Uma história passada na Alemanha

DO TEXTO:

Nas viagens acontecem, quase sempre, episódios interessantes, incluindo aqueles que roçam o tragicómico. Na última deslocação que efetuei a Immenstadt (Alemanha), numa bela manhã a Rosa Mota quis ir treinar, o que sempre fez com regularidade, mesmo depois de ter deixado a competição. Acompanhei-a com outros corredores de velocidade que lá se encontravam (todos portugueses) numa carrinha conduzida pelo engenheiro Smidh, figura muito conhecida em Immenstadt e amigo íntimo do Carlos Borba, o promotor do "FESTAND". Terminado o treino, numa zona muito aprazível, a Rosa Mota entrou na FORD para regressarmos ao hotel. Aconteceu, porém, que esse tal engenheiro Smidh andou às voltas e nunca encontrou a estrada certa de acesso ao hotel. Todos riam, a Rosa Mota, no seu estilo bem peculiar, fazia festa, e eu ia dizendo, calmamente, que estávamos perto da fronteira com a Áustria. E tinha as minhas razões. Lançado um SOS ao Carlos Borba, ele deu, assim, indicações certas ao Smidh, ou seja, as consentâneas coordenadas para chegarmos ao hotel. Mais tarde, quando se juntou ao grupo, Carlos Borba virou-se para mim: "estiveste perto da fronteira com a Áustria", acabando eu por responder ao Carlos que, da próxima vez (que não aconteceu), tinha que arranjar um condutor que não fosse engenheiro. O Smidh era corredor de fundo e, no final da prova em que participou, aquela que encerrou o "FESTAND", fui-lhe dizendo que, antes, receava que ele não chegasse ao fim, pelo facto de ser despassarado e, como tal, enganar-se no percurso, à semelhança do que se verificou de manhã no treino da Rosa Mota. Só que este era plano e tinha muita gente a guiar-lhe. Pois é... Aquele Smidh não pode conduzir em zonas com muito arvoredo, perde a visibilidade, a orientação e, consequentemente, fica perto da fronteira com a Áustria. Será ele de descendência austríaca?... 

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