora do Africa Salon, Ifeany Awachie.
Crédito: Carla Van de Puttelaar - Ifeanyi Awachie,
um enorme "peixe" em um grande "lago'
Por: Tâmara Oliveira Santana https://www.portalsplishsplash.com/p/tamara-oliveira-santana.html Ela é jovial, inteligente, graduada em Literatura Inglesa pela Yale University, umas das instituições de ensino mais prestigiosas do planeta, Mestra em Cultura Global e Indústrias Criativas, com trabalho final de pesquisaem Música e Filme Africanos pelo SOAS – University of London - referência mundial em estudos da Ásia, África e Oriente Médio. Nascida na Nigéria, aos 18 meses de vidaimigrou com a famíliapara os EUA onde foi incentivada desde cedo pelos pais a dedicar-se aos estudos e aproveitar ao máximo a alta qualidade educacional de algumas tradicionais entidades educacionais nos EUA. Lançou o livro Summer in Igboland(2015) onde conta seu retorno à Nigéria como adulta, um livro de memórias com fotos modernas, e depoimento emocionante. Atualmente mora em Londres onde exerce as funções de assistente de curadora no aclamado Instituto de Arte Contemporânea – ICA e de curadorano AFRICA SALON, projeto que iniciou na época de estudante em Yale Universitye se tornou em 2018 um festival cultural oficial reconhecido pelo governo britânico com o intuito de divulgar a cultura atual dos mais diversos países africanos. Com a jovialidade de uma mulher que nasceu para brilhar, Ifeanyi Awachie nos conta sobre sua participação na Feira Preta no ano passado em São Paulo, da sua relação de amizade com a ex Ministra da Cultura na Colômbia, Paula Marcela Moreno Zapata apontada pela emissora britânica BBC como uma das 100líderes mulheresmais influentes no mundo. Com vocês, Ifeanyi Awachie.
Crédito: Lauren McDermott "Gente é para brilhar"- por isso a importância de projetos
como AFRICA SALON que dão vozes a incontável número de artistas ao redor do planeta
PSS- Você foi para os EUA com 18 meses de idade onde cresceu e teveboa parte da sua formação. Você se define uma norte -americana?
IW- Defino-me como nigeriana e norte americana, porque cresci em um lar com uma forte cultura nigeriana, falamos inglês em casa, mesmo porque a língua oficial na Nigéria é Inglês, mas meus pais continuam a falar um com o outro em igbo (uma das 521 línguas faladas na Nigéria).
PSS- Como foi retornar ao seu País de origem após tantos anos?
IW- Foi uma experiência surpreendente, é muita emoção, tem um continente africano que as pessoas não conhecem. A África atual vai muito além das tragédias, do local de pobreza que os veículos de comunicação se habituaram a mostrar. Fiquei surpresa com tanta beleza, vivacidade na Nigéria, porisso decidi escrever “Summer in Igboland” para descrever o vivo e rico cenário da atualidade na Nigéria.
PSS- Seus pais gostaram de “Summer in Igboland” ?
IW- Não posso falar que todas as famílias nigerianas são assim, não recebemos como filhos tantos elogios positivos por parte de nossos pais, arrisco em dizer queeles leram meu livro, gostaram mas nada falam.
PSS- Você participou da Feira Preta/2018em São Paulo, o painel que você fezparte abordousobre “A importância da Diversidade na Curadoria” (Ifeanyi dividiu a mesa com Judith Kelly, diretora do festival WOW/ Reino Unido e Ismael Ivo – Diretor do Balé da Cidade de São Paulo). O que achou do evento?
IW- A Feira Preta é válida para mostrar a importância e o poder da etnia negra no Brasil. Senti que uma boa parte do público da Feira Preta, estámuito ligado a história da África no passado,exploraria um pouco mais a África da atualidade, com seu cenário musical, sua vida noturna, sua indústria fashion super aquecida.
PSS-Você criou ainda como estudante o AFRICA SALON, pode explicar um pouco sobre?
IW- O AFRICAN SALON UK é um festival reconhecido pelo governo do Reino Unido em 2018, e tem como foco divulgar a cultura da África em diferentes aspectos na atualidade, um espaço onde pessoas assim como eu que fazem parte da diáspora africana podem expressar suas manifestações artísticas. O AFRICA SALON começou no meu tempo de estudante em Yale e hoje é uma marca registrada no Reino Unido, estou MUITO contente, temos atividades já marcadas em Toronto / Canadá e cidades do Reino Unido.
PSS- Você é amiga da ex Ministra da Cultura da Colômbia, a indicada pela BBC como uma das 100 líderes mulheres influentes no mundo, a engenheira Paula Marcela Moreno Zapata, onde a conheceu?
IW- Conheci Paula na época em que ela foi estudar em Yale, depois de um tempo ela montou o grupo “Afroinnova” ondereúne negras e negros de diferentes países para discutirem e desenvolverem projetos culturais em torno da diáspora africana ao redor do mundo.
PSS- No tempo em que ficou em São Paulo o que achou da cidade?
IW- São Paulo é uma cidade cosmopolita que lembra grandes centros, achei as pessoas hospitaleiras, é uma mistura de um pouco de locais pelos quais passei, passeei e morei. Em alguns locais a pobreza é aparente,o metroque te leva facilmente de um ponto a outro da cidade te remete a grandes cidades mundiais como Londres. Senti falta de representatividade de negros nas áreas mais abastadas, se duvidar eu era a única negra naquele momento no hotel onde estava hospedada, precisa-se de mais representatividade de negros consumindo bons produtos, em bons locais como clientes, consumidores.
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Ela é jovial, inteligente, graduada em Literatura Inglesa pela Yale University, umas das instituições de ensino mais prestigiosas do planeta, Mestra em Cultura Global e Indústrias Criativas, com trabalho final de pesquisa em Música e Filme Africanos pelo SOAS – University of London - referência mundial em estudos da Ásia, África e Oriente Médio. Nascida na Nigéria, aos 18 meses de vida imigrou com a família para os EUA onde foi incentivada desde cedo pelos pais a dedicar-se aos estudos e aproveitar ao máximo a alta qualidade educacional de algumas tradicionais entidades educacionais nos EUA. Lançou o livro Summer in Igboland (2015) onde conta seu retorno à Nigéria como adulta, um livro de memórias com fotos modernas, e depoimento emocionante. Atualmente mora em Londres onde exerce as funções de assistente de curadora no aclamado Instituto de Arte Contemporânea – ICA e de curadora no AFRICA SALON, projeto que iniciou na época de estudante em Yale University e se tornou em 2018 um festival cultural oficial reconhecido pelo governo britânico com o intuito de divulgar a cultura atual dos mais diversos países africanos. Com a jovialidade de uma mulher que nasceu para brilhar, Ifeanyi Awachie nos conta sobre sua participação na Feira Preta no ano passado em São Paulo, da sua relação de amizade com a ex Ministra da Cultura na Colômbia, Paula Marcela Moreno Zapata apontada pela emissora britânica BBC como uma das 100 líderes mulheres mais influentes no mundo. Com vocês, Ifeanyi Awachie.
como AFRICA SALON que dão vozes a incontável número de artistas ao redor do planeta
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