Autor de hits de Roberto Carlos, Getúlio Côrtes lança primeiro álbum aos 80 anos

DO TEXTO:

Por Mauro Ferreira

O compositor carioca Getúlio Côrtes faz 80 anos neste mês de março e, no embalo da efeméride, lança o primeiro álbum de carreira iniciada no alvorecer da década de 1960. Intitulado As histórias de Getúlio Côrtes, o álbum reapresenta as principais músicas do cancioneiro autoral do artista com o toque contemporâneo de músicos como Gustavo Benjão, Marcelo Callado e Melvin.

Nascido em 22 de março de 1938 na cidade do Rio de Janeiro (RJ), Getúlio Francisco Côrtes – irmão de Gérson Rodrigues Côrtes, o cantor de funk conhecido como Gerson King Combo – se criou no bairro de Madureira, um dos berços do samba carioca, mas contrariou a lógica racista da época de que negro tinha que ser sambista ao entrar no mundo da música. Roqueiro pela própria natureza musical, Getúlio se associou nos anos 1960 à turma da Jovem Guarda e, com isso, teve músicas gravadas por Roberto Carlos, o rei da juventude daquela década.

A música de Getúlio que alcançou maior projeção na voz do cantor, sobrevivendo inclusive ao fim da Jovem Guarda, foi Negro gato (1965), gravada por Roberto em 1966, um ano após ter sido lançada pelo grupo Renato e seus Blue Caps no álbum Viva a juventude! (1965), e desde então revisitada por intérpretes como Marisa Monte. Mas são da lavra de Getúlio várias outras músicas gravadas por Roberto Carlos, com quem o compositor se enturmou em 1961, anos antes do estouro do cantor.

Entre essas músicas, há O feio (1965), Pega ladrão (1965), O gênio (1966), O sósia (1967), Quase fui lhe procurar (1968), O tempo vai apagar (parceria com Paulo César Barros, lançada por Roberto em 1968), Nada tenho a perder (1969), Uma palavra amiga (1970), Eu só tenho um caminho (1971) e Atitudes (1973).

Algumas dessas composições são repaginadas no álbum As histórias de Getúlio Côrtes na voz do autor, que esboçou carreira de cantor na década de 1960 ao formar o grupo vocal The Wonderful Boys. O disco foi gravado com produção musical de André Paixão, sob a direção artística de Marcelo Fróes.

In
g1.globo.com/musica/
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1966 - Roberto Carlos - Negro Gato - Composição: Getúlio Cortes

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