“A arte não é para agradar, você se encontra com ela”
Figura chave da arte brasileira, Siron Franco é o entrevistado do programa Conversa com Roseann Kennedy
Alba Bittencourt Portal Splish Splash
Roseann Kennedy conversa com o pintor, desenhista e escultor goiano, Siron Franco. A entrevista vai ao ar nesta segunda-feira, dia 12, às 21h30, na TV Brasil.
Criador de inúmeras obras artísticas, além de instalações e interferências, Siron teve seus trabalhos representados em coletivas em todo o mundo, incluindo os mais importantes salões e bienais. Premiado, ele ultrapassou fronteiras e hoje é reconhecido como um dos artistas plásticos brasileiros mais importantes de seu tempo. Com enorme prestígio também no exterior, tem obras disputadas nos leilões internacionais.
Voraz observador do cotidiano e com um espírito inquieto e questionador, Siron recebeu a equipe da TV Brasil em seu ateliê instalado numa chácara nos arredores de Goiânia. Em meio a telas, tintas e pincéis ele nos conta como materializa os seus pensamentos em obras de arte: “A criação não pode ser só o resultado da experiência. A criação para mim, se dá quando eu me perco. Aí é que eu começo a aprender novamente”.
Com uma vida dedicada ao trabalho, ele revela o longo caminho que percorreu até conseguir ser reconhecido em sua arte.“Eu sobrevivia fazendo retrato, depois fiz alguns pássaros, algumas Madonas que eu sabia que aquilo vendia”. E completa:“O curioso é que o meu trabalho nunca vendeu no começo. Eram trabalhos muito pesados. Nem a minha mãe queria ter aquilo na parede. Porque mostrava muita violência da ditadura militar e era um trabalho feito mesmo para questionar e não para decorar”.
Inclinado a questionar os problemas brasileiros, Siron faz de suas obras instrumentos de denúncias, dando visibilidade para as questões indígenas, de direitos humanos, chamando a atenção para causas urgentes como a mortalidade infantil, violência no trânsito e o combate à violência contra mulheres e crianças. Engajado e amante do meio ambiente, ele relembra com carinho os ensinamentos deixados pelo pai. “O meu pai me ensinou uma coisa... Que quando você sai pela porta da sua casa, a cidade deve ser o nosso grande jardim. Não jogue nada fora. A cidade é nossa. O governo vai e vem e nós continuamos. Cidadania começa em casa.”
Como forma de democratizar a sua arte e expressar seus pensamentos, Siron transita em todos os espaços testando as suas possibilidades criativas. Com instalações e a criação de monumentos ele vai além das galerias e mobiliza o olhar dos cidadãos comuns, chamando a atenção para a preservação do espaço urbano despertando nas pessoas uma reflexão sobre as necessidades comuns. “Eu comecei a fazer uma coisa que hoje é contemporâneo, mas na época não era que é uma coisa que eu criei chamada “Artevismo”. Eu criei um movimento chamado “Ver-A-Cidade”, que era de olhar a cidade e também olhar pontos degradantes e olhar também pontos de violência. E passei a fazer interferências no espaço urbano”.
Uma reflexão sobre o mundo e a existência. Essas são algumas das marcas que Siron Franco deixa em suas obras. “A arte não é para agradar, você se encontra com ela. Mas tem artista que lida com o terror, que lida com alguma coisa que vai mexer com o seu estômago. Cada artista tem o foco em alguma coisa”.
SERVIÇO: Conversa com Roseann Kennedy - entrevista com Siron Franco, segunda-feira (dia 12), às 21h30, na TV Brasil
Documentário de Cabo Verde, Canhão de Boca fala sobre o papel da Rádio Libertação
Canhão de Boca é o documentário desta semana financiado pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), e que será exibido nesta segunda-feira (dia 12), às 23h, na TV Brasil. O filme inédito fala sobre a criação da Rádio Libertação, em 1967, para difundir os ideais do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC).
O fundador do PAIGC, Amílcar Cabral, usava a expressão “canhão de boca” para se referir à Rádio Libertação como arma mais poderosa do que qualquer arsenal de guerra para divulgar a luta pela independência. Canhão de Boca é um documentário sobre a construção da liberdade em Cabo Verde a partir da rádio.
O filme de Ângelo Lopes combina dois tempos: o presente e o passado históricos. O documentário conta com a participação de Amélia Araújo, a principal locutora e animadora da Rádio Libertação, emissora criada em 1967 e utilizada pelo PAIGC para difundir as suas ideias durante o conflito que opôs o Partido ao Exército Português na luta pela independência (1963/1974).
Além de Amélia Araújo, participam também do filme a economista e comentarista cabo-verdiana Rosário Luz e o diretor da Rádio Morabeza de Cabo Verde, Nuno Andrade Ferreira.
Canhão de Boca é um documentário de 52 minutos, realizado por Ângelo Lopes e produzido por Samira Pereira, da produtora O2, que aborda a construção da liberdade em Cabo Verde a partir dos programas de rádio.
Ficha Técnica Inédito 52 minutos Realização Ângelo Lopes Produção Samira Pereira Diretor de Fotografia Mamadou Diop Assistente de Câmara e Edição de Imagem Edson Silva D. Captação, Edição e Mixagem de Som David Medina Sonoplastia Kisó Oliveira Correção de Cor Manuel Pinto Barros Investigadora Celeste Fortes Assistente de Produção Vanísia Fortes Assistente Administrativa e Financeira Aldina Simão Design Gráfico Oficina de Utopias
SERVIÇO:
Canhão de Boca - segunda-feira (dia 12), às 23h, na TV Brasil reprise no sábado (dia 17), às 23h30, na TV Brasil
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Roseann Kennedy conversa com o pintor, desenhista e escultor goiano, Siron Franco. A entrevista vai ao ar nesta segunda-feira, dia 12, às 21h30, na TV Brasil.
Criador de inúmeras obras artísticas, além de instalações e interferências, Siron teve seus trabalhos representados em coletivas em todo o mundo, incluindo os mais importantes salões e bienais. Premiado, ele ultrapassou fronteiras e hoje é reconhecido como um dos artistas plásticos brasileiros mais importantes de seu tempo. Com enorme prestígio também no exterior, tem obras disputadas nos leilões internacionais.
Com uma vida dedicada ao trabalho, ele revela o longo caminho que percorreu até conseguir ser reconhecido em sua arte.“Eu sobrevivia fazendo retrato, depois fiz alguns pássaros, algumas Madonas que eu sabia que aquilo vendia”. E completa:“O curioso é que o meu trabalho nunca vendeu no começo. Eram trabalhos muito pesados. Nem a minha mãe queria ter aquilo na parede. Porque mostrava muita violência da ditadura militar e era um trabalho feito mesmo para questionar e não para decorar”.
Como forma de democratizar a sua arte e expressar seus pensamentos, Siron transita em todos os espaços testando as suas possibilidades criativas. Com instalações e a criação de monumentos ele vai além das galerias e mobiliza o olhar dos cidadãos comuns, chamando a atenção para a preservação do espaço urbano despertando nas pessoas uma reflexão sobre as necessidades comuns. “Eu comecei a fazer uma coisa que hoje é contemporâneo, mas na época não era que é uma coisa que eu criei chamada “Artevismo”. Eu criei um movimento chamado “Ver-A-Cidade”, que era de olhar a cidade e também olhar pontos degradantes e olhar também pontos de violência. E passei a fazer interferências no espaço urbano”.
Uma reflexão sobre o mundo e a existência. Essas são algumas das marcas que Siron Franco deixa em suas obras. “A arte não é para agradar, você se encontra com ela. Mas tem artista que lida com o terror, que lida com alguma coisa que vai mexer com o seu estômago. Cada artista tem o foco em alguma coisa”.
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Conversa com Roseann Kennedy - entrevista com Siron Franco, segunda-feira (dia 12), às 21h30, na TV Brasil
Documentário de Cabo Verde, Canhão de Boca fala sobre o papel da Rádio Libertação
O fundador do PAIGC, Amílcar Cabral, usava a expressão “canhão de boca” para se referir à Rádio Libertação como arma mais poderosa do que qualquer arsenal de guerra para divulgar a luta pela independência. Canhão de Boca é um documentário sobre a construção da liberdade em Cabo Verde a partir da rádio.
Além de Amélia Araújo, participam também do filme a economista e comentarista cabo-verdiana Rosário Luz e o diretor da Rádio Morabeza de Cabo Verde, Nuno Andrade Ferreira.
Inédito 52 minutos Realização Ângelo Lopes Produção Samira Pereira Diretor de Fotografia Mamadou Diop Assistente de Câmara e Edição de Imagem Edson Silva D. Captação, Edição e Mixagem de Som David Medina Sonoplastia Kisó Oliveira Correção de Cor Manuel Pinto Barros Investigadora Celeste Fortes Assistente de Produção Vanísia Fortes Assistente Administrativa e Financeira Aldina Simão Design Gráfico Oficina de Utopias
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reprise no sábado (dia 17), às 23h30, na TV Brasil
Redatora Permanente do luso-brasileiro Portal Splish Splash. Uma sonhadora que acredita no verdadeiro amor, no romantismo e na felicidade, que carrega a fé em cada detalhe da vida. VER PERFIL
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