Skin tears: ferida traumática em idosos separa camadas da pele, que fica fina, frágil e seca

DO TEXTO:

As alterações na pele envelhecida aumentam a predisposição ao aparecimento de Skin tears, que mesmo não sendo graves podem causar infecções e desconforto, além da demora para a cura devido à lenta renovação celular

São Paulo –agosto de 2019 - Com o envelhecimento, perdemos, na pele, 20% da espessura dermal. “Isso faz com que a pele de muitos idosos seja quase transparente na aparência, justamente porque o tecido de gordura subcutâneo fica mais fino, a junção entre as camadas da pele fica achatada, a circulação sanguínea torna-se enfraquecida, além de produzir menos fibras de elastina”, afirma Lucas Portilho, consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma. Nesse contexto, surgem também feridas traumáticas na pele de idosos, mais frequentes após os 60 anos, e que recebem o nome de Skin tears. Como resultado, há a separação das camadas da pele, derme e epiderme.

            Para evitar esse aspecto envelhecido da pele, que também podem causar desconforto e infecções, além da demora da cicatrização por conta da lenta taxa de renovação celular, o pesquisador indica alguns cuidados: “O primeiro e mais importante é a fotoproteção, pois o fotodano é considerado um fator de risco, já que aumenta a fragilidade da pele”, afirma o especialista. Como a pele dos idosos tem maior predisposição ao ressecamento, as rotinas de hidratação da pele com produtos emolientes e hidratantes fazem parte dos cuidados para prevenção desse problema. “O uso de hidratantes e emolientes é importante no tratamento do ressecamento e da coceira em idosos, principalmente nos casos associados com secura da pele. O mentol também é indicado, pois promove sensação de refrescância”, afirma Lucas.

De acordo com ele, o pH da pele é crucial para suas funções fisiológicas e um declínio da acidez do estrato córneo (primeira camada da barreira de proteção da pele) é observado em idosos. “Isso reduz a integridade epidermal, tornando a pele mais suscetível à colonização microbiana. Nesse caso, é indicado hidratante em emulsão com ácido glicólico a 10% e pH 4.0 em pacientes idosos, uma vez que estudos relatam a normalização do pH da pele e melhora da função barreira epidermal”, diz Lucas.

            Por fim, o especialista lembra que é sempre importante consultar um médico dermatologista para que ele faça uma avaliação completa da pele e prescreva uma fórmula ideal para o tratamento.

FONTE: Lucas Portilho – Consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma e Pesquisador em Fotoproteção na Unicamp. Especialista em formulações dermocosméticas e em filtros solares. Diretor das Pós-Graduações do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele Educacional, Hi Nutrition Educacional e Departamento de Desenvolvimento de Novas fórmulas. Atuou como Coordenador de Desenvolvimento de produtos na Natura Cosméticos e como gerente de P&D na AdaTina Cosméticos. Possui 17 anos de experiência na área farmacêutica e cosmética. Professor e Coordenador dos cursos de Pós-Graduação com MBA do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele Educacional. Coordena Estágios Internacionais em Desenvolvimento de Cosméticos na Itália, França, Mônaco e Espanha. Atua em desenvolvimento de formulações para mercado Brasileiro, Europeu e América Latina.

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