Por: Carlos Alberto Alves https://jornalistacarlosalbertoalves.blogspot.com/
Depois de se classificar para as oitavas-de-final com o mesmo número de pontos da Itália e da Áustria, o Brasil, que apenas perdeu para estas duas seleções pela diferença de golos (daí o terceiro lugar), já sabia o que lhe esperava, ou seja, uma das duas "pedreiras", Alemanha ou França. No pior cenário, coube-lhe a França. E dizemos pior cenário porque a França joga em casa e isso, quer queiram quer não, tem algum peso.
O BRASIL - FRANÇA - Para o Brasil problemas diminuídos com o regresso de Formiga que cumpriu um jogo de castigo, não tendo, por isso, defrontado a Itália. Outro pormenor: Formiga atua no PSG e conhece bem o futebol francês neste escalão em que também está inserida. Nos primeiros momentos deste importante jogo, notou-se um Brasil tranquilo, não se impressionando com o ambiente que se vivia fora do gramado. De facto, a torcida francesa entusiasmada com a carreira da sua seleção e consequentemente, neste esgrimir com o Brasil, compareceu em número bastante significativo. E isso já era esperado. E, como se previa, em termos de jogo-jogado, a França entrou a pressionar, mas, por outro lado, o Brasil espreitava sempre o contra-ataque com aquela velocidade que a caracteriza, mormente quando esse contra-ataque começa a passar pelos pés de Marta. Por outro lado, o sector defensivo denotava confiança e o consequente acerto. Mas, quando menos se esperava, a França chegou ao golo, num lance dividido com a goleira Bárbara. Foi mais forte a jogadora francesa, sempre importante em lances desta natureza. Parece-nos, também que a goleira do Brasil saiu mal. Mas, consultando o VAR, a juíza canadense anulou o golo, entendendo que houve falta sobre a goleira do Brasil. Melhor para o Brasil e para Bárbara que, até ali, estava em excelente plano. Retire-se, pois, no lance, o erro de Bárbara. Não segurou a bola porque foi tocada pela adversária. Tudo esclarecido pelo VAR. Uma fase em que o Brasil estava muito focado no jogo, discutindo-o palmo-a-palmo a partir dos vinte minutos, no esgrimir com uma seleção francesa que dizem ser a principal candidata ao título. Dizem... Mas foi notório a forma eficiente em como o Brasil anulou as principais pedras-basilares da França. O SEGUNDO-TEMPO - Deu logo para se concluir que o Brasil continuava a diminuir todos os espaços, evitando assim que a bola chegasse nas melhores condições às atacantes francesas, sempre perigosas quando desfrutam de liberdade para seguir em direção à baliza adversária. Aos 52 minutos, porém, a França quando encontrou espaços pelo lado direito, levou o perigo até junto da baliza do Brasil e na oportunidade Gauvin fez o golo. Bárbara não conseguiu desviar a bola que veio muito tensa. Um golo que levou os espectadores franceses à loucura. E como o Brasil estava vivo no jogo, de seguida uma bola na barra transversal da baliza francesa. Momento de grande "frisson". O Brasil merecia melhor sorte pela sua atitude de não se inferiorizar perante o ambiente que o rodeava. E o Brasil chegou ao empate por intermédio de Thaisa aos 63 minutos. Um belo lance gizado pelo lado esquerdo do ataque brasileiro. A bandeirinha levantou a bandeirola assinalando "off-side", mas o VAR indicou que o lance foi legal. Com o Brasil a chegar ao empate, o jogo redobrou de entusiasmo e de mais empenhamento das jogadoras de ambos os lados, isto porque o Brasil, como dissemos no início, jogava de igual-para-igual. Muita tensão dentro e fora do gramado. Aos 70 minutos, sai Ludmila e entra Beatriz. Aos 74 minutos, Andressinha rendeu Formiga. O Brasil teve, aos 85 minutos, um golo anulado, em remate certeiro de Thamires que, contudo, estava em posição irregular. Nem foi preciso consultar o VAR. Aos 88 minutos, entrou Daiane e saiu Letícia Santos. E com cinco minutos de acréscimos, já pairava o espectro da prorrogação e, claro, que as forças já começavam a faltar para ambos os lados. E o Brasil partiu para a prorrogação sem ser inferior à França. Esta a grande verdade. A PRORROGAÇÃO - Aos 95 minutos, saiu Cristiane (lesionada) e entrou Geyse, jogadora que atua no Benfica de Lisboa. Mesmo em cima da hora para a mudança de campo, Debinha desfrutou de uma soberana oportunidade de golo, contudo, lance que foi salvo "in-extremis" por uma defensora francesa. No segundo-tempo deste tempo extra, restava saber se o Brasil aguentaria no aspecto físico, nomeadamente Marta. E o pior para o Brasil aconteceu logo no primeiro minuto com a França a fazer o 2-1., golo da capitã Henry. Um lance de bola parada, situação que as francesas são muito perigosas.
Na verdade, o Brasil acusou fisicamente, o que era previsível. Muito correram estas meninas durante os primeiros 105 minutos e, pelo que fizeram, dignificaram o futebol brasileiro. Nunca se deixaram inferiorizar. Em suma, o Brasil fez uma grande partida e sai deste Mundial de cabeça bem erguida. E há que dizer que o Brasil sofreu com problemas de lesões nesta campanha.
Por: Carlos Alberto Alves
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Nos primeiros momentos deste importante jogo, notou-se um Brasil tranquilo, não se impressionando com o ambiente que se vivia fora do gramado. De facto, a torcida francesa entusiasmada com a carreira da sua seleção e consequentemente, neste esgrimir com o Brasil, compareceu em número bastante significativo. E isso já era esperado.
E, como se previa, em termos de jogo-jogado, a França entrou a pressionar, mas, por outro lado, o Brasil espreitava sempre o contra-ataque com aquela velocidade que a caracteriza, mormente quando esse contra-ataque começa a passar pelos pés de Marta. Por outro lado, o sector defensivo denotava confiança e o consequente acerto.
Mas, quando menos se esperava, a França chegou ao golo, num lance dividido com a goleira Bárbara. Foi mais forte a jogadora francesa, sempre importante em lances desta natureza. Parece-nos, também que a goleira do Brasil saiu mal. Mas, consultando o VAR, a juíza canadense anulou o golo, entendendo que houve falta sobre a goleira do Brasil. Melhor para o Brasil e para Bárbara que, até ali, estava em excelente plano. Retire-se, pois, no lance, o erro de Bárbara. Não segurou a bola porque foi tocada pela adversária. Tudo esclarecido pelo VAR. Uma fase em que o Brasil estava muito focado no jogo, discutindo-o palmo-a-palmo a partir dos vinte minutos, no esgrimir com uma seleção francesa que dizem ser a principal candidata ao título. Dizem... Mas foi notório a forma eficiente em como o Brasil anulou as principais pedras-basilares da França.
O SEGUNDO-TEMPO - Deu logo para se concluir que o Brasil continuava a diminuir todos os espaços, evitando assim que a bola chegasse nas melhores condições às atacantes francesas, sempre perigosas quando desfrutam de liberdade para seguir em direção à baliza adversária.
Aos 52 minutos, porém, a França quando encontrou espaços pelo lado direito, levou o perigo até junto da baliza do Brasil e na oportunidade Gauvin fez o golo. Bárbara não conseguiu desviar a bola que veio muito tensa. Um golo que levou os espectadores franceses à loucura.
E como o Brasil estava vivo no jogo, de seguida uma bola na barra transversal da baliza francesa. Momento de grande "frisson". O Brasil merecia melhor sorte pela sua atitude de não se inferiorizar perante o ambiente que o rodeava. E o Brasil chegou ao empate por intermédio de Thaisa aos 63 minutos. Um belo lance gizado pelo lado esquerdo do ataque brasileiro. A bandeirinha levantou a bandeirola assinalando "off-side", mas o VAR indicou que o lance foi legal.
Com o Brasil a chegar ao empate, o jogo redobrou de entusiasmo e de mais empenhamento das jogadoras de ambos os lados, isto porque o Brasil, como dissemos no início, jogava de igual-para-igual. Muita tensão dentro e fora do gramado.
Aos 70 minutos, sai Ludmila e entra Beatriz.
Aos 74 minutos, Andressinha rendeu Formiga.
O Brasil teve, aos 85 minutos, um golo anulado, em remate certeiro de Thamires que, contudo, estava em posição irregular. Nem foi preciso consultar o VAR.
Aos 88 minutos, entrou Daiane e saiu Letícia Santos.
E com cinco minutos de acréscimos, já pairava o espectro da prorrogação e, claro, que as forças já começavam a faltar para ambos os lados.
E o Brasil partiu para a prorrogação sem ser inferior à França. Esta a grande verdade.
A PRORROGAÇÃO - Aos 95 minutos, saiu Cristiane (lesionada) e entrou Geyse, jogadora que atua no Benfica de Lisboa.
Mesmo em cima da hora para a mudança de campo, Debinha desfrutou de uma soberana oportunidade de golo, contudo, lance que foi salvo "in-extremis" por uma defensora francesa.
No segundo-tempo deste tempo extra, restava saber se o Brasil aguentaria no aspecto físico, nomeadamente Marta.
E o pior para o Brasil aconteceu logo no primeiro minuto com a França a fazer o 2-1., golo da capitã Henry. Um lance de bola parada, situação que as francesas são muito perigosas.
Na verdade, o Brasil acusou fisicamente, o que era previsível. Muito correram estas meninas durante os primeiros 105 minutos e, pelo que fizeram, dignificaram o futebol brasileiro. Nunca se deixaram inferiorizar. Em suma, o Brasil fez uma grande partida e sai deste Mundial de cabeça bem erguida. E há que dizer que o Brasil sofreu com problemas de lesões nesta campanha.
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