Abraxas lança disco de estreia da Grindhouse e o novo da Leeds

DO TEXTO:
Crédito-Renan Facciolo

Leeds une progressivo ao rock blues em Tormenta

Power trio de Santo André retorna com ousado disco de inéditas

Tormenta, o novo álbum de estúdio do power trio Leeds, de Santo André, marca a estreia da banda no selo da Abraxas e já está nas principais plataformas de streaming, além de lançado em CD de forma independente. Moderno, com sintetizadores, com andamentos progressivos em meio ao característico rock blues, a Leeds volta com um álbum bastante peculiar, minucioso e com temas líricos pertinentes ao mundo de hoje. 


Com o disco em mãos e na internet, a Leeds faz o show de apresentação de Tormenta neste sábado, 30 de março, no 74 Club, em Santo André.

Gravado em um formato ao vivo em abril de 2018, foi produzido pela própria banda e conta com a engenharia de som, mixagem e masterização realizada por Alexandre Fontanetti e Leandro Henrique no estúdio Space Blues em São Paulo. A arte da capa feita por Karl Alexander Wilke (Leipzig 1879/1954), que trabalhou como ilustrador da revista Die Muskete, revista semanal humorística editada durante a Primeira Guerra Mundial, retrata o imaginário obscuro da banda refletido em todas as composições contidas no álbum.

O uso do teclado e sintetizador é fundamental em Tormenta. É um ponto primordial da atmosfera em quase todas as músicas do álbum. “Abordamos esse álbum de uma maneira diferente, pois decidimos que o gravaríamos ao vivo. Com a presença nova de teclado e sintetizador, todas as músicas foram compostas enquanto ensaiávamos incessantemente por meses através de jams até o dia da gravação. Conseguimos captar nas músicas a luz e sombra”, destaca o baixista Leandro Sant’Ana.

O vocalista e guitarrista Renan Paiva reforça as mudanças na sonoridade, que tornam Tormenta uma peça diferente no rock nacional. “Esse álbum é o resultado da nossa evolução através desses anos, com novos elementos e, claro, carregado de mensagens durante as faixas”. Já o baterista Willian Paiva fala de características que rondam Tormenta. “Temos aqui é um álbum espontâneo e raivoso. Algumas faixas foram capturadas no primeiro take”.

 Crédito-Renan Facciolo

Crédito-Renan Facciolo

Grindhouse lança o disco de estreia Built in Obsolescence

Crédito: Mila Feiten

Built in Obsolescence marca a estreia do quarteto paulistano de stoner no selo da Abraxas

A música produzida pelo Grindhouse está longe de ser obs__oleta – o conceito do ultrapassado, no entanto, é refletido nas letras do disco de estreia, Built in Obsolescence. O stoner rock executado pelo quarteto paulistano - que fará a abertura para o aguardado show dos suecos do Graveyard dia 18/5 em São Paulo - é visceral, encorpado, com doses de fuzz, riffs empolgantes e atmosferas atemporais. O álbum contém 11 faixas e acaba de ser lançado de forma independente em CD e nas principais plataformas de streaming pela Abraxas. 

Ouça Built in Obsolescence aqui: https://www.onerpm.com/al/4615138030.

Built in Obsolescence foi gravado no requisitado Estúdio Costela, com produção de Gabriel Zander (Zander, Radical Karma). O Grindhouse está na ativa desde 2009 e, antes deste álbum completo, a banda tinha lançado o 7 polegadas Chosen One pela Monstro Discos. Hoje, a banda é Leandro Carbonato (voz e guitarra), Roger Marx (baixo), Luiz Natel (voz e guitarra) e Bart Silva (bateria).

O conceito do disco gira em torno da obsolescência programada, um termo usado para definir algo que já nasce com prazo de validade, como uma televisão em preto e branco, uma fita VHS, relações interpessoais abusivas e sensações de prazer. As artes gráficas também refletem sobre a obsolência: no encarte, os filhos do vocalista Leandro aparecem vestidos com fantasias que eles mesmos confeccionaram a partir de objetos obsoletos, achados em nichos de reciclagem.

O Grindhouse tem shows memoráveis no currículo: foi eleito o melhor show nacional no Goiânia Noise Festival de 2012, pelo jornal O Globo. Também incendiaram a plateia na abertura para os norte-americanos do Red Fang, que estreou no Brasil em 2012 pela Powerline (produtora de Leandro Carbonato) e reafirmou o poder de fogo junto ao público stoner na abertura para os alemães do Kadavar, em 2018.

Crédito: Mila Feiten

Crédito: Mila Feiten

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